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01/09/2009 - 12:22

Expansão do setor de energia provoca aumento nas contratações setoriais

O setor de óleo e gás é o que mais cresce na economia brasileira. O barril encontra-se na faixa dos 70 dólares e o setor aparentemente passará imune pela crise econômica, que reduziu significativamente o ritmo da economia mundial, e continuará aquecido por muito tempo, o que faz crescer a carência de profissionais qualificados.

Até 2013, o setor conta no Brasil com promessas de investimentos públicos e privados que chegam a 200 bilhões de dólares, o que pode resultar na indução de um crescimento do PIB nacional da ordem de 0,7 ponto percentual. Serão mais de 100 milhões de dólares diariamente a serem aplicados em exploração e produção, no aumento da capacidade e qualidade do refino e no desenvolvimento das importantes descobertas das jazidas do pré-sal, que além de garantir a autossuficiência, podem levar o Brasil à condição de exportador de petróleo.

Estima-se que as receitas obtidas com o petróleo potencialmente disponível na camada do pré-sal rendam ao país cerca de 550 bilhões de dólares, montante que representa quase três vezes as reservas acumuladas pelo país nos últimos anos em moeda forte – as reservas brasileiras alcançam atualmente aproximadamente 210 bilhões de dólares.

Devido a tal crescimento, aumenta também a procura por profissionais especializados para atuar na área. Trata-se de um momento de preocupação e oportunidade para empregadores e trabalhadores. As empresas passarão por uma fase preocupante, já que terão que buscar mão de obra especializada entre profissionais muitas vezes despreparados ou já comprometidos com outros projetos. Em contrapartida, haverá oportunidades para quem está pronto para atuar no setor.

O mercado ficará ainda mais aquecido dentro de um período de dois a seis meses, e deve continuar promissor até 2020. Diante desse quadro, a demanda por força de trabalho qualificada só deve crescer, e as empresas terão que buscar mão de obra especializada entre profissionais muitas vezes despreparados ou já comprometidos com outros projetos.

A CH2M HILL tem a intenção de multiplicar por cinco suas operações no país até 2013. O crescimento já acontece: há dois anos a empresa contava com 60 funcionários no Brasil, número que vem crescendo a cada ano e deverá chegar a 800 em 2013, aumento de 1.213%. As oportunidades de carreira devem surgir especialmente nas áreas de petróleo, gás e biocombustíveis.

Juntamente com outras multinacionais e consultores de recrutamento na área, a CH2M HILL percebe uma falta de talentos em todo o mundo. Com a procura, é comum a “importação” de talentos de fora do país, além da migração de profissionais das engenharias química, industrial e de produção para o setor de óleo e gás. Por isso, a oportunidade é boa para profissionais com sólida formação acadêmica, ainda que não seja especializada.

As áreas de trabalho mais comuns no setor de óleo e gás são atividades de exploração, perfuração e produção – chamadas de upstream –; transporte, distribuição e comercialização – downstream -; e equipamentos e construção.

As grandes empresas estão interessadas em diferentes perfis na hora de contratar. Um tipo de profissional extremamente valorizado é o que já atuou em projetos desafiadores, no Brasil ou no exterior - a experiência que pode ser aplicada de imediato nas companhias é seu diferencial. Mas quem está começando a carreira também é valorizado. Existe forte demanda para jovens profissionais com muita ambição, desejo de aprender e flexibilidade, tanto de horários de trabalho, quanto em locais de residência e disponibilidade para viagens. Como os grandes projetos acontecem em todo o país, será fundamental que as pessoas tenham disposição para viver longe de suas terras natais. Profissionais de planejamento, controle e gestão de projetos também são moeda rara no mercado, e, por isso, bastante requisitados pelas companhias.

Esses perfis de profissionais serão os mais disputados nesta próxima década, período em que o investimento em educação, aperfeiçoamento e capacitação profissional nas áreas exigidas pelo setor de petróleo e gás, tanto públicos quanto privados, deverão aumentar exponencialmente. Normalmente as empresas reservam um orçamento muito limitado para as áreas de treinamento e desenvolvimento, porém esta realidade terá que mudar para poder suprir a forte demanda por estes profissionais. O país, assim, só tem a ganhar em competitividade e eficiência de sua força de trabalho, com resultados que podem ser extrapolados para as próximas décadas.

. Por: Jaime Martins, diretor de recursos humanos para a América Latina da CH2M HILL, líder global em engenharia multidisciplinar, gerenciamento, construção, operações e meio ambiente

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