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12/09/2009 - 10:36

Transpetro assina contrato de mais de US$ 1 bilhão para construção de navios do Promef II


Os estaleiros escolhidos são Atlântico Sul em Pernambuco, que vai construir sete navios aliviadores (quatro embarcações do tipo Suezmax e três Aframax), sendo os Suezmax no valor global de US$ 746,51 milhões e os três Aframax US$ 477,6 milhões, e Superpesa, do Rio de Janeiro, com três navios de Bunker (de transporte de combustível para embarcações), por US$ 46,5 milhões.

A diretoria da Transpetro – subsidiária de transporte e logística da Petrobras – assinou os contratos para a construção de mais dez navios constantes da segunda fase do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef II). De acordo com os resultados das licitações, o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), de Pernambuco, vai construir sete navios aliviadores (quatro embarcações do tipo Suezmax e três Aframax) e a Superpesa, do Rio de Janeiro, ficará com três navios de Bunker (de transporte de combustível para embarcações).

O valor global dos quatro navios Suezmax é de US$ 746,51 milhões e os três Aframax custarão US$ 477,6 milhões. O preço dos três navios de bunker é de US$ 46,5 milhões.

A operação dos navios aliviadores terá importância crucial com o desenvolvimento da produção de óleo e gás na área do pré-sal.

Esse tipo de navio transporta petróleo das áreas produtoras no mar (off-shore) para os terminais da Transpetro. Diferentemente dos petroleiros encomendados na primeira fase do Promef, estes sete navios serão de posicionamento dinâmico (com capacidade para manter suas posições nas condições de vento e mar previstas para as operações). É a primeira vez que esse modelo de embarcação será fabricado no Brasil.

Os navios de bunker, a serem construídos pela Superpesa, podem receber dois tipos de carga – óleo combustível e óleo diesel – e terão capacidade para armazenar 4 mil metros³. A segunda fase do Promef prevê mais 16 navios (oito de produtos derivados de petróleo e oito para transporte de GLP).

O anúncio dos novos contratos foi feito no dia 11 de setembro (sexta-feira), durante a cerimônia de batimento de quilha do primeiro petroleiro Suezmax do Promef, em construção no EAS, em Ipojuca (PE), com a presença dos presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva, da Petrobras, José Sergio Gabrielli, e da Transpetro, Sergio Machado. Os contratos dos navios aliviadores foram assinados na própria cerimônia. Já os contratos para a construção dos navios de bunker haviam sido assinados na quinta-feira (dia 10/09), na sede da Transpetro, no Rio de Janeiro.

Com os novos navios, o Estaleiro Atlântico Sul tem agora em carteira 22 navios encomendados pela Transpetro. Na primeira fase do Promef, o estaleiro havia assinado contrato para a construção de 15 petroleiros (10 Suezmax e cinco Aframax).

Na ocasião, a Transpetro deu início à montagem do primeiro navio petroleiro no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), onde aconteceu o batimento de quilha do primeiro navio do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef).

O ato simboliza o início da montagem do navio, com o primeiro bloco sendo posicionado no dique seco para a fase final de ajustes em terra, antes do seu lançamento ao mar. A solenidade contou com as presenças dos presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva, da Petrobras, José Sergio Gabrielli, e da Transpetro, Sergio Machado.

O petroleiro, do tipo Suezmax, possui capacidade para transportar um milhão de barris de óleo e será entregue à Transpetro em abril de 2010. Além deste, outros três navios do Promef serão incorporados no próximo ano. “É com muito orgulho que vejo a reconstrução da indústria naval brasileira se materializar neste dia com o batimento de quilha, diante de milhares de trabalhadores brasileiros que também acreditaram neste sonho do Promef, transformado em realidade”, afirma o presidente da Transpetro.

A escala gerada pelas encomendas da Transpetro por meio do Promef, iniciado em 2005, mudou a face da indústria naval brasileira. Antes dele, os estaleiros nacionais estavam praticamente ociosos, lutando para não fechar as portas. O último navio petroleiro construído no Brasil para a Petrobras havia sido o Livramento, entregue em 1997.

Em quatro anos de Promef, porém, o cenário é outro. O Brasil já tem a quinta maior carteira mundial de encomendas de petroleiros e há projetos de instalação de novos estaleiros em vários pontos do país, inclusive por parte de investidores estrangeiros. O próprio Atlântico Sul é um exemplo desta retomada. Depois de vencer uma licitação da Transpetro em 2007, o estaleiro foi viabilizado e emprega hoje nove mil pessoas.

Em suas duas etapas, o Promef prevê 26 navios na primeira fase e 23 na segunda, num total de 49 navios. O programa vai gerar 40 mil empregos diretos e os 49 navios encomendados somarão 4 milhões de toneladas de porte bruto. O consumo previsto de chapas grossas de aço para a fabricação dos navios será de 680 mil toneladas, sendo 440 mil na primeira fase e 240 mil na segunda.

