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26/04/2007 - 08:16

Celular criptografado evita grampos telefônicos


Telefone móvel com tecnologia alemã garante privacidade das chamadas e dificulta espionagem industrial e empresarial; compra do aparelho Enigma é confidencial e controlada.

Os dados das empresas de gerenciamento de riscos assustam: 95 por cento dos grampos telefônicos no Brasil são ilegais. Para dificultar o trabalho dos “arapongas”, que fazem escuta telefônica clandestina, a novidade no mercado brasileiro da garantia de privacidade é o telefone celular Enigma. O aparelho de celular da empresa inglesa Tripleton contém um chip e software de criptografia, desenvolvido por engenheiros alemães, que codifica as conversas e também as mensagens de texto do aparelho. “O celular comum é muito fácil de ser grampeado e as empresas que medem riscos sabem que a maioria dos grampos é feita entre o aparelho e a torre de telefonia móvel”, explica Sérgio Alambert, diretor da Partners Risks, empresa de gerenciamento de riscos em São Paulo.

O Enigma funciona da seguinte forma: quando há necessidade de uma ligação telefônica protegida, que só pode ser feita entre dois aparelhos Enigma criptografados, o usuário disca o número do telefone e aperta a tecla de Criptografia, que fica do lado direito superior do Enigma. Nesta hora, o celular cria uma “chave” de criptografia, transforma a voz em dados, criptografa estes dados e envia. O outro aparelho Enigma que recebe a chamada, usa a chave recebida para “descriptografar” os dados, que são transformados em voz novamente. A chamada criptografada demora de 4 a 6 segundos para fazer a troca de chaves. A conversa, que não pode ser grampeada, é então estabelecida normalmente, em tempo real.

O Enigma pode criar 9 bilhões de combinações diferentes de chaves de criptografia. “Um super computador, do tipo Deep Blue, por exemplo, demoraria 20 anos para decifrar a mensagem”, diz Alambert. Em caso de tentativa de grampo de uma ligação criptografada, os “arapongas” conseguiriam gravar apenas um ruído. “É impossível escutar ou gravar uma conversa telefônica entre dois celulares Enigma”, garante o executivo.

O telefone celular Enigma pode realizar chamadas comuns – basta discar o número escolhido e apertar Send. Já no caso de uma chamada de segurança, feita entre dois celulares Enigma, o toque do aparelho é diferente de uma chamada normal, justamente para indicar que aquela é uma ligação criptografada. O T 301 B Enigma pode ser usado com qualquer operadora GSM com serviço ativo de comunicação de dados (SCD).

Para evitar o uso inadequado do Enigma, a venda é feita apenas para pessoas jurídicas, com nota fiscal e de maneira confidencial. Para o diretor da Partners Risks, este tipo de aparelho é ideal para ser usado no mundo corporativo, por empresários e altos executivos. “Tomar cuidado com o vazamento de informações estratégicas é crucial para o crescimento das empresas”, esclarece Alambert. Em caso de perda ou roubo de um aparelho Enigma, a empresa responsável pela comercialização do produto cancela e inutiliza o chip daquele aparelho, que entra para uma “Lista Negra” da criptografia: outros aparelhos Enigma deixam de receber chamados codificados daquele celular bloqueado. Cada aparelho celular Enigma, com chip e software de criptografia de voz, custa R$ 7.350,00 e está sendo vendido na Partners Risk, telefone (11) 3083-0600. Site: www.partnersrisks.com.br

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