Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

17/09/2009 - 10:29

Taxa de juros para pessoa física cai para 7,08% ao mês, a menor apurada pela Anefac desde 1995

Estudo mostra também redução para empresas: taxa de 3,98% ao mês em agosto é a menor taxa de juros para média desde março/2001.

A Anefac – Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade apurou em sua Pesquisa de Juros que a taxa média geral para pessoa física apresentou uma redução de 0,13 pontos percentual no mês (3,33 pontos percentuais no ano). O dado correspondente a uma redução de 1,80% no mês (2,55% em doze meses) passando de 7,21% ao mês (130,58% ao ano) em julho/2009 para 7,08% ao mês (127,25% ao ano) em agosto/2009. De acordo com o coordenador da pesquisa e vice-presidente da entidade, Miguel José Ribeiro de Oliveira, esta é a menor taxa de juros média da série histórica, iniciada em 1995. “É a sétima redução consecutiva, resultante de da melhora no cenário econômico e maior competição no sistema financeiro”.

Das seis linhas de crédito para pessoas físicas pesquisadas somente o cartão de crédito manteve inalterada suas taxas de juros, sendo que as demais tiveram suas taxas de juros reduzidas no mês.

Pessoa Jurídica - Conforme o estudo, todas as linhas de crédito pesquisadas para pessoas jurídicas foram reduzidas no mês. A taxa de juros média geral apresentou uma redução de 0,08 ponto percentual no mês (1,49 ponto percentual em doze meses). Segundo Miguel de Oliveira é uma redução de 1,97% no mês (2,43% em doze meses) passando a mesma de 4,06% ao mês (61,22% ao ano) em julho/2009 para 3,98% ao mês (59,73% ao ano) em agosto/2009, a menor taxa de juros média desde março/2001.

Taxa de juros x Selic - “Considerando todas as quedas e elevações da taxa básica de juros (Selic) promovidos pelo Banco Central neste ano, tivemos neste período (dezembro/2008 a agosto/2009) uma redução da Selic de 5,00 pontos percentuais (queda de 36,36%) de 13,75% ao ano em dezembro/2008 para 8,75% ao ano em agosto/2009”, informa o coordenador.

Neste período a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma redução de 10,66 pontos percentuais (queda de 7,73%) de 137,91% ao ano em dezembro/2008 para 127,25% ao ano em agosto/2009. Nas operações de crédito para pessoa jurídica houve uma redução de 6,96 pontos percentuais (queda de 10,44%) de 66,69% ao ano em dezembro/2008 para 59,73% ao ano em agosto/2009.

Perspectivas - Segundo Miguel de Oliveira, a pesquisa deste mês demonstra o retorno das condições de crédito anteriores à crise em setembro/2008, tanto no alongamento dos prazos dos financiamentos bem como na redução dos juros das operações de crédito. “Em nossa opinião tendo em vista os fatores abaixo, as taxas de juros das operações de crédito bem como as condições de crédito (ampliação dos prazos, aumento do volume emprestado, maior flexibilidade) deverão melhorar neste segundo semestre por conta dos seguintes fatores”:

1) O pior da crise já ter passado | 2) Devemos ter novas reduções da taxa básica de juros (Selic) o que levará as instituições financeiras a emprestar mais provocando maior competição no mercado | 3) Menor risco da inadimplência.

Para ele, o quadro apresentado no último trabalho se mantém. “Nossa expectativa é que o consumidor brasileiro vai conviver daqui para frente com uma situação nova qual seja reduções dos juros das operações de crédito em patamares superiores às quedas da taxa básica de juros, ou seja, durante muito tempo os consumidores conviveram com reduções das taxas de juros em patamares inferiores às quedas ocorridas na Selic (em vários momentos inclusive houveram quedas da Selic e aumento dos juros ao consumidor) e daqui para a frente deveremos ter reduções das taxas de juros seja para produção (pessoa jurídica) como para consumo (pessoa física) em patamares superiores ás quedas da Selic. Deveremos inclusive ter períodos em que a Selic vai ficar inalterada e as taxas de juros das operações de crédito vão ser reduzidas”.

Miguel de Oliveira lista os fatores que contribuem para isso: A) Taxa Selic em patamares que desestimulam aplicações em tesouraria | B) Maior competição no sistema financeiro | C) Melhora do ambiente econômico com menor risco de inadimplência | D) Introdução do Cadastro Positivo | E) O ainda baixo volume de crédito existente no país | F) O fato das taxas de juros se encontrarem em patamares elevados o que permite então reduções maiores | G) Maior pressão do governo junto ao bancos para a redução do Spread Bancário | H) Ações do governo para a redução do Spread Bancário como reduções do compulsório e da cunha fiscal | I) O crescimento do crédito nos bancos privados tendo em vista terem perdido espaço para os bancos públicos no período da crise econômica.

