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25/08/2009 - 12:47

II Piri Jazz Festival

Fora do grande eixo-cultural, cidade histórica de Pirenópolis, em Goiás, afirma-se como novo pólo de jazz no Brasil.

Com seus casarões seculares (tombados como patrimônio histórico nacional), o município de Pirenópolis é retrato vivo da história de Goiás. Cercada por natureza exuberante, a cidade oferece agradável - e bucólica - estada a seus visitantes. São vários atrativos naturais: cachoeiras, reservas ecológicas, parques e mirantes. Além de farta culinária e das tradicionais festividades folclóricas locais. Agora: imagine tal cenário com a ambiência cool do jazz. Essa é a climática proposta do II Piri Jazz Festival, que vai encher de música as ruas centenárias da cidade, entre os dias 28, 29 e 30 de agosto de 2009. Todas as apresentações acontecem ao ar livre, na Rua do Rosário, a partir das 19h00, e são gratuitas.

A iniciativa é importante. Especialmente, no sentido de consolidar Pirenópolis também como um dos mais importantes pólos culturais do Centro-Oeste. A segunda edição do festival terá grandes nomes do gênero no Brasil. Dentre eles, o brasiliense Hamilton de Holanda, que virá com seu quinteto. É uma das formações mais premiadas e reverenciadas do mundo. O quinteto angariou duas indicações para o Grammy (melhor disco instrumental e jazz) e Prêmio Tim (melhor grupo e solista). Hamilton de Holanda, por sua vez, é considerado um gênio do bandolim, ao ter reinventado o instrumento: de oito para dez cordas.

O contrabaixista Paulo Russo, grande expoente do instrumento, no Brasil e no mundo, vai mostrar sua aprimorada técnica de 30 anos de carreira. Outra atração confirmada é Marco Lobo, um apaixonado pela pesquisa de sons e ritmos. Lobo acompanhou grandes nomes da MPB, como Elba Ramalho, Marisa Monte, Ivan Lins, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Titãs, é outra atração confirmada.

A exemplo da primeira edição (que homenageou o saxofonista Márcio Montarroyos, então recentemente falecido), este ano o evento fará homenagem a um grande instrumentista brasileiro, o contrabaixista Luizão Maia. Considerado um dos maiores contrabaixistas da música brasileira, criador de um estilo único de tocar que influenciou toda uma geração, ao longo de sua carreira Luizão Maia acompanhou, em shows e gravações, vários artistas, como Tom Jobim, Cartola, Elis Regina, Clara Nunes, Luiz Gonzaga, Nara Leão, Nélson Cavaquinho, Gal Costa, Maria Bethânia, Nana Caymmi, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, George Benson, Lisa Ono e Janis Joplin, entre outros, num total superior a mil gravações realizadas. Foi baixista da Elis durante treze anos. Morou no Japão, onde tocou com Herbie Hancock, Wayne Shorter e Sadao Watanabe. Faleceu em 2005, no Japão.

O objetivo do II Piri Jazz Festival é divulgar a música instrumental na região Centro-Oeste e, consequentemente, consolidar-se como referência musical numa cidade que já é centro de turismo e gastronomia. Com ótima estrutura hoteleira e de restaurantes, Pirenópolis se qualifica como local ideal para eventos de porte. Em sua primeira edição, o festival teve presença de um público estimado em cinco mil pessoas, que compareceram à Rua do Rosário, no centro da cidade, onde o palco é montado.

O Festival - Numa realização ousada da Prefeitura de Pirenópolis, através da Secretaria Municipal de Cultura e com o patrocínio do Ministério do Turismo, e produção local do Instituto Pireneus, o Piri Jazz Festival é uma importante iniciativa no sentido de consolidar a cidade como um dos mais importantes pólos culturais do Centro-Oeste. Detentora de um valioso patrimônio arquitetônico, conhecida nacionalmente por abrigar a espetacular “Cavalhada” e realizar uma das mais belas Festas do Divino do Brasil, a cidade se orgulha, também, de possuir a mais antiga igreja do estado. Construída entre 1728 e 1731, inspirada no barroco português, a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário - inteiramente restaurada depois de ser sido praticamente destruída por um incêndio - compõe com os casarios da Rua Direita, um dos mais homogêneos conjuntos arquitetônicos do ciclo do ouro do Brasil colonial.

Com curadoria e produção de Rubens Carvalho, proprietário do Gate's Pub, o Piri Jazz Festival integra o calendário de eventos culturais de Pirenópolis.

