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27/08/2009 - 11:17

Apologia a legalização do uso de maconha

Dias atrás, foi noticiada matéria pela imprensa escrita, sobre a possível liberação do plantio de maconha em casa, para consumo próprio. Será que com essa medida, avançaríamos para a diminuição dos índices de criminalidade apresentados na atualidade? A Revista Veja, trouxe na capa de uma de suas edições a seguinte matéria: “Maconha quase liberada: A questão não é mais saber se um jovem vai experimentar a erva. A pergunta é quando ele fará isso?”. Portanto, extrai-se do artigo de que o uso da droga pelos jovens é apenas uma questão de tempo.

O colunista da revista Reinaldo Azevedo, escreveu em seu blog: “Os tribunais de Justiça do Rio e de São Paulo proibiram a Marcha da Maconha. As duas cidades se juntam, assim, às outras seis onde o evento já havia sido proibido: Salvador (BA), João Pessoa (PB), Cuiabá (MT), Belo Horizonte (BH), Brasília (DF) e Curitiba (PR)”. Nada mais fizeram do que cumprir o que prescreve a lei, pois esses órgãos judiciais existem para isso. Agiram acertadamente, tendo em vista que fazer apologia da droga é um crime previsto em lei.

Foi refeita uma pesquisa datada do ano de 1983, pelo Instituto Data Folha, registrando que na época a coisa mais temida pelos paulistanos era a prática de violência. Hoje, o resultado mostrou que seu maior medo é de que um jovem de família se envolva com as drogas.

Estima-se que 210 milhões de pessoas, ou seja, 5 de cada 100 adultos, usaram algum tipo de droga ilícita nos últimos 12 meses. Essa proporção mantém-se inalterada desde a década passada.

De certa forma, essa defesa da legalização do uso e consumo da maconha, faz-nos lembrar do falecido Nobel de Economia Milton Friedman que na década de 70, já defendia sua legalização, mas não obteve tantos adeptos.

Experiências de certos países acerca de legalização das drogas, demonstrou que o relaxamento da repressão policial e criminal aos usuários tem efeitos ambíguos. Ressalta-se, como exemplo, a Holanda, que liberou a compra de até 5 gramas de maconha em lojas especializadas. De todos seus habitantes, apenas 5% fazem uso da cannabis sativa (maconha), menos da metade da média verificada em outros países, como a Suíça, a Itália e a Espanha. Em contrapartida, sua capital, Amsterdã, vive grave problema urbano com os "turistas da droga", que transformaram o bairro da Luz Vermelha num centro do narcotráfico europeu.

Outros países tentaram da mesma iniciativa, como em Zurique, na Suíça, mas logo a abandonaram, haja vista à grande degradação urbano-social provocada pela liberação das drogas, apresentando número de usuários de forma excessiva.

Quando a defesa de legalização das drogas é divulgada pelos meios de comunicação de massa ou por pessoas de renome e prestigio nacional, essa voz acaba contagiando e agregando inúmeros adeptos. No entanto, muitos o fazem pelo “momento, pela onda”, mas sem total conhecimento de suas possíveis conseqüências; sociais, criminais e de saúde pública.

Um apologista dessa legalização é nada menos que o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, quando apresentou o argumento de que “as drogas devem ser tratadas como uma questão de saúde pública. Seus usuários são doentes, e não criminosos, e devem ser atendidos por serviços assistenciais com o intuito de reduzir os riscos a que estão expostos, como overdose, AIDS e outras doenças”.

Por certo, infere-se que o uso de drogas não é uma questão de simples solução, ou meramente criminal, mas, também de saúde pública.

. Por: Eduardo Veronese da Silva, Subtenente da Polícia Militar do Espírito Santo.Licenciatura Plena em Educação Física – UFES. Bacharel em Direito – FABAVI/ES.Contato: (27) 9863.9443 ou [email protected].| Vitória – Espírito Santo.

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