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01/09/2009 - 10:34

Como fazer a limpeza das escovas dentais

Embora muita gente acredite que apenas passar a escova dental na água seja o suficiente, especialistas advertem para o risco de bactérias e outros micro-organismos poderem causar doenças como cárie, gengivite, gripe e até mesmo problemas mais sérios.

De forma geral, as pessoas e mesmo os profissionais da Odontologia não têm muito conhecimento sobre a necessidade da realização da limpeza da escova e, quando a realizam, geralmente a executam de forma incorreta. Alguns cuidados muito simples devem ser seguidos para evitar a contaminação e a transmissão de doenças.

. Antes de se iniciar a higiene oral, as mãos e unhas devem ser muito bem lavadas e esfregadas com água e sabão;

· Um bochecho com água para eliminar resíduos de alimentos deve ser realizado, pois isto diminui a chance da comida ficar presa entre as cerdas e sofrer uma decomposição posterior. Se houver restos de alimento presos entre os dentes, estes também devem ser removidos antes da escovação com o auxílio do fio dental e de escovas interdentais do tipo Prime de diâmetro adequado;

· Após o término da escovação, preferencialmente com uma escova com mais de cinco mil cerdas e de acordo com a técnica recomendada por seu cirurgião-dentista, todas as superfícies da escova devem ser lavadas, de preferência com água corrente aquecida;

· Deve-se remover o excesso de água com uma pequena batida da escova sobre a palma da mão ou na borda da pia do banheiro;

· É importante a aplicação em gotas de um algum antisséptico bucal, preferencialmente à base de clorexidina 0,12% normalmente utilizado para bochechos. Outra maneira um pouco mais sofisticada é borrifar o mesmo antisséptico acondicionado em um frasco spray sobre as cerdas da escova;

· Coloca-se, então, o protetor de cabeça que deve ter a sua parte interna também embebida pela solução antisséptica;

· Em seguida a escova pode ser guardada dentro do armário fechado do banheiro, evitando encostar uma escova na outra. O antisséptico ficará agindo durante todo o intervalo entre as escovações, promovendo uma desinfecção eficiente;

· Um ponto fundamental é que antes da próxima escovação, a escova deve ser novamente muito bem lavada e enxaguada em água corrente para a remoção dos resíduos do desinfetante utilizado e também para a remoção dos micro-organismos eliminados.

Deve-se dar preferência, afirma o Prof. Dr. Hugo Roberto Lewgoy, às escovas que possuem uma tampa acrílica da cabeça, pois, há uma maior conservação, higienização e proteção das cerdas das escovas. Estes protetores também são muito úteis durante o transporte como, por exemplo, dentro de bolsas, malas, pastas ou até mesmo diretamente dentro do bolso para evitar o contato das cerdas com dinheiro, carteira e outros objetos. O mais correto, diz Lewgoy, é que as escovas dentais sejam substituídas com uma frequência de aproximadamente três meses, desde que a desinfecção diária seja realizada de forma adequada.

Um item importante e que merece ser esclarecido é o fato de que as escovas mais higiênicas e que favorecem a desinfecção não são, necessariamente, aquelas que têm um apelo visual mais chamativo ou uma superfície emborracha e colorida. “A escova ideal é aquela que dificulta a contaminação e proliferação de micro-organismos, ou seja, ela deve ter um design clean, limpo, uma forma simples, lisa, sem irregularidades e produzida com materiais não porosos. Além disso, ela deve ser desenvolvida com uma tecnologia que elimine os espaços existentes entre os tufos das cerdas da cabeça, impedindo, desta forma, o acúmulo de sujeira e consequentemente o acúmulo de micro-organismos como, por exemplo, a escova Curaprox de 5460 cerdas que já está disponível no mercado brasileiro”, explica o especialista.

Em alguns países como, por exemplo, a Suíça, o consumo anual de escovas chega a quase doze unidades por habitante, ou seja, uma escova por mês. “No Brasil, infelizmente, este número é bem inferior e inversamente proporcional, isto é, uma grande parte da população utiliza o ano todo apenas uma escova e, em alguns casos, todos os membros da família utilizam a mesma unidade. Em casos especiais como, por exemplo, presença de gripes ou outros processos infecciosos, recomenda-se que as escovas sejam trocadas com maior frequência, normalmente no início e após a cura da doença. A prevenção, de fato, é muito mais barata do que os desconfortáveis tratamentos odontológicos curativos que com certeza serão necessários no caso de utilização de uma escova inadequada”, finaliza o professor.

. Por: Prof. Dr. Hugo Roberto Lewgoy, especialista, mestre e doutor pela FOUSP; professor Titular de Biomateriais da Uniban; membro do GEO - Grupo de Estudos em Odontologia da Uniban e professor do Curso de Especialização em Dentística e Estética da ABO / Associação Brasileira de Odontologia.

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