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09/09/2009 - 11:03

Instituto da Visão divulga avanços no tratamento do ceratocone

Vasta experiência cientifica prova que o tratamento é opção eficaz e duradoura para diminuir os transplantes de córnea.

O Instituto da Visão, em conjunto com o Departamento de Oftalmologia da Unifesp, oferece novo tratamento para ceratocone, principal causa de transplantes de córnea no Brasil e no mundo. O método, denominado Corneal Cross Link (CXL), usa uma substancia natural chamada riboflavina (vitamina B2) que, associada à luz ultravioleta, cria novas ligações entre as moléculas de colágeno da córnea, aumentando sua resistência.

Com ampla experiência científica, diversos artigos publicados em revistas especializadas e um prêmio internacional sobre o tema, além de assistência a centenas de pacientes, o Instituto da Visão e a Unifesp oferecem suporte científico e disseminação da técnica, através da formação de profissionais para atuarem em outros centros.

O que é ceratocone - Ceratocone é uma deformação corneana não-inflamatória e indolor, caracterizada pelo afinamento e perda de rigidez da parte central da córnea, que fica mais abaulada (formato de cone), provocando distorção e embaçamento das imagens, similar à provocada por altos astigmatismos. Em 90% dos casos é bilateral. Sua origem é genética, com forte caráter hereditário. Inicia-se geralmente na adolescência, por volta dos 13 anos de idade, evoluindo até aproximadamente 35 a 40 anos quando, na maioria dos casos, ocorre uma estabilização espontânea do processo.

Evolução e tratamento - Durante o estágio ativo da doença as mudanças podem ser rápidas. Freqüentemente os pacientes reclamam das constantes mudanças de grau dos seus óculos. Na maioria dos casos, 80%, o uso de óculos ou lentes de contato gelatinosas é suficiente para garantir uma visão satisfatória para o paciente. Entretanto, o progresso da doença é muito variável. Enquanto alguns casos evoluem lentamente, uma minoria tem evolução rápida, necessitando de lentes de contato rígidas ou transplante de córnea. Mesmo com o desenvolvimento de novos procedimentos cirúrgicos para simplificar ou fornecer mais segurança no tratamento do ceratocone, como os implantes de anéis intra-corneanos, o transplante de córnea ainda é o procedimento cirúrgico de escolha para a doença, apesar do risco de complicações, como alto astigmatismo, anisometropia, rejeição, infecção, glaucoma, catarata e doenças relacionadas à superfície ocular.

O CXL vem se tornando uma opção terapêutica menos agressiva e, o que é fundamental, potencialmente capaz de controlar a progressão do ceratocone e de deformações corneanas pós-cirúrgicas, justamente por agir no mecanismo fisiopatológico da doença, endurecendo a córnea. No Brasil, especialmente no Instituto da Visão, estão em andamento diversas pesquisas com excelentes resultados, recentemente apresentados durante congressos nacionais e internacionais.

Também houve participação direta da Unifesp no desenvolvimento do único aparelho nacional liberado pela Anvisa para o tratamento de CXL.

Utilizado no mundo inteiro, com excelentes resultados -- os pacientes tiveram sua doença estabilizada – o “Cross-Link” do colágeno corneano se tornou a opção menos invasiva em casos de ceratocone progressivo, diminuindo a necessidade de transplantes de córnea.

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