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24/04/2007 - 08:59

Bio Brazil estimula negócios de pequenos e médios produtores

Apesar de representarem 75% do mercado de orgânicos, os pequenos produtores nem sempre têm o retorno de seu investimento ao negociar com as grandes redes de supermercados. Na contramão dessa realidade, o setor ainda assim prospera, respaldado pelo interesse crescente do consumidor. Ao encontro dessa perspectiva, a Bio Brazil Fair, que acontece em maio, contará não apenas com varejistas, exportadores e importadores, como permitirá o contato direto entre o produtor e o consumidor final.

Diante das dificuldades enfrentadas pelos pequenos produtores para colocar seus produtos no mercado, a Bio Brazil Fair - Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia, que acontece de 3 a 6 de maio, revela-se uma alternativa para essa parte considerável do setor de orgânicos que não consegue competir com as grandes redes e ao mesmo tempo tem dificuldades para negociar um preço justo por esse produto diferenciado.

Atualmente, a participação de médios e pequenos produtores de orgânicos no total do setor é superior a 75%. Apesar de ser a maioria, essa parcela tem dificuldades para negociar preços com as grandes redes de supermercados, que geralmente querem equiparar o valor dos produtos orgânicos com as versões convencionais.

A Bio Brazil Fair reúne atacadistas, distribuidores e exportadores, além do próprio consumidor final. Ao possibilitar a compra direta, tanto o produtor, que tem a oportunidade de cobrar um preço justo, quanto o consumidor, que geralmente paga mais barato pelo orgânico quando compra do produtor, saem ganhando.

A participação em feiras livres e a produção de cestas de produtos orgânicos são algumas das outras alternativas às quais os pequenos produtores recorrem para driblar as barreiras impostas pela entrada de seus produtos nas grandes redes varejistas. Segundo o presidente da Brasil Bio, Joaquim Silva, os super e hipermercados geralmente não têm espaço para seus produtos e quando têm não pagam um valor compensador: “Eles querem equiparar o preço do produto orgânico ao do convencional, que tem agrotóxicos e prejudicam o meio ambiente”.

Segundo Silva, o produto orgânico já carrega essa característica de produção em pequena escala: “Quando temos uma cooperativa é até mais fácil, mas quando não, fica complicado. O problema da produção orgânica brasileira é que você não tem um retorno digno do seu trabalho”.

Na contramão dessa realidade hoje enfrentada pelos produtores, o setor de orgânicos vem crescendo. Essa tendência decorre do interesse cada vez maior dos consumidores por produtos livres de agrotóxicos e ecologicamente cultivados, perspectiva que deve ser ainda mais expressiva quando a lei 10.831/03 for regulamentada. “Acreditamos que essa evolução vai se dar no sentido de valorizar mais o orgânico. A sociedade se movimenta nesse sentido. Os problemas gerados pelos produtos convencionais, que têm conservantes, fazem com que as pessoas gastem muito mais de forma indireta”, acredita Silva.

O presidente da Brasil Bio acrescenta que o consumidor muitas vezes tem receio de comprar produtos orgânicos das grandes redes: “Num evento como a Bio Brazil Fair, o produtor orgânico está presente e isso garante uma confiabilidade extraordinária, o que não ocorre com os supermercados”.

Num contexto em que os pequenos e médios produtores são a maioria, Silva ressalta a importância de se buscar uma terceira via para que seus produtos não sejam tão desvalorizados quando chegam às grandes redes, onde a diferença de preço de um supermercado para um pequeno produtor chega a 100% em alguns casos: “Cria-se no imaginário coletivo a idéia de que o orgânico é mais caro. Quando houver a regulamentação da lei, o consumidor vai exigir qualidade e preço.”

Raio-x do setor no mercado mundial: . Setor de produtos orgânicos movimenta US$ 12 bilhões em todo o mundo | . Mercado internacional absorve 70% da produção brasileira | . Recentemente, as áreas de extrativismo sustentável passaram a constar do cálculo, a exemplo do que fazem outros países, o que eleva o número para 6,5 milhões de ha e deixa o Brasil em segundo lugar no ranking mundial, atrás apenas da Austrália. * Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior/Secretaria de Comércio Exterior e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Preços: . Os preços de orgânicos são, em média, 40% maiores que os dos produtos convencionais. No trigo essa porcentagem chega a 200% , e no açúcar, 170%. * Fonte: FIPE

Perspectivas das Exportações: As exportações brasileiras de orgânicos podem representar mais do que o dobro dos dados que apontam embarques de US$ 5,5 milhões entre agosto de 2006 e janeiro de 2007. A estimativa é do secretário executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Mário Mugnaini. Ele argumenta que a falta de precisão nos dados se deve ao fato de o preenchimento dos mesmos não ser obrigatório.

Bio Brazil Fair 2007 – 3ª Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia, de de 3 a 6 de maio, sendo de 3 e 4 das 13 às 21 horas, e 5 e 6 das 11 às 20 horas, no Pavilhão da Bienal do Parque Ibirapuera – São Paulo (SP). Entrada pelo portão 3.Promoção: Francal Feiras e Brasil Bio – Associação de Produtores e Processadores Orgânicos do Brasil. Patrocínio: Sebrae Nacional – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e Banco do Brasil. Apoio: Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Suframa – Superintendência da Zona Franca de Manaus, IBD – Instituto Biodinâmico, Abifisa – Associação Brasileira das Empresas do Setor Fitoterápico, Suplementos e de Promoção da Saúde e Sebrae-São Paulo.*Evento aberto ao público, com entrada franca.

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