Atrações: Ademir Junior Quinteto - Ademir Júnior é saxofonista, arranjador, compositor e professor de Harmonia e Improvisação. Já se apresentou e gravou com vários nomes da MPB, entre eles, Hermeto Pascoal, Elza Soares, Mat’nalia, Toninho Horta, Guinga, Rosa Passos, Artur Maia, Torquato Mariano, Toninho Ferraguti, Lula Galvão, André Vasconcellos, Ebinho Cardoso, Alfredo Paixão, Paulo Sergio Santos, Carlos Malta, Mauro Senise, Hamilton de Holanda e vários outros, além do Grupo Solo Brasil, com o qual viajou por 16 países com o projeto ‘Uma viagem através da Música Popular Brasileira’. Tem dois álbuns: Gratidão, lançado em 2002, e Vitória na Cruz, lançado em 2007. Júnior atualmente desenvolve o trabalho do seu terceiro Cd, “Brasilidades”. Gravado em dezembro de 2008, o álbum lança 11 novas composições, com participação especial do músico Hermeto Pascoal na faixa “Beija-Flor”. O álbum traz a inclusão de três solos de demonstração de clarineta. Ademir Junior toca ao lado de músicos como Marcelo Maia, no baixo, Pedro Martins, na guitarra, e Guilherme Santana, na bateria.

Celso Pixinga é contrabaixista, compositor, arranjador, diretor musical e educador. Também é o idealizador do chamado Festival Baixo Brasil. Com 25 anos de carreira-solo, é considerado um dos maiores contrabaixistas do mundo. Pixinga tocou com grandes nomes do cenário internacional e nacional, como Dave Weckl, Gonzalo Rubalcaba, Taj Mahal, Gal Costa e Roberto Sion e foi o primeiro baixista brasileiro a lançar um álbum no Blue Note de Nova York. É considerado pela crítica especializada mundial, o baixista mais rápido do mundo. Atualmente, Celso Pixinga dá aulas de contrabaixo na Universidade Tom Jobim, além de ser coordenador da área de contrabaixo da Escola de Música e Tecnologia (EMT). Viaja pelo Brasil e pelo exterior ministrando workshops e apresentando-se com sua banda. No II PIRI JAZZ, Celso Pixinga estará acompanhado de Bruno Alves, no piano, e Giba Favery, na bateria.

O trombonista Itacyr Bocato, no final dos anos 70, tocou com Arrigo Barnabé e Itamar Assunção no Festival Universitário da Cultura. Em 1980, tocou e gravou com Elis Regina no show "Saudades do Brasil". Depois desse disco, sua carreira como instrumentista intensificou-se tocando com Rita Lee, Ney Matogrosso, Roberto Carlos e outros. Em 1982, fundou a banda Metalurgia, que gravou um disco considerado o melhor instrumental do ano. No ano de 1997, Bocato lançou o cd Tributo a Pixinguinha, no qual homenageou o grande mestre da MPB. Bocato também participou de várias gravações de artistas como Ná Ozzetti, Zé Miguel Wisnik, Suzana Salles, Jarbaz Mariz e Gal Costa. Ao lado Bocato, estarão em Pirenópolis Márcio Negri (sax), Ruben Santana (baixo) e Vandinho Carvalho (bateria).

Ebinho Cardoso Quarteto - Quem conhece a música de Mato Grosso, com certeza, ouviu falar de Ebinho Cardoso - um dos principais músicos da região. O que impressiona, porém, é a projeção nacional (e até internacional) que o baixista vem alcançando nos últimos tempos. Além de contrabaixista, Ebinho é compositor e pesquisador. Vem causando sensação no mundo da música instrumental pela forma inovadora com que toca o contrabaixo. Compositor, arranjador, educador e pesquisador, utilizam elementos atípicos ao baixo elétrico, mostrando as possibilidades do baixo como instrumento de acompanhamento, solo e principalmente de harmonia, característica de suas execuções que aliam precisão e refinamento. O Quarteto inclui ainda André Vasconcellos (baixo), Sandro Souza (bateria) e Eduardo Taufic (piano).

