Empresários fluminenses alertam que redução de jornada pode gerar desemprego

A medida aumentará o custo da produção, o que pode provocar a perda de emprego para competidores chineses e indianos.

Brasília – A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) trouxe 250 pessoas à audiência pública no Câmara dos Deputados que discute a redução da jornada de trabalho. O receio de grande parte do empresariado fluminense é que a medida possa gerar desemprego. “Ainda estamos com os resquícios da crise econômica mundial. A medida aumentará o custo da produção, o que pode provocar a perda de emprego para competidores chineses e indianos”, destacou o diretor-geral da Firjan, Augusto Franco.

Para o diretor da Firjan e presidente do Leste Fluminense, Luiz Caetano Alves, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 231/95 - que prevê a redução da carga horária de 44 para 40 horas semanais e aumento no adicional de hora extra de 50% para 75% - não gerará empregos. “Essa proposta não traz qualquer beneficio. O caminho é a liberdade de negociação entre empregados e empregadores”, defendeu.

O presidente da regional da Firjan na Baixada Fluminense, Elson Rodrigues, disse que a PEC é inoportuna no atual momento de crise econômica. “Essa agregação de custos na produção terá sérias conseqüências, principalmente nos setores de confecção, metalurgia e prestação de serviços”, informou.