Vigilância constante

Câmeras para todos os lados. Seja na rua, nos bancos, comércio etc. Em todo canto estamos sendo monitorados pelas lentes da evolução tecnológica a serviço da sociedade. O mundo mudou e os recursos são inúmeros. E diante da insegurança e ineficácia do Poder Público, optamos em perder a privacidade em busca do bem estar e da ordem.

Parece agressivo, mas é isso mesmo. Perdemos nossa privacidade. Sentimos-nos e estamos efetivamente sendo vigiados 24 horas por dia. Longe se vão os anos nos quais a prioridade era o ser humano. Vivíamos sem bugigangas eletrônicas, circuitos fechados, games, GPS e etc. Sobrevivíamos perfeitamente bem. Aliás, vivíamos melhores, pois tudo era mais direcionado no relacionamento pessoal, no olho no olho.

Hoje, chegamos ao mundo virtual, ou melhor, o mundo virtual nos invadiu. A tecnologia desafia a cada dia a nossa capacidade de imaginação. A internet derrubou fronteiras e através das mais sofisticadas câmeras podemos ser monitorados a quilômetros de distância.

Até o Morro já é monitorado, como é o caso do Santa Marta, na Zona Sul do Rio. Segundo o setor de relações públicas da PM, a instalação das câmeras é um projeto pioneiro para potencializar o policiamento e ajudará nas estratégias de ação da polícia. Vários pontos da Cidade também já receberam o equipamento, como a orla de Copacabana.

O Estado investe nesses equipamentos em busca de melhorar a segurança, mas, na verdade, a educação, a saúde e as melhores condições de trabalho ao policial é que devem ser priorizadas. Afinal, a segurança eletrônica só cresce devido à lacuna deixada pelo Estado na proteção do cidadão.

. Por: Marcos Espínola, Advogado Criminalista | www.espinolaadvogados.com.br