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04/09/2009 - 09:38

Hitachi projeta e tropicaliza condicionadores de ar com ajuda do SolidWorks

Adotado há cerca de dois anos pela filial brasileira da multinacional após seleção rigorosa, software CAD surpreende pela versatilidade de aplicações, que vão do projeto de componentes em 3D até a produção de material para campanhas de marketing.

São Paulo - Tropicalização. Este é um dos motivos do sucesso da Hitachi Ar Condicionado no mercado brasileiro. Atuante no país desde 1972, a empresa de origem japonesa – e parte de um gigantesco conglomerado que faturou US$ 102 bilhões no último ano fiscal – projeta e fabrica aqui boa parte dos aparelhos que se destinam ao continente sul-americano. Desde 2007 os produtos de alta tecnologia da Hitachi Ar Condicionado recebem o toque de outra tecnologia igualmente sofisticada: a do software CAD SolidWorks, da Dassault Systemes.

“Os mercados brasileiro e sul-americano têm certas especificidades, principalmente em relação ao clima e à variação de temperatura, que precisam ser respeitadas”, explica o gerente de projetos da Hitachi Ar Condicionado, Francisco Lemes. “Por isso, projetamos e construímos aqui, com qualidade de nível mundial, aparelhos, peças e componentes que atendam a essas particularidades.”

A diversidade que existe entre clientes e os portes de instalações também é levada em conta. As cinco linhas de produtos da Hitachi Ar Condicionado contemplam desde aplicações residenciais até instalações industriais de pequeno, médio e grande porte. Os modelos mais simples, como os de janela, e os Split Hi Wall (de pequeno porte) são projetados em parques mundiais da Hitachi no Japão e em outros países do continente asiático. Quanto aos outros sistemas, 100% dos componentes de sua parte externa – como condensadores, gabinete, peças, válvulas, tubos e filtros – são projetados ou desenhados pela Hitachi Ar Condicionado do Brasil. Condensadores, gabinetes e tubos, por exemplo, são projetados (e, às vezes, fabricados internamente); já as peças adquiridas no mercado, como válvulas, filtros e materiais elétricos, são adicionadas ao desenho como parte do projeto. “Também são projetadas aqui as Centrais de Água Gelada, ou “Chillers”, que chegam a ter 13 metros de comprimento”, completa Lemes.

Preferência entre especialistas -= É preciso levar em conta que o centro de produção e desenvolvimento da Hitachi Ar Condicionado no Brasil, em São José dos Campos (SP), faz parte de um ecossistema de indústrias de tecnologia formado ainda na década de 1970. Na cidade, a 97 km de São Paulo, funciona um dos maiores pólos industriais do país, com indústrias como General Motors e Embraer, além de diversos órgãos de ensino e pesquisa como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial e o Instituto Tecnológico da Aeronáutica.

O capital humano da região, representado pela alta concentração de técnicos e engenheiros, teve seu peso na escolha do SolidWorks pela Hitachi. “Não pudemos deixar de levar em conta que muitos engenheiros que trabalham na cidade dominam o funcionamento do SolidWorks, que por sinal é bastante fácil de usar”, ressalta Lemes.

O gerente recorda que, até os anos 1990, os engenheiros da Hitachi usavam basicamente prancheta e calculadora. Foi nessa época que chegaram os primeiros PCs equipados com o software AutoCad 2D. “Nosso interesse pelo SolidWorks surgiu com mais força há seis anos, quando começamos a elaborar projetos em 3D”, conta o gerente, “e ele já era o software preferido dos novos engenheiros que ingressavam na empresa”.

Para a escolha do software que substituiria o AutoCad, a Hitachi desenvolveu um estudo comparativo rigoroso com base em diversos fatores. “Tínhamos considerado, na reta final, o SolidWorks, Catia e Pro/Engineer. Mas tanto o Catia como o Pro/Engineer, apesar de tradicionais e conhecidos pelos engenheiros da região, eram mais complexos e voltados principalmente para grandes empresas. O SolidWorks, por sua vez, oferecia justamente aquilo que precisávamos; além disso, ele adapta-se bem a empresas e projetos de qualquer porte.”

As primeiras 17 licenças foram adquiridas em 2007, e são utilizadas em regime de rede compartilhada por 25 projetistas. Outras cinco licenças foram compradas desde então para aplicação do Software também no setor de Métodos e Processos, visando melhorar a capacidade produtiva da empresa com o desenvolvimento de novas ferramentas, gabaritos e sistemas mais eficientes. A versão adotada é a Standard, sem os módulos facilitadores para simulação – itens que a Hitachi Ar Condicionado pretende adquirir no futuro, pelas facilidades que oferecem em projetos que envolvem análise estrutural, por exemplo.

Lemes ressalta que, embora os softwares antigos ainda sejam utilizados – “Há muito material de arquivo que exige sua utilização”, diz –, a migração para o novo ambiente tem sido fácil, principalmente por causa do apoio fornecido pela revenda local, a InnovarTI. Hoje, embora já esteja perfeitamente integrado ao dia-a-dia da empresa, o SolidWorks ainda surpreende pela versatilidade. “O software nos ajuda até a confeccionar desenhos e esquemas voltados para uso em material de marketing”, diz o gerente. A engenharia agradece.

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