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28/08/2009 - 09:01

Santos-Export: Cubatão quer que se planeje melhor os acessos terrestres ao porto

Prefeita propõe pacto com empresários e todas as esferas do governo para a solução dos entraves que vêm se avolumando.

A necessidade de um trabalho harmônico entre o poder público em todos os níveis e o empresariado, para eliminar os gargalos que vêm aumentando nos acessos terrestres ao porto de Santos, foi o tema principal da prefeita Marcia Rosa, no dia 26 e agosto ( quarta-feira ), durante o Fórum Nacional para Expansão do Porto de Santos (Santos Export 2009), promovido pelo Grupo A Tribuna em dependências do centro de convenções Mendes, em Santos.

Enfocando as novas demandas nacionais de transporte de mercadorias através desse porto, tanto as atuais como as previstas para as próximas décadas, a chefe do Executivo cubatense mostrou que elas só poderão ser atendidas por meio de soluções criativas para os acessos ao porto, hoje em saturados ou em vias de saturação, como o viaduto 31 de Março, construído há 40 anos em Cubatão.

E são muitas essas demandas, como a retomada do crescimento econômico resultante do fim da crise internacional, a ampliação do escoamento de produtos agrícolas do Centro-Oeste, o crescimento da carga conteinerizada, as novas necessidades de transporte relacionadas com a exploração de petróleo e gás no pré-sal da Bacia de Santos, e até mesmo o projeto federal de ligação terrestre entre o porto de Santos e os portos chilenos de Arica e Iquique, anunciado há um mês pelo presidente Lula no Encontro Empresarial Brasil-Chile, e destinado a facilitar o comércio com os países asiáticos.

Para atender a todo esse acréscimo de movimentação de cargas, é necessário haver novas estradas, mais pátios reguladores para caminhões e terminais retroportuários, e na Baixada Santista isso precisa ser pensado em função da limitação de áreas disponíveis, principalmente porque grande parte do território ainda não ocupado é constituído por áreas de preservação ambiental. Além disso, é preciso que soluções para problemas atuais não se transformem em problemas futuros, como poderia ser o caso de uma ponte sobre o canal de navegação com altura insuficiente para a passagem dos novos super-navios.

Desoneração - A prefeita também solicitou que o governo estadual "viabilize o atendimento a um clamor de tantos investidores que reconhecem as especiais peculiaridades e condições de competitividade de nossa região. Pedem eles a desoneração dos impostos exigidos para a implantação de novos empreendimentos".

Segundo Marcia Rosa, "esse fato pode ser primordial para o início de novas ações voltadas ao futuro, não só das atividades portuárias no estuário santista, em cujas margens floresce também o parque industrial de Cubatão, mas também a expansão industrial de toda ordem, que pode ter significação econômica igual ou até maior. É a possibilidade concreta da geração de milhares de postos de trabalho, promovendo desenvolvimento com sustentabilidade e justiça social".

Ela completou: "O exemplo do governo federal na questão do IPI é um indicador cujos resultados não podem ser desprezados, confirmando-se o que é preconizado por todos os economistas, de que é contrário a toda a lógica da indução do desenvolvimento querer cobrar antecipadamente impostos para o funcionamento de novas plantas industriais".

Porto Cubatão – Na oportunidade, a prefeita destacou o potencial portuário de Cubatão, não só para o escoamento de produtos - reduzindo o impacto sobre as rodovias e ferrovias da região, e portanto também diminuindo o problema ambiental -, como para a instalação de estaleiros de construção naval, aproveitando a disponibilidade do aço do pólo industrial e as facilidades de entrega das embarcações prontas, através do canal de Piaçaguera. A propósito, destacou também a hidrovia projetada pela Carbocloro, capaz de retirar das estradas 1.800 caminhões por mês.

Participaram ainda desse painel de debates o presidente da Codesp, José Roberto Serra; a prefeita de Guarujá, Maria Antonieta de Brito, o secretário santista de Assuntos Portuários e Marítimos, Sérgio Aquino; o diretor-presidente da Ecorodovias, Marcelino Rafart de Seras, e José Luiz Lavorente, gerente da Artesp.

Enquanto o representante da Artesp falou sobre as dificuldades de equilibrar as demandas por obras com os recursos dos contratos de concessão, o titular da Ecorodovias falou dos investimentos previstos para os próximos dois anos, como as ciclovias na SP-55 e 059 e a facilidade que o transporte rodoviário entre as regiões de Santos e Campinas ganhará a partir do próximo ano com a entrega do Rodoanel na capital paulista. Além disso, estão ocorrendo investimentos no Ecopátio de Cubatão e em outro junto ao Rodoanel, que ajudarão a regular o trânsito pela Serra do Mar.

Binário e viaduto – Respondendo às questões levantadas em diversas oportunidades por Cubatão – e que foram também lembradas pela prefeita no Santos-Export –, Marcelino reconheceu a necessidade de projetos estruturantes dos transportes na Baixada Santista, especialmente o gargalo na Rodovia Cônego Domênico Rangoni junto ao pólo industrial, num trecho que representaria altíssimo investimento para duplicar. Por isso, propôs que se estude a ligação Santos-Guarujá por ponte ou túnel para tráfego leve na Ponta da Praia, levando em conta o tráfego de navios, e uma outra ligação, também por ponte ou túnel, entre o final da Via Anchieta na Alemoa e o município de Guarujá, via Ilha Barnabé.

Para o titular da Ecorodovias, a marginal esquerda da Anchieta, que constitui a SP-148, do DER, deveria ser integrada num binário de transportes, como ocorreu no Planalto, ampliando-se o viaduto 31 de Março em Cubatão e construindo-se nas proximidades um novo viaduto sobre a Anchieta, na direção da via de interligação Anchieta-Imigrantes.

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