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17/09/2009 - 10:53

Delegação de executivos alemães virá ao Rio de Janeiro para participar de rodada de negócios

Durante curso, empresários aprenderam como reagir positivamente às diferenças culturais entre Brasil e Alemanha.

"O portão de entrada da Europa", foi assim que Hanno Erwes, diretor executivo da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK-Rio), se referiu à Alemanha durante a abertura do curso "Alemanha: porta de entrada na comunidade européia. Como negociar?", realizado pela instituição. Em tom de humor, ele avisou que o alemão desconhece o famoso "jeitinho brasileiro" de resolver as coisas.

A interculturalista Vivian Manasse Leite, da GoingPlaces Consultoria, utilizou diversos exemplos do cotidiano que tanto podem dificultar, quanto facilitar o intercâmbio empresarial. Ela contou que ao longo de sua atuação nessa área, desde 1998, muitos alemães preocupados em causar uma boa impressão perguntam se é possível reunir em uma lista, atos que podem ser considerados gafes, no entanto, a especialista afirma que, no Brasil tudo depende da origem, dos locais, do tipo de educação, entre outras coisas. Já na Alemanha isso acontece de outra maneira.

"Na Alemanha, a sociedade é mais uniforme, portanto, há o senso comum. A maioria da população teve acesso ao mesmo tipo de educação e leram os mesmos livros", explicou a especialista.

Segundo ela, uma reclamação recorrente dos executivos estrangeiros é a falta de uma "mentalidade global" dos parceiros brasileiros. Vivian também mencionou o fato de muitas vezes o alemão confundir o jeito casual do brasileiro - piadas, espontaneidade e senso de humor - com falta de seriedade.

"Se somos vistos como impontuais, sejamos extremamente pontuais; se somos vistos como desorganizados, vamos redobrar os cuidados com cumprimento de prazos. É essencial não contribuir para essa fama. Por mais conteúdo e conhecimento que se tenha é ideal, ao apresentar uma ideia com objetivo de vender um projeto ao povo alemão, resumir tudo em listas para facilitar o entendimento deles", afirmou a interculturalista.

Delegação alemã terá encontro empresários cariocas, dia 25 de setembro ( sexta-feira): A vinda de representantes de empresas alemães para uma rodada de negócios na próxima semana, também despertou o interesse de muitos participantes brasileiros e alemães, que aproveitaram a ocasião para esclarecerem dúvidas sobre costumes e atitudes que podem contar negativamente no momento decisivo para o fechamento de um contrato ou até mesmo no contato inicial.

O país europeu tem um longo histórico de relações empresariais com o Brasil. Aliás, as relações empresariais entre ambos os países ganhou espaço recentemente, com a construção da ThyssenKrupp CSA Siderúrgica do Atlântico.

"A quantidade de integrantes das delegações da Alemanha que procuram o Brasil, vêm aumentando a cada ano. A última vinda da delegação empresarial de Norte-Vestfália, no ano passado, tinha apenas sete participantes. Hoje já temos 15 empresários inscritos no grupo que virá ao Rio de Janeiro", afirmou Günter Letner, vice-presidente da AHK, explicando que esse aumento representa um movimento crescente de empresários alemães dispostos a firmarem parcerias comerciais no país.

O embaixador brasileiro, Marcílio Marques Moreira, que atuou como ministro da Fazenda na década de 90, alerta que, antes de iniciar relações com outras nações, é necessário conhecer a história, hábitos e costumes culturais da sociedade na qual um negócio será projetado. Um segmento estratégico para qualquer país e que, segundo ele, ainda é pouco explorado no Brasil é o energético. Moreira citou a Alemanha como exemplo de lugar no qual recursos como energia solar e eólica, são largamente aproveitadas, acumulando o percentual de 50% de todo o mundo.

O evento, que atraiu executivos de empresas, como os Laboratórios B. Braum, Schott Brasil, Dannemann Siemsen Advogados, Momsen Leonardos & Cia, Bem's Consultoria, entre outros, apresentou maneiras de lidar com as diferenças culturais existentes entre Brasil e Alemanha, evitando possíveis choques e, consequentemente, a recuada de empresários interessados em desenvolverem parcerias de negócios.

AHK-Rio: Com mais de 90 anos de atividades, a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro integra a rede mundial das câmaras alemãs, formada por 110 escritórios em 75 países. Sociedade civil sem fins lucrativos, a AHK-Rio promove o comércio bilateral, através de consultoria e de intercâmbio econômico-comercial, mediando as relações bilaterais e inserindo seus associados no mais importante mercado da União Européia: a Alemanha.

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