Quarteto Brasil - Formado por Cristovão Bastos, Jurim Moreira, Zé Canuto e Bororó, o Quarteto Brasil é um super-grupo de jazz. Cristovão Bastos é pianista e arranjador, respeitado e admirado por grande parte da música brasileira. Jurim Moreira iniciou sua carreira artística como integrante da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, como percussionista, participou de vários festivais de jazz na Europa, acompanhando artistas como Alceu Valença, Gilberto Gil e Gal Costa e atuou com João Carlos Assis Brasil, Márcio Montarroyos, Victor Biglione Carlos Malta. Zé Canuto é um saxofonista que mistura, com muito talento, música brasileira com sotaque do pop e do jazz. Bororó é compositor, músico, cantor, arrajandor, produtor e diretor musical, nascido em Goiânia, que vem construindo sua carreira desde os 13 anos. Bororó é considerado um dos mais competentes e talentosos instrumentistas brasileiros, dominando vários instrumentos musicais - contrabaixo elétrico, contrabaixo acústico, violão, viola caipira, guitarra mid.

Hamilton de Holanda Quarteto - Atualmente, o quarteto de Hamilton de Holanda é uma das formações mais premiadas e reverenciadas do mundo. Com duas indicações para o Grammy (melhor disco instrumental e jazz) e Prêmio Tim (melhor grupo e solista), Hamilton - que dá nome ao grupo - é considerado um gênio do bandolim, por ter reinventado o instrumento - de oito para dez cordas. Brasiliense, Hamilton afirma que sempre é um privilégio "levar um pouco do céu, das linhas e do povo de Brasília para o mundo". O quinteto, nas palavras do músico, é uma homenagem ao povo brasileiro e aos seus jovens músicos que, sem perceber, estão criando a moderna música instrumental brasileira: "Fincada nos elementos mais brasileiros, porém, sem fechar os olhos para os acontecimentos globais", observa Hamilton. Em Pirenópolis, Hamilton estará acompanhado de excepcionais músicos, seus velhos companheiros: Daniel Santiago (violão), André Vasconcellos (baixo elétrico) e Xande Figueiredo (bateria).

Paulo Russo - O contrabaixista Paulo Russo, um dos maiores nomes do instrumento (acústico) - no Brasil e no mundo -, também é compositor e arranjador. Russo tem mais de 30 anos de sólida carreira no cenário musical brasileiro e internacional. Natural do Rio de Janeiro, desde cedo foi fascinado pelo som de Miles Davis e Bill Evans. Iniciou sua carreira, em 1966, na orquestra de Bob Fleming (pseudônimo de Zito Righi), com a qual permaneceu por sete anos. No início dos anos 70, Russo passou a integrar o grupo do legendário saxofonista Vitor Assis Brasil, com quem gravou três álbuns, hoje tidos como clássicos do jazz nacional. Integrou o famoso quarteto de Victor, no primeiro Montreux Jazz Festival, em 1978. Atuando, desde então, em concertos e festivais no mundo afora, dividiu o palco e gravou centenas de vezes com os principais nomes da música instrumental e vocal. Entre eles: os violonistas e guitarristas Pat Metheny, Hélio Delmiro e Toquinho. Sua avançada concepção harmônico-funcional do contrabaixo, aliada à técnica apuradíssima e refinada, despertou a atenção e a admiração de músicos como Tony Willians, Dave Lieberman e Joe Farrell. O Paulo Russo Trio é formado ainda por Kiko Freitas, na bateria e Rafael Vernet, no piano.

Marco Lobo - Percussionista baiano, radicado no Rio de Janeiro, Marco Lobo já explorou a música instrumental com vários nomes consagrados, como Léo Gandelman, Marco Pereira e João Carlos Assis Brasil. O músico acompanhou, também, grandes nomes da MPB: Elba Ramalho, Marisa Monte, Maria Bethânia, Djavan, Caetano Veloso, Ana Carolina e Gilberto Gil, entre outros. Atualmente, trabalha com Milton Nascimento e com o grande mestre da música instrumental mundial, Billy Cobham. Ao lado de Cobhan, Lobo saiu em turnê pelas regiões da Ásia e Rússia. Segundo Milton Nascimento, Marco Lobo é uma orquestra completa de percussão: "Cheio de idéias ótimas que completam os outros instrumentistas". Billy Cobham, por sua vez, disse que a musicalidade de Lobo é muito especial e única. “Tenho certeza que qualquer trabalho que ele venha a fazer traduzirá pensamentos positivos em bela música”. Marco Lobo toca acompanhado de Kiko Continentino (piano), Widor Santiago (sax), Gastão Villeroy (baixo) e Erivelton Silva (bateria). . [ II Piri Jazz Festival, dias 28, 29 e 30 de agosto, às 19h ,Rua do Rosário, entrada franca].

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