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24/04/2007 - 07:46

Suape vai gerar mais de 260 mil empregos até 2011


São Paulo - O compromisso do Governo Eduardo Campos de integrar desenvolvimento econômico com desenvolvimento social vem sendo cumprido à risca e tem como um dos principais pilares o Complexo Industrial Portuário de Suape, onde a instalação de grandes projetos fabris estruturadores de novas cadeias produtivas vem alavancando expressivamente o mercado de trabalho com a geração de mais de 260 mil empregos até 2011 na fase de construção, diretos e indiretos.

Um dos principais empreendimentos em fase de implantação em Suape é o Estaleiro Atlântico Sul, cujas obras foram iniciadas em fevereiro passado e estarão concluídas em dois anos. O estaleiro, que será o maior do Hemisfério Sul, terá capacidade de processamento de 100 mil toneladas de aço por ano e representa investimentos de R$ 670 milhões. O estaleiro nasce com uma encomenda de dez navios Suezmax para a Transpetro – braço logístico da Petrobras. O valor do contrato é de R$ 2,4 bilhões.

Na etapa de construção, serão gerados dois mil empregos totais no pico de obras. Já na operação, o estaleiro vai representar a abertura de cinco mil postos de trabalho diretos e 20 mil indiretos. Ressalte-se que o empreendimento não vai chegar sozinho a Suape. Na verdade, vai atrair toda uma cadeia de fornecedores de insumos e serviços, maximizando assim a geração de emprego.

Cluster - Além disso, o futuro cluster de produção de navios e plataformas de petróleo em Pernambuco representa também um novo nicho no mercado de trabalho local, o de industrial naval, que vai representar oportunidades para os mais diversos profissionais da área, desde engenheiros a soldadores, eletricistas, caldeireiros, mecânicos e metalúrgicos, entre outros.

Outra cadeia produtiva que está se instalando em Suape é a petroquímica. A pedra fundamental do mais novo pólo petroquímico do Brasil foi lançada em fevereiro passado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O pólo contará com duas unidades nas quais a Petrobras é parceira, através da empresa Petroquímica Suape (PetSuape). São uma unidade de ácido tereftálico purificado (PTA) e outra de fio parcialmente orientado (POY). Essas plantas, que estarão operando em 2009, representam investimentos no valor de R$ 1,7 bilhão e terão capacidade para gerar 44,300 empregos, entre diretos e indiretos.

Também integra o pólo petroquímico a fábrica de resina PET do grupo italiano Mossi & Ghisolfi (M&G), que foi inaugurada em fevereiro e já emprega 200 funcionários. O investimento na fábrica, a maior do setor em todo o mundo, foi de R$ 707 milhões e a capacidade é de 450 mil toneladas/ano. A planta não apenas vai suprir boa parte da demanda do Brasil, como também exportar para vários países na América Latina, América do Norte e Europa.

Mas a principal âncora do pólo será a refinaria de petróleo Abreu e Lima, que vai quebrar um jejum de 26 anos sem a construção de novas unidades de refino no país. A refinaria, uma parceria entre a Petrobras e a estatal Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA), vem tendo o seu cronograma de execução de obras acelerado.

Uma articulação do governador Eduardo Campos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu uma antecipação de prazos para que a planta esteja operando até o final de 2010. A previsão inicial era que ela ficasse pronta somente em 2012. Em julho próximo, começa a terraplenagem do terreno, de 630 hectares. Ao todo, serão gerados nada menos que 131 e quinhentos mil empregos em toda a cadeia produtiva da refinaria, de acordo com projeções da Petrobras.

Moinho - Suape vem sendo o epicentro não apenas da chegada de novas cadeias produtivas ao Estado, mas também de um up grade em clusters já existentes em Pernambuco, como é o caso da indústria de alimentos. O setor vai receber um reforço significativo com a construção do novo moinho da multinacional Bunge e que será o maior da América do Sul.

O empreendimento, que está sendo instalado no complexo, com investimentos de R$ 126 milhões, vai gerar 220 empregos diretos, além de outros mil indiretos. O canteiro de obras começou a funcionar em março passado. A capacidade será de 825 mil toneladas anuais de farinhas de trigo e pré-misturas que vão abastecer indústrias alimentícias, padarias, confeitarias e redes varejistas de todo o Nordeste.

A Bunge não pretende parar por aí. A empresa quer disputar o terminal graneleiro que será licitado pelo Governo do Estado em Suape. O terminal também está na mira da Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN), operadora da malha férrea regional.

Ampliação - Além desses grandes investimentos, Suape tem outras sete empresas em fase de instalação ou ampliação: Máquinas Piratininga, Impsa, Nutrinor, Condor Nordeste, Fasal, Terranor e Enertec, que representam cerca de R$ 100 milhões de investimento e vão gerar aproximadamente 3,1 mil empregos juntas.

Já o setor de energia, que conta em Suape com a maior termelétrica a gás em operação no Brasil, a Termopernambuco, poderá receber investimentos de peso, atualmente em fase de articulação e que também, se concretizados, vão impactar de forma extremamente positiva o mercado de trabalho pernambucano.

A BR Distribuidora anunciou a intenção de disputar o próximo leilão nacional de energia. O projeto da empresa contempla a construção de três termelétricas em Suape. São duas termelétricas com capacidade 350 megawatts (MW) médios cada, a base de coque de petróleo, e uma unidade menor, de 148 MW, movida a óleo combustível. O investimento, de US$ 1,2 bilhão, deverá ter parceiros privados.

Por sua vez, o Governo do Estado e a Petrobras negociam a implantação, no complexo, de um terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL). O empreendimento, que viabilizaria a importação do insumo, é apontado como uma das soluções para os gargalos na oferta do combustível em Pernambuco. A unidade tem investimento estimado em R$ 312 milhões e poderá ofertar seis milhões de metros cúbicos por dia.

Suape tem fortes possibilidades ainda de contar com uma planta de siderurgia. O grupo espanhol Añón e o Governo do Estado assinaram um protocolo de intenções para a instalação de uma siderúrgica no complexo. A planta está orçada em US$ 180 milhões e terá capacidade de produzir 800 mil toneladas de aço anuais a partir do processamento de sucata. A previsão é de que o faturamento se situe em torno dos US$ 400 milhões por ano. Serão gerados cerca de 770 empregos, entre diretos e indiretos.

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