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01/09/2009 - 10:35

Butantan desenvolve soro para Moçambique contra o veneno de víboras, najas e mambas africanas

Financiado pelo CNPQ, projeto prevê instalação de serpentário, criação de laboratório de artrópodes, treinamento de pessoal e desenvolvimento de soro local.

O Instituto Butantan, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, acaba de produzir os primeiros lotes de soro contra veneno de serpentes de Moçambique. A iniciativa faz parte de projeto de cooperação internacional iniciado em 2006, chamado Pró-África, e financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico processo CNPq nº 400048/2005-6 que deverá contribuir para o grave problema de ofidismo no país.

O objetivo é produzir soro para três gêneros de serpentes: Bitis (3 espécies) , a Naja (Duas espécies) e Dendroaspis (mambas/ Duas espécies). Na primeira etapa, deverá ser produzido o soro para uso humano e eventualmente em animais de interesse econômico.

Foram investidos cerca de R$ 200 mil até agora, além da contra-partida do Instituto Butantan de cerca de 30% deste valor. Todo soro produzido será doado ao governo de Moçambique, pois o país não dispõe de infra-estrutura para produção de soros antiofídicos, nem recursos para adquirir no mercado privado. Possui serpentes e acidentados muitos gravemente com possibilidades de óbitos. O Butantan já capacitou 3 pesquisadores da Universidade Eduardo Mondlan (UNO) em Maputo, e deverá aumentar o intercâmbio com profissionais do país para ajudar Moçambique a atingir a auto-suficiência na produção de soros para as serpentes locais.

Para o Dr. Wilmar Dias da Silva, responsável pelo projeto, a iniciativa permitirá ao Butantan exportar seu modelo de pesquisa, produção e difusão científica para a África. “Construiremos um serpentário lá e colaboraremos na instalação de um laboratório de artrópodos no Museu de História Natural local, o que permitirá além de novas pesquisas uma apropriação pela comunidade local de conceitos científicos importantes”, afirma o pesquisador.

A iniciativa conta ainda com a adesão de todo governo de Moçambique, em particular do ministro de Ciência e Tecnologia, Laudemiro Francisco, e tem ainda o apoio de todo o Ministério de Ciência e Tecnologia brasileiro e de todo corpo diplomático do Brasil na África.

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