Informações e Recomendações ao Consumidor: O sistema financeiro vem expandindo cada vez mais o crédito às empresas e às pessoas físicas, contribuindo assim com o desenvolvimento econômico do Brasil.

Este crescimento do volume de crédito tenderá a se acentuar nos próximos meses/anos em virtude do crescimento econômico.

Com crédito os mercados se desenvolvem, as empresas investem, ampliam suas vendas, geram empregos e as pessoas antecipam a realização de seus sonhos.

Assim com o crescimento do crédito é preciso que você saiba como usar o mesmo para melhorar a sua vida sem gerar problemas, motivo pelo qual listamos abaixo algumas informações e recomendações:

Primeiramente organize a sua vida financeira elaborando um orçamento doméstico como forma de definir quais são as suas reais necessidades e planejar todos os seus gastos considerando sempre a sua renda disponível e não a renda disponível mais crédito, ou seja os seus gastos têm que caber dentro de seu salário.

Preferencialmente gaste menos do que tem de renda como forma de fazer uma reserva financeira para fazer frente a eventuais gastos extras não previstos ou até para planejar a compra de algum bem no futuro.

Lembre-se que toda a vez que você gasta mais do que ganha ou ficará inadimplente e com isso sujeita a todas conseqüências de ter o nome negativado, não tendo aceso a qualquer tipo de crédito ou terá que recorrer a empréstimos e assumir o pagamento de juros.

As taxas de juros se encontram em patamares elevados no país, seja pelo baixo volume de crédito disponível que representa hoje 45,0% do PIB quando a média internacional passa de 100%, seja pelos custos que incidam sobre as taxas.

Como referência vale registrar que quando o consumidor faz um empréstimo esta taxa é composta de:

Custo de captação do banco (Quanto o banco paga pelo dinheiro que paga a seus aplicadores ou custo de oportunidade). A referência é a taxa Selic;

Cunha fiscal – Compreende os impostos da intermediação financeira mais os compulsórios (dinheiro dos depósitos que os bancos deixam no Banco Central sem poderem emprestar);

Despesas administrativas – Custos dos processos do banco (funcionários, agências);

Risco – Custo da inadimplência dos empréstimos (parte dos empréstimos não são pagos ou demoram para serem recebidos o que embute um risco à instituição);

Margem líquida da instituição – lucro do banco ou depois de todos os itens acima quanto efetivamente sobra para a instituição financeira.

Destacamos que as taxas de juros são livres e as mesmas são estipuladas pela própria instituição financeira não existindo assim qualquer controle de preços ou tetos pelos valores cobrados.

A única obrigatoriedade que a instituição financeira tem é informar ao cliente quais as taxas que lhe serão cobradas caso recorra a qualquer tipo de crédito.

Tendo em vista existirem expressivas variações entre as taxas de juros nas diversas instituições financeiras recomendamos:

Quando da contratação de um financiamento pesquise sempre a taxa de juros e demais acréscimos;

Evite comprometer demasiadamente seu orçamento com dívidas;

Evite empréstimos de longo prazo que embutem custos maiores;

Evite entrar no rotativo do cartão de crédito e do cheque especial que possuem as maiores taxas de juros;

O cheque especial não é renda e deve ser utilizado por um período curto e emergencial. Se tiver necessidade de usar este limite por um período maior procure a sua instituição financeira e faça um empréstimo pessoal (que tem custos menores) para liquidar o cheque especial;

Existem linhas de crédito mais baratas como o micro crédito que tem taxa de 2,00% ao mês, penhor de jóias da Caixa Econômica Federal e do crédito consignado com desconto em folha. Assim caso necessite de crédito veja a possibilidade destes empréstimos mais baratos;

Salientamos que a linha de crédito consignado com desconto em folha de pagamento/benefício do INSS já atinge hoje mais de R$ 94 bilhões correspondente a 57,4% do total do crédito pessoal.

Necessitando de crédito para pagar uma dívida e não tendo condições de fazê-lo não deixe suas dívidas crescerem mais por conta dos juros de mora e multas. Procure o credor de sua dívida e proponha uma renegociação do prazo e das taxas de juros em uma condição que consiga cumprir;

Se possível adie suas compras para juntar o dinheiro e comprar o mesmo à vista evitando os juros. Entretanto caso não seja possível pesquise muito, barganhe e compre nos menores prazos possíveis (quanto menor o prazo menor a incidência de juros).

Resumindo, use o crédito com moderação e conscientemente;

Como diz a campanha de uma grande instituição financeira privada de uso consciente do crédito “ O crédito foi feito para você realizar seus sonhos, não para tirar seu sono”.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira