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08/09/2009 - 09:41

Brasil e França fecham contratos para a compra de helicópteros e submarinos


Negócios estimados em R$ 31,1 bilhões.

Brasília - Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy, da França, fecharam no dia 7 de setembro (segunda-feira), a compra de 50 helicópteros de transporte militar. Os helicópteros serão produzidos pela Helibras em Itajubá (MG), que tem entre os acionistas a francesa Eurocopter. Além disso, os presidentes concluíram os contratos comerciais e de financiamento para a cooperação em matéria de submarinos. França e Brasil irão fabricar em conjunto quatro submarinos comuns e um com propulsão nuclear na base naval de Itaguaí (RJ).

Lula afirmou que a parceria é fundamental na estratégia de defesa brasileira.“Vamos produzir conjuntamente equipamentos que reforçarão a capacidade tecnológica do Brasil de proteger e valorizar suas riquezas naturais. Esse é um componente fundamental da estratégia de defesa, que o meu governo aprovou”, disse Lula.

De acordo com o presidente Lula, o Brasil aposta em um projeto de defesa voltado para a construção da paz no continente, da confiança, da integração e da construção do desenvolvimento da região.

Sobre a compra dos caças franceses Rafale, Lula disse que o mais importante é a transferência da tecnologia. “Para nós, o avião é muito importante, mas o mais importante é termos acesso à tecnologia de forma a produzirmos esse avião no Brasil. E é isso que estamos negociando agora com o ministro da Defesa [Nelson Jobim] e com o comandante da Aeronáutica [Juniti Saito]”, explicou Lula.

O presidente não esclareceu se a licitação para a compra dos caças já estava fechada. Ele adiantou que vai se reunir essa semana com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, para discutir pormenores.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse que os dois países vão produzir juntos tanto os aviões Raffale quanto os helicópteros. “As negociações estão começando”, disse Sarkozy.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que falou com a imprensa após o evento, também não confirmou se a licitação para a compra dos caças estava terminada. “A decisão tomada foi a de negociar com um fornecedor e não iniciar com os outros”, disse Amorim.

Também estavam na concorrência com o Rafale o avião de uma empresa sueca e o de uma empresa dos Estados Unidos.

Os presidentes falaram ainda sobre a crise financeira internacional e afirmaram que tem posições conjuntas sobre o tema. Lula disse que o G20 tem um papel importante na nova ordem mundial que vai surgir com a crise financeira internacional. “Já ficou claro que o mundo não vai sobreviver a uma terceira onda de especulação como essa que nós tivemos”, disse Lula.

Ele também falou da necessidade de reforma de instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM). “O Brasil não emprestou US$ 10 bilhões ao FMI para tudo ficar como antes”, disse. Para Lula, essas instituições não podem continuar emprestando dinheiro e cobrando imposições que acabam fazendo com que o país mesmo tendo dinheiro não consiga pegar um empréstimo.

“Não cabe ao emprestador impor condições para emprestar dinheiro. O que o emprestador tem que querer é garantia de que vai se ressarcido pelo empréstimo”, afirmou.

Os dois presidentes também conversaram sobre a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Sarkozy disse que apóia o Brasil no pleito a uma vaga permanente no conselho e defendeu que outros países também possam ter um assento permanente.

“As Nações Unidas devem se reformar ou correm o risco de perder a legitimidade. Estamos no século 21, não posso acreditar que a África não tenha um representante no Conselho de Segurança. Também não acredito que, no café da manhã do G8, não possamos convidar o Brasil.”, afirmou.

Lula e Sarkozy também assinaram acordos nas áreas de transporte, migração, defesa e cooperação policial.| Roberta Lopes/ABr

Brasil e França discutem ampliação do comércio bilateral - O Grupo de Trabalho sobre Comércio e Investimentos, criado pelo Brasil e a França, se reúne hoje (8/09), pela primeira vez. O encontro será no Sheraton WTC Hotel, em São Paulo.

Os trabalhos serão coordenados pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Miguel Jorge, e pela ministra da Economia da França, Christine Lagarde. O objetivo é a ampliação e diversificação do comércio bilateral.

Acompanha a ministra francesa uma comitiva de empresários das áreas de energia, hotelaria, eletricidade, transportes, alimentos, indústria espacial e de defesa, construção e indústria farmacêutica.

O objetivo é ampliar e diversificar o comércio bilateral. A ministra francesa estará acompanhada de uma comitiva de empresários dos ramos de energia, hotelaria, eletricidade, transportes, alimentos, indústria espacial e defesa, construção e indústria farmacêutica.

Segundo o Itamaraty, a França é o oitavo parceiro econômico do Brasil e as trocas entre os dois países cresceram 135% nos últimos cinco anos. Em 2008, o intercâmbio comercial atingiu US$ 8,8 bilhões. No primeiro semestre de 2009, as exportações brasileiras para a França foram de US$ 1,6 bilhão, e as importações alcançaram US$ 1,9 bilhão. A França foi o sexto maior investidor direto no Brasil em 2008, com um total de US$ 2,2 bilhões. O estoque de investimentos franceses no Brasil é da ordem de US$ 17,5 bilhões.

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