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09/09/2009 - 12:30

Principais montadoras do Brasil terão palestras sobre utilização de compósitos

Objetivo é mostrar alternativas de novos materiais para a produção de peças automotivas.

São Paulo- No próximo dia 16 de setembro, na Troller/Ford, em Fortaleza, a ABMACO – Associação Brasileira de Materiais Compósitos promoverá o 1º Workshop sobre a utilização dos plásticos termofixos reforçados para a aplicação na indústria automotiva e transporte. O programa será realizado ao longo deste segundo semestre e 2010 em algumas das principais montadoras e consumidoras de Compósitos instaladas no Brasil, como: Iveco, Volkswagen, Mercedes-Benz, General Motors, Ford, Volvo, Busscar, Ciferal, Comil, Induscar, Marcopolo, Neobus, Agco, John Deere e New Holland.

O objetivo da ABMACO é criar intercâmbio com as empresas, passar conhecimento sobre processos, materiais, aplicações e tendências, e discutir de forma prática, técnica, cientifica e aberta o desenvolvimento de produtos em Compósitos. As vantagens e benefícios deste material no design automotivo será outro foco importante. Também será apresentado o recém-criado Programa Nacional de Reciclagem, em parceria com o IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, e que já conta com a adesão de 12 empresas.

Para Paulo Camatta, gerente executivo e técnico da ABMACO, as montadoras buscam constantemente novas aplicações e soluções para reduzir custos e aprimorar os seus produtos e os compósitos são especialmente vantajosos nestes aspectos. “É grande o dinamismo do setor automotivo e todos os dias aparecem novas soluções que permitem maior flexibilidade de criação e concepção e na diminuição de custo e tempo de projetos. Mapeamos as reais necessidades e expectativas das montadoras e encontramos um modo de esclarecer os processos, as tecnologias, as utilizações e as aplicações dos materiais compósitos”, explica o executivo.

Os principais pontos abordados nas palestras serão as aplicações dos processos de compósitos mais usados pela indústria automotiva que são o RTM, SMC e BMC. Processos utilizados na fabricação de parachoques, painéis interiores, tetos externos, bancos, cabines, capôs, protetores de cárter e a própria carroceria, entre outras partes dos automóveis, caminhões e ônibus. Também serão abordadas as novas tendências dos materiais, processos, acabamento superficial e temas como o programa de reciclagem de compósitos que visam a preservação ambiental e adequação de custos para a indústria.

“Toda a cadeia produtiva do setor automotivo foi muito afetada com a crise mundial e a utilização de novos materiais será primordial a adequação das montadoras neste momento. Mostraremos nas palestras que os materiais compósitos serão uma boa solução, pois oferecem grande flexibilidade de design e processos, investimentos mais baixos, diferenciação e velocidade de desenvolvimento e custos mais competitivos, além de componentes com maior durabilidade e menor peso. Os fabricantes brasileiros de compósitos têm muitas novidades em materiais, técnicas e produtos para apresentar e possuem uma enorme gama de produtos e processos com qualidade, segurança e certificações internacionais para as montadoras nacionais”, explica Paulo Camatta.

Programa Nacional de Reciclagem - O Programa Nacional de Reciclagem da ABMACO é fruto de uma parceria com o IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – e com 12 investidoras de vários setores. O projeto apresenta o desenvolvimento de uma solução tecnológica para o processamento destes resíduos sólidos gerados pelo setor de compósitos na transformação, visando sua reutilização no próprio processo produtivo. O programa consiste em um estudo científico da partícula e classificação do resíduo realizado por cientistas do IPT com apoio da equipe técnica da ABMACO e de seus associados.

Segundo Camatta, o programa é fundamental e um passo importante para a conscientização do segmento de compósitos, visando o seu crescimento sustentável e dos grandes usuários destes produtos. “No Brasil, as empresas destinam anualmente para aterros sanitários 13.000 toneladas de resíduos (entre rebarbas de processos e peças com defeitos) que representam um custo aproximado de R$ 90 milhões/ano. A introdução de um projeto de ação coletiva para tratar do problema de reciclagem de compósitos é de interesse de todo o setor”, finaliza.

Segundo dados da ABMACO, o segmento de materiais compósitos encerrou 2008 com crescimento de 13,3% em relação a 2007. O faturamento do setor foi de R$ 2,22 bilhões perante R$ 1,96 bilhão no ano anterior, e a produção atingiu 184 mil toneladas, contra 158 mil toneladas. A previsão para 2009 é de crescimento de 3% para o segmento, com faturamento de R$ 2,93 bilhões. O setor de transporte (automotivo, aéreo, marítimo e ferroviário) liderou a aplicação de compósitos, com 30%. Em segundo lugar, a construção civil, com 27%, utilizados na produção de coberturas, perfis, tanques, piscinas, caixas d’água, banheiras e telhas, seguido por energia eólica (16%), náutico (10%), corrosão (8%), lazer (5%), elétrico (2%) e outros com 2%.

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