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10/09/2009 - 09:35

Etanol: Ferrovias e Navios de olho no futuro das exportações

Fórum de debates da IETHA aponta também que os projetos de alcodutos possam ser boa solução para escoamento do produto, no futuro.

São Paulo - Durante o Fórum de Etanol IETHA: Logística para Exportação de Etanol - Transportes Ferroviário & Marítimo, ocorrido no início de setembro, no Hotel Meliá, em São Paulo, que reuniu as principais empresas do setor de etanol e logística, além de pesquisadores, técnicos e imprensa, evidenciou dois principais transportes no escoamento do etanol para fora do País, o transporte ferroviário - cuja atuação para o setor ainda é pequena, mas deveria ser ampliada; e o marítimo, com suas peculiaridades técnicas.

O crescimento ainda tímido da atuação das malhas ferroviárias para a exportação do etanol é uma dessas questões. Porém, com a demanda crescente de álcool combustível, as grandes empresas do setor começam a investir mais fortemente.

A Vale, que esteve presente no Fórum, no debate sobre Transporte Ferroviário, investiu entre 2003 e 2008 cerca de US$ 5 bilhões em infraestrutura e logística; sua malha viária está presente em parte das principais regiões produtoras, como o sul de Goiás, Triângulo Mineiro e Ribeirão Preto (SP), que conduzem até os portos de Santos, Complexo Portuário de Tubarão (ES) e Terminal Marítimo de Sergipe.

Já ALL-Logística possui hoje 3.200 vagões tanques para graneis líquidos - commodities que representam 16% do volume transportado, incluindo etanol. Com forte atuação para a distribuição de álcool no mercado interno, que leva do Centro-sul até regiões do Sul do País, a ALL tem aumentado sua participação no escoamento do etanol exportável através do Porto de Paranaguá (PR). O volume de etanol transportado pela ferrovia cresceu 38% no primeiro semestre de 2009, comparado ao mesmo período do ano anterior.

Durante o Encontro, outro tema que ganhou destaque foi o debate sobre o transporte marítimo. Na mesa composta pela Brazilship, empresa de fretamento marítimo, e Odfjell, armador, apresentou os principais desafios para o setor. Entre eles a questão do etanol ainda não ser considerado uma commodity agrícola para o mercado internacional. Além disso, a falta de rotas regulares; a falta de adequação dos portos de recebimento em todo o mundo; o uso de navios de cargas químicas para transportar o etanol, que consequentemente gera um novo processo na cadeia, a limpeza especifica; e mesmo que houvesse navios apenas para etanol, os custos da volta desses navios vazios; e a atual capacidade dos portos brasileiros.

Este último assunto inclusive largamente debatido na mesa Terminais Portuários, que contou com a presença da Associação Brasileira de Terminais Líquidos (ABTL), além dos principais terminais atuantes no setor, Copape, Vopak e Oiltanking.

O Fórum também reuniu empresas como Cosan, Copersucar, Astra Oil, Bauche Energy para o debate de outros temas que envolvem a cadeia logística de exportação do etanol. Além das apresentações dos projetos futuros de alcodutos da Centro-sul e da Uniduto, com previsão de início das atividades, formato de escoamento pelos dutos e investimentos.

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