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09/09/2009 - 12:09

Consultoria Interna: O que fazer para aproveitar os seus benefícios


A consultoria interna tem sido utilizada em empresas que por vias práticas conseguem concomitantemente: desenvolver internamente projetos, e com isso reduzir os custos dos seus programas de melhorias; investir na capacitação de seus profissionais, expandindo seus conhecimentos para o processo, ultrapassando as questões de conteúdo, geralmente enfatizadas pelos cargos; e, além disso, elevar a mobilidade funcional, pois não restringe as áreas de atuação profissional dos seus funcionários, ou seja, todas as áreas têm os seus acessos abertos.

Esses aspectos são benefícios decorrentes do processo de consultoria interna, que não estão restritos a uma área específica da organização, podendo ser aplicada em áreas como: marketing, qualidade, recursos humanos, informática e até mesmas finanças, que passam a utilizá-la como uma modalidade funcional.

O consultor interno é um profissional que, além dos conhecimentos específicos, possui habilidade de negociação, técnicas de reunião e condução de grupos, técnicas de comunicação, que lhe permitem colaborar com os gestores da empresa em atividades que anteriormente não eram desenvolvidas ou eram realizadas por profissionais externos à empresa.

Exemplos de desenvolvimento de consultoria interna podem ser observados em várias empresas, em uma delas que se dedica à prestação de serviços na área de assistência à saúde, observamos que os executivos ao retornarem de cursos, traziam muitos conceitos, mas que nem sempre eram aplicados. Hoje, eles colocam em prática o que aprendem em casa, ou seja, na empresa, pois os cursos deixaram de ser meros exercícios de abstração para tornarem-se práticas dentro de uma realidade. Os cursos externos foram restringidos àqueles que não envolvam questões relacionadas à cultura interna da Organização.

Outros exemplos: uma empresa da área petroquímica capacitou sua equipe de consultores internos para atuar na área de gestão da qualidade; no setor financeiro, alguns bancos, vêm utilizando equipes de consultores internos para desenvolver seus projetos, e gerenciar outros que contam com colaboração externa; e no setor público, encontramos instituições que possuem equipes de consultores internos atuando no desenvolvimento de programas de combate ao desperdício e otimização de recursos, modernização organizacional e informatização.

Além dessas, outras empresas, vêm percebendo na consultoria interna uma forma de estarem preparadas para encontrar suas próprias soluções, eliminando possíveis dependências a profissionais externos.

Mas, para o exercício da consultoria interna são fundamentais uma boa formação e domínio de métodos de gestão, além de habilidades específicas.

Para a implantação da consultoria interna deve-se considerar que:

· No nível organizacional, a consultoria deve subordinar-se diretamente à alta administração;

· Os setores - alvo para prática da consultoria interna podem ser: recursos humanos, qualidade, marketing, informática e finanças;

· O profissional deve receber treinamento específico (os fundamentos da consultoria e como se faz a intervenção) para a função e possuir algumas características que favorecerão esse treinamento, como, por exemplo: espírito de liderança, facilidade de comunicação, bom relacionamento e trânsito nos vários escalões da organização;

· O consultor interno pode vir de qualquer área da organização, mas é fundamental possuir vivência que lhe forneça um bom nível de conhecimento de todas as operações realizadas pela e na empresa; e

· A organização deve estar aberta e facilitar a atuação dos consultores internos de forma à não deixar que críticas comentários e recomendações sejam encarados negativamente por alguns, e evitar que o comprometimento do consultor iniba a sua atuação.

A consultoria interna pode ajudar a empresa a resolver várias questões, mas não é conveniente esperar que venha dela a solução para todos os problemas organizacionais. Em alguns casos a atuação de consultores externos pode ser mais recomendável, mas se necessário for à contratação de profissional externo deve-se fazer dessa necessidade uma oportunidade de crescimento da equipe interna por meio do desenvolvimento conjunto do trabalho, fazendo com que a consultoria externa transmita seu conhecimento e tecnologia de forma que em situação futuras os consultores internos - parte integrante da empresa e, portanto, dos problemas - possam apontar soluções efetivas.

. Por: Antônio Andrade é Diretor, Coordenador do Núcleo Rio de Janeiro do IBCO, Doutor e Mestre em Ciência da Informação (UFRJ).

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