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03/09/2009 - 07:27

Epilepsia acomete quase 2% da população brasileira

A prevalência é de quatro milhões de brasileiros, e o preconceito e falta de informação são alguns dos obstáculos enfrentados pela doença.

A estimativa é que existam aproximadamente de 4 milhões de pacientes no País. Segundo o Ministério da Saúde, nos cinco primeiros meses desse ano, o Sistema Único de Saúde registrou 17.084 internações em decorrência de epilepsia. A incidência é 150 mil novos casos por ano.

Com o objetivo de quebrar o preconceito e esclarecer a população, a Academia Brasileira de Neurologia promove a Campanha de Conscientização de Epilepsia – doença que acomete quase 2% da população brasileira, segundo estudos feitos pela Unicamp (Universidade de Campinas). Isso significa um total aproximado de 4 milhões de pacientes no País. Soma-se a isto uma incidência estimada de 80/100.000 pessoas/ano. A epilepsia é uma doença muito comum, ocorrendo em cerca de 1% da população mundial. Dados brasileiros indicam uma prevalência de 1,5 - 2%. A incidência de 150 mil novos casos ano.

Segundo o Ministério da Saúde, nos cinco primeiros meses desse ano, o Sistema Único de Saúde registrou 17.084 internações em decorrência de epilepsia – número 11% maior em comparação ao mesmo período do ano passado. Esse volume de internações não contempla os casos assistidos pela rede privada de saúde.

Segundo o coordenador de Epilepsia da ABN, Wagner Teixeira, o problema da doença é a falta de informação. “As pessoas precisam entender que não é uma doença infecciosa, não transmite e não tem a ver com religião.”

Descrita há mais de cinco mil anos, a epilepsia é uma doença neurológica caracterizada por uma excitabilidade anormal de um grupo de neurônios no cérebro, isto é, por alterações nas atividades elétricas cerebrais. Tal instabilidade nas descargas neuronais resultam em manifestações de diferentes naturezas – que podem variar de um período de ausência à conhecida crise convulsiva.

A doença acomete, sobretudo, pessoas de até 25 anos e com idade superior a 65 anos. A epilepsia também é mais comum em indivíduos do gênero masculino. Em países desenvolvidos, estima-se que a patologia incida em cerca de 1% da população. Nações ainda em desenvolvimento, por sua vez, apresentam o dobro de casos – reflexo de um cenário mais elevado de desnutrição, doenças infecciosas e dificuldade de acesso assistência médica.

A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais freqüentes. A palavra vem do grego significando “possuir”, “apossar-se de”. Caracteriza-se pela ocorrência de crises epilépticas recorrentes e não provocadas A recorrência significa que é habitualmente necessário um mínimo de duas crises para o diagnóstico de epilepsia. Por serem crises não provocadas, ficam excluídas aquelas em que a ocorrência só se dá na presença de um fator desencadeante (álcool, febre, drogas, traumatismo crânio encefálico, etc.).

A crise epiléptica é um fenômeno clínico de ocorrência súbita, conseqüência de uma excitabilidade anormal de um grupo de neurônios no cérebro. Esta região costuma ser chamada de foco epiléptico. O que ocorre durante uma crise é, desta forma, extremamente variável. Depende do local onde o foco está localizado e da forma como se propaga no cérebro. “Podemos ter, por exemplo, uma crise que se inicia com uma percepção visual e evolui com perda de contato com o meio ambiente (ausência), significando que esta se iniciou na região posterior do cérebro (responsável pela visão) evoluindo provavelmente para a região temporal, que condiciona o “desligamento” do paciente do meio. Este é um exemplo de crise em que os fenômenos motores são muito pouco relevante, diferente da crise mais conhecida, chamada habitualmente de convulsão, onde existe manifestação motora bilateral na forma de contração tônica de todo o corpo (fase tônica), seguida habitualmente de “repuxos” também generalizados (fase crônica)”, explica Teixeira.

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