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22/08/2009 - 11:35

Farmácia como estabelecimento de saúde

A saúde brasileira, especialmente no que diz respeito a medicamentos, começa a mostrar sinais significativos de evolução, a modelos de países considerados mais desenvolvido neste setor.

Recentemente a imprensa brasileira divulgou reportagens mostrando o perigo da falsificação de medicamentos e o consumo indiscriminado destes, o que demonstra a necessidade de controle rigoroso em todo o processo da cadeia do medicamento, que vai desde a fabricação, distribuição e acesso por parte da população. Os danos provocados à saúde dos pacientes são absurdos e não podem ser tolerados pelas por nossa sociedade.

O controle e os cuidados quanto à venda de medicamentos nas farmácias do Brasil é uma bandeira defendida há anos pelas principais entidades farmacêuticas do país, assim como o bom senso que deve prevalecer sobre a existência ou não de produtos alheios ao ambiente dos estabelecimentos farmacêuticos. O que está em discussão é a existência da farmácia como um estabelecimento de prática e promoção à saúde, e não apenas como um estabelecimento comercial. A atual situação de banalização não poderia ser mais aceita, considerando o potencial risco à saúde da população, que passou a enxergar os medicamentos como um produto de consumo livre.

A nova regulação proposta pela Anvisa tentará coibir, pelo menos um pouco, a cultura popular da automedicação no Brasil, uma vez que ao dispor fisicamente os medicamentos de venda livre atrás do balcão, espera-se que estes serão dispensados com a devida informação do farmacêutico. A grande preocupação das entidades que lutaram para que chegássemos a essa realidade está no fato de que medicamentos isentos de prescrição não estão isentos de orientação correta para consumo, evitando assim agravamento do quadro da doença, reações adversas ou ainda casos mais graves, como intoxicações medicamentosas e desenvolvimento de novas patologias pelo uso incorreto e indiscriminado.

A saúde dos brasileiros deve ser considerada acima de todas as questões, e esperamos que os proprietários de farmácias e drogarias que ainda resistam a essas mudanças, passem a entender a farmácia, sobretudo como estabelecimento de saúde e que a população poderá encontrar produtos alheios em locais próprios, como supermercados, mercearias, padarias, etc.

Este pode ser o grande início de mudanças importantes, que possibilitem a diminuição dos elevados índices de intoxicações por medicamento, que hoje responde por mais de 30% das intoxicações humanas e nos coloca como campeão mundial de automedicação. Estamos dando início a uma importante mudança de cultura, que pode apontar o começo de uma nova era para a saúde dos brasileiros.

. Por: Rilke Novato, diretor do Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais e Vice-presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos.

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