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26/04/2007 - 08:35

Grupo Hamburg Süd terá mais 22 navios em sua frota até 2010 para atender novas rotas mundiais


Empresa aumenta parcela de navios e contêineres próprios, mantendo volume de investimentos

Hamburgo - O ambiente econômico em que a Hamburg Süd opera caracterizou-se, em 2006, pelo crescimento global de cerca de 5%. Contribuíram para isto, como no ano anterior, a China, com 10%, e a Índia, com mais de 8%. Embora esses avanços levaram a um aumento das cargas de aproximadamente 10% no ano passado, a posição dos ganhos, em comum com a maioria das companhias de transportes de contêineres, apresentou queda, quando comparada a 2005.

É de se notar, particularmente, o aumento nos preços dos combustíveis, com uma média de US$ 300/ton (óleo pesado, base Roterdã) por ano, colocando-se aproximadamente 25% acima do nível registrado no ano anterior. Em comparação com 2004, os preços do bunker quase dobrou.

Desenvolvimento do Grupo Hamburg Süd - O Grupo Hamburg Süd (incluindo a Aliança Navegação e Logística) aumentou o volume de carga em cerca de 21%, para 1,84 milhão de TEUs (2005: 1,52 milhão de TEUs). Juntamente com um poderoso crescimento orgânico, esse aumento foi auxiliado pela incorporação das operações de cross-trade da companhia de navegação russa, a Fesco, que ocorreu em 30 de junho de 2006. A aquisição melhorou consideravelmente a posição de mercado do Grupo nas rotas comerciais entre Austrália/Nova Zelândia, Ásia e Costa Oeste dos EUA. Além disso, houve, no início de 2006, a incorporação das operações da Ybarra Sud entre o Mediterrâneo e a Costa Leste da América do Sul. A Hamburg Süd mantinha 50% da Ybarra Sud desde o final da década de 1980.

Considerando-se a meta de aumentar ainda mais a parcela própria de navios e contêineres, o volume de investimentos do Grupo Hamburg Süd em 2006 - 348 milhões de euros – permaneceu em um nível muito alto (2005: 387 milhões de euros). Cerca de metade dos gastos de capital foi atribuída aos pagamentos iniciais de seis navios da classe “Bahia” (3.750 TEUs) pedidos em 2005, e de dez navios da classe “Monte” (5.500 e 5.900 TEUs) que deverão ser entregues no final de 2008. Cerca de 45% do investimento total foi alocado para a expansão do pool de contêineres, com foco nos reefers.

O faturamento do Grupo aumentou 5,2% sobre o ano anterior, para cerca de 3.194 milhões de euros. Destes, 2.692 milhões de euros (aproximadamente 85%) foram atribuídos à divisão de transporte de contêineres e representa um aumento desproporcional de apenas 8% em comparação com o crescimento do volume no ano anterior. Um fator crucial foram os valores dos fretes, que enfrentaram uma pressão considerável na maioria dos serviços.

Tendo em vista a pressão sobre os ganhos e os custos, o resultado nos serviços ficou abaixo do ano anterior e dentro das expectativas. Em comparação com muitas outras companhias de navegação, a Hamburg Süd apresentou um desempenho respeitável no mercado.

Liner shipping - As principais rotas do Grupo, da Europa, América do Norte e Ásia para a Costa Leste da América do Sul, apresentaram um crescimento de mercado bastante satisfatório. Entretanto, as exportações do Brasil sofreram um declínio em virtude da grande desvalorização do Real. Este fato fez com que produtos como calçados, produtos de couro, madeira e papel ficassem pouco competitivos em muitos países. O crescimento do comércio de refrigerados, tradicionalmente forte entre Brasil e Argentina, ficou abaixo das expectativas, com as doenças como a gripe aviária e a febre aftosa, em particular, tendo um efeito negativo.

Todas as rotas comerciais para a Costa Leste da América do Sul registraram uma capacidade excessiva, o que levou em parte a grandes declínios no frete, acima de tudo na baixa-temporada. Como resultado, muitos armadores racionalizaram seus serviços nos últimos meses do ano passado, ajustando a capacidade para o volume de cargas.

Tendo em vista o crescimento constante das cargas nos últimos anos, a infra-estrutura dos portos da América do Sul, especialmente no Brasil, enfrentou pressões crescentes. Conseqüentemente, 2006 apresentou interrupções e atrasos consideráveis nos portos, combinados com as repercussões negativas da qualidade do serviço e dos custos operacionais adicionais.

As rotas comerciais entre a Costa Oeste da América do Sul, Europa e América do Norte apresentaram um avanço bastante satisfatório. O volume de mercado da Ásia cresceu novamente, em cerca de 20%, embora os fretes enfrentassem uma pressão considerável por vezes, em virtude de um aumento ainda mais agudo na capacidade.

Panorama para 2007 - Espera-se novamente um grande crescimento da economia mundial em 2007 (de aproximadamente 5%), sustentado mais uma vez pelo poderoso crescimento econômico da China (10%) e da Índia (acima de 7%). Mas também há previsões de um maior crescimento, de cerca de 4%, da economia brasileira, que é especialmente importante para a Hamburg Süd. Com base no crescimento da economia global, o aumento no volume do comércio via contêineres em 2007 é estimado em cerca de 10%.

Embora o avanço da demanda em 2007, quando visto como um todo, será ultrapassado em muito pelo aumento de 14% na capacidade ofertada, deve-se levar em conta o fato de que os ganhos com cargas na maioria dos mercados são dispersos de forma irregular.

O declínio nas taxas de frete ocorrido desde a metade de 2005 foi interrompido na maioria dos mercados da Hamburg Süd. Desde a metade de 2006, houve ganhos, embora sem alcançarem os nível dos anos anteriores.

A Hamburg Süd observa um potencial de ganhos significativamente maior com a otimização de seus custos. Conseqüentemente, o programa de novos navios porta-contêineres continuará, com a meta de reduzir o custo das unidades por meio da implementação de navios maiores.

Três novos navios de 3.750 TEUs da classe “Bahia” foram entregues entre fevereiro e abril de 2007, e deverá haver mais três antes do final do ano. Estão sendo integrados no serviço Ásia/África do Sul – Costa Leste da América do Sul, onde substituem um número considerável de navios menores. Além disso, estão sendo planejadas medidas de racionalização dos serviços, cujo objetivo é aumentar a utilização da capacidade com a redução dos custos fixos por carregamento.

Além das dez novas unidades que deverão ser entregues em 2008, a Hamburg Süd fez um pedido de seis navios adicionais da classe “Santa” (6.300 TEU) para a Daewoo Mangalia Heavy Industries (DMH) na Romênia, no início de 2007. Os navios deverão entrar em operação em 2009 e no início de 2010.

A expectativa é de que os problemas de manuseio no Brasil, causados pelos portos sobrecarregados, e os aumentos dos custos para o transporte intermodal e interno – principalmente na América do Norte – vão continuar.

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