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25/04/2007 - 09:39

Problemas de saúde relacionados ao trabalho custam 10% do PIB na América Latina

Além dos acidentes, lesões por esforços repetitivos (LER/DORT) fazem cada vez mais vítimas.

O Ministério da Saúde separa 28 de abril para lembrar o Dia Internacional das Vítimas de Acidentes de Trabalho e de Doenças Profissionais, ocorrências que aumentam a cada ano. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), acidentes e doenças ocupacionais são responsáveis por mais de dois milhões de mortes todo o ano. Em outras palavras, significa que morrem três pessoas por minuto em decorrência de problemas no trabalho em todo o mundo. Os acidentes sem morte - que passaram dos 300 mil no Brasil, em 2005 - acabam por afastar o funcionário temporária ou permanentemente, causando danos ao empregado e ao empregador.

Para diminuir essas estatísticas, as empresas estão dando atenção especial à legislação do Ministério do Trabalho e contratando profissionais capacitados para garantir o máximo de segurança no ambiente. As equipes de segurança do trabalho em uma empresa têm por objetivo minimizar acidentes, doenças ocupacionais, proteger a integridade e a capacidade de atividade do trabalhador, e são formadas por vários profissionais: engenheiro de Segurança do Trabalho, técnico em Segurança do Trabalho, médico do Trabalho, enfermeiro do Trabalho e auxiliar de Enfermagem do Trabalho. “O papel desses profissionais, que consiste em zelar pela segurança dos colaboradores das empresas, é cada dia mais importante”, comenta a assessora de ensino do Centro de Educação Tecnológica Tupy, a professora Adriana Reichle.

Estudo realizado pelo Banco Inter-Americano de Desenvolvimento para a América Latina calcula que cerca de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) é perdido por causa dos acidentes de trabalho. Toda vez que acontece algum acidente ou um funcionário é afastado por problemas ocupacionais, a empresa perde em tempo, mão-de-obra, produção e qualidade de vida no trabalho, além dos gastos financeiros implicados na situação. Por isso, é cada vez maior o investimento na contratação de profissionais de segurança do trabalho e nas modificações necessárias para manter o ambiente longe dos riscos de acidentes.

Esforços repetitivos - Os principais problemas que atingem o trabalhador atualmente são as lesões por esforços repetitivos (LER) e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT). “As siglas foram criadas para denominar várias patologias que atingem músculos, tendões e membros superiores, e que têm relação direta com as atividades ocupacionais. São, em geral, inflamações causadas por movimentos repetitivos e sem interrupção”, explica o fisioterapeuta do trabalho Alison Klein, professor do Grupo CBES – Colégio Brasileiro de Estudos Sistêmicos.

Os profissionais cujas tarefas exigem movimentos repetitivos, inclusive pessoas que trabalham com computadores, devem tomar cuidado redobrado com suas atividades. “A prevenção é a única forma eficaz de combater a LER/DORT. É necessário um controle da carga horária, pausas durante o expediente para um possível alongamento, adequação do posto de trabalho a cada indivíduo e a atenção a qualquer sinal do organismo, mesmo dores menos intensas”, alerta Dr. Alison. “O ideal é que, em trabalhos de digitação, a cada 50 minutos trabalhados, haja uma pausa de 10 minutos para relaxamento”. Além disso, é importante que a pessoa evite trabalhar com pressa, estresse ou sob pressão.

Na maioria dos casos, os trabalhadores afetados por esses distúrbios só procuram um médico quando as dores começam a atrapalhar sua rotina e isso é sinal de que a lesão já está em estágio avançado. “Para o tratamento, o primeiro passo é o afastamento e, então, poderão ser usados medicamentos e técnicas de fisioterapia, relaxamento e, até mesmo, acupuntura”, observa o fisioterapeuta.

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