Nova fase da construção de navios em Suape - Pernambuco caminha para consolidar a sua indústria naval e offshore, posição defendida pelo governador Eduardo Campos que participou ao lado do presidente Lula da cerimônia de batimento de quilha do navio petroleiro Suezmax produzido pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS).

“Este é, sem sombra de dúvida, o maior estaleiro de todo o hemisfério sul e foi construído com o suor de diversos pernambucanos. O Atlântico Sul traz a marca da visão de estado do governo do presidente Lula, além de simbolizar a luta pela desconcentração econômica e a construção de um País mais justo”, explicou Eduardo Campos.

O presidente do Estaleiro Atlântico Sul, Ângelo Belelis, explicou que o Batimento de Quilha marca o início da edificação do primeiro navio e inaugura o Dique Seco. O Dique é a principal estrutura do EAS e tem 400 metros de extensão, 73 metros de boca e 12 metros de profundidade, o que possibilita a produção de embarcações com até 500 mil toneladas.

“Nossos acionistas escolheram esta área, considerando-a ideal, para implantação do Estaleiro. Para essa tomada de decisão, muito contribuiu a proatividade do governo de Pernambuco que prontamente ofereceu condições de infraestrutura e de caráter tributário. Essas condições foram decisivas para a viabilização de nosso projeto”, afirmou Ângelo Bellelis.

Em janeiro de 2007, o Estaleiro já tinha a encomenda de 10 navios petroleiros suezmax do Promef. Mais cinco Aframax e uma plataforma semi-submersível já estavam na carteira do EAS. Durante a cerimônia do batimento da quilha a Transpetro e o Estaleiro assinaram contrato para a construção de mais sete navios, agora do Promef 2. Esta nova encomenda movimentará cerca de US$ 1,2 bilhão.

“A indústria naval brasileira foi destroçada, em trinta anos de falta de visão e de um modelo de desenvolvimento econômico trágico para o país. Coube ao Presidente Lula mudar esse jogo, reconstruir aquela que foi a segunda maior indústria naval do mundo, mas reconstruir de outra forma, trazendo para o Nordeste, visando o equilíbrio de um país tão desigual”, falou Eduardo.

Hoje, o Estaleiro Atlântico Sul gera três mil empregos diretos, e até o final de 2010 este número deve subir para cinco mil. O presidente Lula, que elogiou o governador Eduardo Campos afirmando que ele trabalha pelos interesses nacionais e pela unidade federativa, ressaltou o fato dos empregos ficarem com os Pernambucanos.

“Quando tomei a decisão de trazer o Estaleiro para cá, muitos disseram que os empregos não ficariam no Estado, mas o que vejo aqui é o contrário. Fico emocionado ao ver aqui milhares de filhos de cortadores de cana, vindo das cidades da zona da mata, trabalhando na reconstrução da indústria naval brasileira”, afirmou o presidente.

Eduardo explicou que foi feito um trabalho em parceria entre o Governo do Estado, as prefeituras, o sistema S e o Estaleiro no sentido de oferecer reforço escolar e cursos preparatórios para os moradores da região. “Essa é uma história bonita que vai ser contada daqui a muitos e muitos anos, e ela só está sendo possível porque o presidente Lula acreditou neste sonho e no povo. Esses jovens que estão está aqui há muito tempo esperavam por essa oportunidade”, relatou o governador.

Participaram também da cerimônia o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, os ministros Sérgio Rezende (Ciência e Tecnologia), José Múcio (Relações Institucionais) e Fernando Haddad (Educação), deputados federais, entre outras autoridades.

Cais V – Antes do evento no Estaleiro Atlântico Sul, Eduardo Campos e Lula inauguraram o Cais V do Porto de Suape, segundo berço interno entregue na atual gestão do governo do Estado. A obra teve investimentos de R$ 125 milhões, gerou 800 empregos e foi concluída em 12 meses.

Segundo Fernando Bezerra Coelho, secretário de desenvolvimento econômico e presidente do Complexo Portuário de Suape, este novo Cais vai possibilitar a atração de novos investimentos e aumentar em 1,5 milhão de toneladas a capacidade de movimentação de cargas do Porto.

“A ED & F Man, uma das maiores produtoras de açúcar do mundo, já sinalizou o interesse de usar o Cais V para exportar açúcar branco refinado, com investimentos de US$ 65 milhões. Além disso, o Cais V nos deixa pronto para receber a soja que virá do Piauí quando a Transnordestina estiver pronta”, garantiu Fernando Bezerra Coelho.

O Governo do Estado investirá em Suape, até 2010, R$ 1,4 bilhão em obras de infraestrutura, quase três vezes mais de tudo o que tinha sido investido até 2007. Até o fim de 2010, o Complexo estará gerando para os pernambucanos cerca de 20 mil empregos diretos.

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