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28/08/2009 - 08:59

Discussões sobre a reconstrução do Porto de Itajaí ganham projeção nacional


(esq./dir.)Wilton Ferreira Barreto, presidente da FNE e Saul Airoso da Silva, presidente da Intersindical dos Trabalhadores Portuários de Itajaí e diretor de Integração do Porto

Enquanto os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) votaram aditivo no contrato de reconstrução do Porto de Itajaí em Brasília, no dia 26 de agosto (quarta-feira), os presidentes dos sindicatos filiados a Federação Nacional dos Estivadores (FNE) aprovaram em reunião extraordinária, em Santos, o encaminhamento de moção ao governo federal solicitando agilidade nas obras. A moção foi apresentada na reunião plenária pelo presidente da Intersindical dos Trabalhadores Portuários de Itajaí e diretor de Integração do Porto, Saul Airoso da Silva.

“O pedido foi feito em nome de todos os segmentos ligados a atividade portuária na cidade, que já não têm mais condições de suportar as perdas decorrentes das restrições no cais de Itajaí. As obras precisam ser realizadas o mais breve possível para que possamos retomar nossa economia”, diz Silva. Além da Presidência do Brasil, a moção também será encaminhada à Casa Civil, Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq), Secretaria Especial de Portos (SEP), além dos poderes legislativos e judiciários nacional e de Santa Catarina, e Ministério Público.

Silva explica que, com apenas dois de seus quatro berços de atracação em operações, a movimentação de cargas reduziu de 40 mil para 15 mil contêineres/mês, fazendo com que a média de R$ 40 milhões deixe de ser movimentada por mês no município. “Isso impacta em todos os segmentos da logística portuária e, principalmente, impacta diretamente no ganhos dos cerca de mil trabalhadores portuários avulsos que atuam na cidade.”. Segundo o diretor, a média de remuneração do trabalhador portuário caiu de R$ 4,1 mil/mês para cerca de R$ 800,00/mês.

“O governo tem que fazer o que prometeu, que é resolver as questões de dragagem e de reconstrução dos berços, para que os trabalhadores retornem aos seus postos e a economia da cidade seja retomada”, afirma o presidente da FNE, Wilton Ferreira Barreto. Ele diz que o Porto de Itajaí é muito importante na realidade nacional, estratégico no escoamento das exportações brasileiras e que precisa ter seus problemas solucionados, imediatamente.

O vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores de Transportes Aquaviários, na Pesca, Portos e Aeroportos e secretário do Sindicato dos Trabalhadores Portuários de Vitória, José Adilson Pereira, vê com preocupação a realidade do porto catarinense. “O Porto de Itajaí foi por muito tempo o mais importante do Sul no transbordo de cargas e na movimentação de contêineres [ficando sempre na segunda ou terceira posição no ranking dos portos brasileiros em movimentação de contêineres] e precisa ter suas obras de reconstrução agilizadas”, diz Pereira. Segundo o, a sociedade e os trabalhadores estão pagando um preço muito alto pelos atrasos na reconstrução.

O presidente da entidade, Cícero Gonzaga, diz que esteve em Itajaí recentemente e ficou estarrecido com as condições em que se encontra o porto e, consequentemente, a economia da cidade. “O impacto foi muito forte, não só para os trabalhadores, mas também nos setores de comércio e prestação de serviços. O Porto de Itajaí foi até o ano passado o segundo do Brasil e precisa voltar a essa posição”, diz.

Aurélio de Moura, presidente do Sindicato dos Estivadores de Angra dos Reis, diz que o governo federal reconheceu a importância de Itajaí no contexto portuário nacional quando, logo após as enchentes, liberou [por meio de Medida Provisória] os recursos de R$ 350 milhões para as obras. “Mas as obras precisam ser retomadas o mais breve possível, porque tantos os trabalhadores, quanto a economia da cidade, estão sendo muito penalizadas”, afirma.

Josias Santiago, presidente do Sindicato dos Estivadores de Pernambuco, acrescenta que tanto o Porto, como os trabalhadores de Itajaí sempre representaram um papel muito importante no cenário portuário nacional e que os atrasos nas obras de reconstrução preocupam, não só os itajaienses, mas o setor portuário como um todo. “Os berços de atracação precisam ser reconstruídos e os trabalhadores voltarem à ativa.” O presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos, Rodney Oliveira da Silva, complementa que é lamentável a situação em que se encontram os trabalhadores e o Porto de Itajaí e defende uma posição imediata, em nível governamental, para que os problemas sejam solucionados. | Crédito: João Henrique Baggio | Site: www.portoitajai.com.br

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