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26/08/2009 - 09:43

Consumo de bens de capital no Brasil dá sinais de estabilidade

Indicador foi apresentado durante a divulgação, no Ipea, do boletim Radar.

O diretor de Estudos Setoriais do Ipea (Diset), Marcio Wohlers, e a diretora-adjunta Fernanda De Negri apresentaram no dia 25 de agosto (terça-feira), no auditório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a terceira edição do boletim Radar – Tecnologia, Produção e Comércio Exterior. Um dos três artigos presentes na publicação aponta estabilidade do consumo aparente bens de capital no País depois do auge da crise no primeiro trimestre de 2009.

Fernanda De Negri comentou os dois primeiros artigos do Radar. O primeiro deles, sobre o impacto da crise global no setor de máquinas e equipamentos, revela que a taxa de investimento como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) teve queda brusca a partir do terceiro trimestre de 2008, caindo de 18,6% para 14,6% no primeiro trimestre de 2009.

“O impacto da crise no setor de bens de capital é preocupante do ponto de vista de como será a retomada da economia brasileira, se ocorrerá de maneira suficientemente competitiva, capaz de difundir progresso técnico para o restante da economia nacional”, afirmou Fernanda de Negri sobre o texto, de autoria de Bruno César Araújo. Ela explicou ainda que o consumo aparente de máquinas e equipamentos no País - muito relacionado à taxa de investimento - dá sinais de estabilidade depois de uma forte queda no final de 2008 (veja o gráfico nº 2 na íntegra do documento, no www.ipea.gov.br).

Recuperação - Os dois primeiros artigos da publicação analisam o impacto da crise global sobre o setor de máquinas e equipamentos e sobre a evolução da indústria brasileira como um todo. O terceiro aborda relações entre concorrência, mudança tecnológica e crescimento. A apresentação foi transmitida ao vivo pelo site do Ipea.

O segundo artigo do boletim aborda processos de recuperação da indústria na crise atual e em momentos anteriores de retração da economia brasileira. Os autores, Divonzir Arthur Gusso e Luiz Dias Bahia, mostram que os primeiros setores a se recuperar são os de bens de consumo duráveis e de bens de capital. “Isso aconteceu em 1999/2000 e também entre 2003 e 2004. Parece ser um padrão que se repete nos momentos de redução da atividade econômica brasileira”, disse Fernanda De Negri.

O diretor Marcio Wohlers encerrou o evento comentando o terceiro artigo do boletim Radar, assinado por Luís Felipe Giesteira e José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho. Wohlers reforçou a relevância do diálogo entre economia, ciência, tecnologia, inovação e crescimento. “Esse diálogo é importante para permitir análises econômicas que consigam chegar mais perto da realidade econômica das empresas, para que as análises não fiquem apenas em um nível de abstração muito alto”, declarou o diretor da Diset.

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