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02/09/2009 - 10:36

Cada centavo investido em avaliação de áreas contaminadas, economiza um real com remediação

Quem nunca teve a necessidade de utilizar serviços de saúde para si ou para alguém querido? Em situações mais desesperadoras, tudo o que se procura é um excelente médico, que nos tire as dúvidas sobre qual a origem da doença. Eventualmente, até mesmo recorrer a uma segunda opinião para dirimir as incertezas. Tudo porque são realizadas interpretações sobre algo que não se vê diretamente, que se encontra no interior do corpo humano. E um bom médico baseará sua decisão em exames rigorosos. Sua experiência e conhecimento são fundamentais para a interpretação dos resultados, mas os exames fornecem subsídios necessários para que a decisão seja a acertada.

Se encararmos uma contaminação subterrânea como uma doença do meio ambiente subterrâneo e, por extensão, do meio ambiente como um todo, sua cura, ou mais propriamente, sua remediação, dependerá de um bom diagnóstico. Diferentemente do corpo humano, a crosta terrestre varia muito de local para local, apresentando possibilidades muito amplas para a interpretação da doença ou contaminação. É imprescindível que se compreenda, ao máximo, o que ocorre naquela fração do meio ambiente subterrâneo para que se faça um diagnóstico preciso e se oriente a ação mais efetiva. Como os valores envolvidos em uma avaliação adequada são elevados, estes tendem a ser minimizados e, na ansiedade de se remover a contaminação da forma mais rápida e barata possível, parte-se imediatamente para a remediação. Seria semelhante a partir para uma ação cirúrgica diretamente, sem os exames adequados. Exceto em casos onde o diagnóstico é evidente, esta é uma decisão temerária. Entretanto, isto não é tão evidente quando se trabalha com o meio ambiente subterrâneo.

Os contaminantes tendem a seguir caminhos preferenciais quando em subsuperfície. E estes caminhos não são visíveis, como tudo o mais em meio ambiente subterrâneo. Sua determinação e, por conseguinte, a definição da remediação adequada, necessita de muitos ensaios e coleta de informações. Os valores envolvidos na remediação são geralmente elevados e podem variar de R$ 100.000,00 a R$ 2.000.000,00, dependendo da situação. Quando mal empregados, os trabalhos devem ser revistos e refeitos. Vale a máxima de quem gasta mal gasta duas vezes. Ou mais vezes.

Técnicas sofisticadas de avaliação estão aparecendo constantemente, acompanhando a evolução tecnológica. Metodologias de amostragem contínua, análises no próprio local (in-situ), coletas de solo ou água subterrânea específicas para cada tipo de contaminação, softwares para interpretação e modelagem, enfim, uma grande quantidade de ferramentas encontra-se disponível para uma avaliação adequada. Cada centavo investido em avaliação corresponde a um real economizado em remediação.

Todas estas técnicas, embora sofisticadas, serão abordadas no I Congresso Internacional de Meio Ambiente Subterrâneo (I CIMAS), que será realizado de 15 a 18 de setembro, em São Paulo (www.abas.org.br\cimas). O evento reunirá os nomes mais importantes do mundo desta área do conhecimento, além dos profissionais e consumidores de produtos relativos à avaliação e remediação de locais contaminados.

Investir em avaliação do seu local contaminado é economizar muito em remediação. Vale o investimento.

. Por: Everton de Oliveira, Geólogo, Coordenador do I CIMAS, secretário executivo e ex-presidente da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS) | www.abas.org.br\cimas

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