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26/08/2009 - 09:08

Diretor da Global Insight destaca posicionamento correto do Brasil na crise econômica mundial durante 2º Encontro Nacional da Siderurgia

O iraniano residente nos Estados Unidos, Farid Abolfathi, diretor da Global Insight, fez a apresentação de abertura do segundo painel apresentado no 2º Encontro Nacional da Siderurgia, promovido pelo Instituto Aço Brasil (IABr), em São Paulo. Abolfathi, em sua primeira visita ao Brasil, falou sobre o Novo Cenário da Siderurgia Mundial e as Alternativas Empresariais. Os outros convidados do painel foram o presidente do Comitê Econômico da Wolrd Steel Association, o argentino Daniel Novegil; o CEO do grupo Gerdau, André Gerdau Johannpeter e o executivo José Armando de Figueiredo Campos, presidente do Conselho da ArcelorMittal Brasil.

A crescente participação da China no mercado internacional do aço, os recentes sinais de recuperação da economia e os desafios para a siderurgia brasileira e latino-americana estiveram em foco nas quatro apresentações do segundo painel do dia.

Farid Abolfathi - A apresentação de Farid Abolfathi, diretor da Insight teve como foco a recuperação global e a análise das perspectivas para a sua sustentabilidade ao longo dos próximos anos. Abolfathi apresentou uma série de gráficos e de números reforçando a tendência de melhoria da economia mundial. O diretor da Global Insight afirmou que os países emergentes, como o Brasil, não sofreram tanto com a crise devido a proteção que adquiriram nos últimos seis anos a partir do acúmulo de reservas. Abolfathi se mostrou otimista quanto aos dois próximos trimestres, mas considerou importante a continuidade dos incentivos à economia para que a recuperação seja crescente e fez um alerta: “os produtores ainda devem estar preparados para surpresas. Nos momentos de crise é preciso fazer apostas rápidas e ter planos alternativos”, recomendou Abolfathi.

Para André Gerdau Johannpeter, CEO do Grupo Gerdau, o setor do aço foi um dos mais impactados pela crise mundial, mas começou a apresentar uma leve retomada em janeiro e fevereiro desse ano. Segundo os números apresentados pelo empresário, as maiores quedas na produção aconteceram nos Estados Unidos (50%), na Europa (40%) e no Brasil (37%). Em situação completamente inversa ficaram dois países asiáticos: a China (2,8%) e a India (1,7%), que apresentaram crescimento na produção, mesmo durante o período agudo da crise. “O Brasil perdeu espaço nas exportações, precisamos aproveitar esse momento para fazer as reformas necessárias e sairmos mais fortes da crise”, alertou Johannpeter.

O presidente do Comitê Econômico da World Steel Association, Daniel Novegil, concorda que o pior já passou. Segundo ele, no auge da crise financeira internacional, 119 altos-fornos chegaram a ser desligados em todo o mundo. Esse ano, com os primeiros sinais de recuperação, 36 deles já foram religados.

A América Latina está “no lugar certo e no momento certo”, garantiu Novegil, que se disse otimista com a redução dos sinais de crise. O representante da World Steel Association destacou a necessidade da integração regional, reforçando ainda mais o grande potencial de crescimento da região e, que segundo ele, tem baixos custos de produção do aço e significativas vantagens competitivas sobre outros concorrentes. “È preciso investir em modernização e tecnologia para mantermos os níveis competitivos”, alerta.

Novegil citou como exemplo a China que, em poucos anos, se transformou em exportadora de bens de consumo.” Durante 31 anos, a China cresceu a taxas superiores a 8%, conseguiu chegar a 50% de participação na produção mundial de aço e hoje exporta maquinas, automóveis, e peças automotivas para a América Latina”, lembrou. Segundo Novegil, enquanto as exportações de aço da China para a América Latina cresceram 41%, para o resto do mundo o aumento foi de apenas 20%.

O presidente do Conselho da ArcelorMittal Brasil, José Armando de Figueiredo Campos lembrou que nos últimos anos houve a incorporação de 2 bilhões de novos consumidores ao mercado mundial e que os países emergentes se tornaram responsáveis por mais da metade do crescimento da economia mundial. O fim da crise será impulsionado pelos mercados internos. “Não podemos ter uma indústria do aço forte se não tivermos um mercado forte

“Precisamos melhorar a competitividade e trabalhar para simplificar a burocracia e fortalecer a nossa indústria com o investimento maciço em infra-estrutura. Precisamos também reforçar a diplomacia comercial, que se mostra despreparada para os novos tempos, e melhorar os mecanismos de defesa”, alertou

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