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26/04/2007 - 08:27

Vendas do atacado químico aumentam 16,4% em março


As empresas do comércio atacadista de produtos químicos e petroquímicos apresentaram, em março, desempenho das vendas em dólares 16,4% superior a fevereiro. Em reais, as vendas aumentaram 14,3%. O comportamento geral observado em março se justifica em função de dois fatores: o maior número de dias úteis do mês, comparativamente ao anterior e pela retomada da atividade econômica no final do primeiro trimestre.

No entendimento de 72% dos participantes do Relatório Tendências, elaborado mensalmente pela Associquim – Associação Brasileira dos Distribuidores de Produtos Químicos e Petroquímicos, o mês de março confirmou o efeito esperado no mês, com a reação das empresas ao repor estoques e retomar a produção após um início de ano bastante fraco. Para os demais, apesar do crescimento observado em relação a fevereiro, o resultado se situou muito aquém do esperado.

Os indicadores do mês em análise apresentaram índices de produção industrial elevados em relação ao bimestre decorrido, com muitos setores atingindo níveis bastante satisfatórios na produção, a exemplo da indústria automobilística com recordes de vendas no mercado interno.

Apesar do comportamento positivo de março, o primeiro trimestre de 2007 apresentou vendas em patamar abaixo do alcançado em igual período de 2006. O gráfico 1, abaixo, mostra o comportamento dos trimestres de anos anteriores, através dos índices de vendas em dólares que, apresentados em base fixa, permitem a comparação com o obtido em 2006.

Para abril, a previsão traçada pelas empresas do setor aponta igualdade em relação ao mês de março, fato que, se confirmado, se transformará em um ótimo resultado para o mês, que historicamente se apresenta menor que o anterior.

Nota-se que o trimestre do ano de 2007 registrou desempenho inferior ao do ano passado, com decréscimo de 4,8%, variação obtida pela divisão do número índice de 2007 pelo de 2006. A série histórica construída a partir de 1989 possibilita as comparações ao longo dos anos mostrando que no período analisado o pior comportamento do primeiro trimestre ocorreu em 2003, aliás, o pior ano em termos de desempenho global da economia. A partir daí os índices apresentam-se crescentes, mostrando a primeira perda já citada no ano de 2007.

Repete-se na comparação mensal dos anos selecionados, o ocorrido com o trimestre, com perda de 6,3% em 2007, comparativamente ao ano de 2006. As péssimas condições da economia brasileira em 2003, ano de forte compressão monetária e fiscal provocou o resultado obtido em março daquele ano, desempenho que se estendeu pelo resto dos meses, culminando com decréscimo do PIB anual. Após este ano, os meses de março registraram crescimento nos índices de vendas, interrompido somente em 2007, que apresentou a exemplo do ocorrido no fechamento do trimestre, decréscimo de 6,28% em relação a 2006.

Condições operacionais - Poucas alterações foram notadas na operação das empresas atacadistas de produtos químicos durante o mês, pois diante das condições de estabilidade da economia não foram observadas alterações significativas nos preços dos produtos comercializados, que mostraram redução média de 0,4%. Os estoques foram mantidos em condição considerada normal, equivalendo a 33 dias de vendas, enquanto o custo financeiro médio adicionado nas vendas a prazo alcançou 2,2%. Apesar do aumento do volume de crédito direcionado aos agentes da economia, fato que poderia influenciar positiva ou negativamente o comportamento da inadimplência, não se observou grandes alterações nos índices de atrasos, que se mantiveram em patamar considerado normal pelos informantes do painel de opiniões.

Outra informação buscada junto às empresas do setor, referiu-se ao efeito da crise ocorrida no setor aéreo na atividade comercial atacadista. Apesar das dificuldades causadas à população em geral, inclusive nas viagens efetuadas pelos executivos das empresas, na maioria dos casos não foram observados reflexos diretos nas importações de itens utilizados pelo setor, uma vez que, segundo os informantes, a maior parte das importações vale-se de outros meios de transporte, a exemplo do marítimo.

Em relação ao atual estágio da taxa de câmbio, que mostra o real valorizado em relação ao dólar, parece existir posicionamento majoritário da categoria, de que não é conveniente a intervenção do Banco Central na taxa de câmbio, que deve ser formada no mercado, a partir da oferta e da procura de divisas.

Ainda neste aspecto relacionado à cotação da moeda americana no mercado, foi incluída questão buscando posicionamento a respeito do crescimento das importações de bens finais colocados à disposição do mercado, que representam, segundo estudo do BNDES, 5,5% do PIB brasileiro e até que ponto tal fato influencia negativamente a produção de bens similares pela indústria nacional. | * Fonte: Depto. de Economia da Associquim/Sincoquim

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