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26/04/2007 - 08:44

Chile, Brasil e Colômbia são os países da América Latina mais atraentes para investimento privado em infra-estrutura

Novo índice do World Economic Forum que mede o potencial de atração de investimento privado em infra-estrutura da região mostra as três primeiras nações seguidas pelo Peru. Venezuela, Bolívia e República Dominicana são os menos atraentes.

Santiago, Chile – Chile, Brasil, Colômbia e Peru são os países mais atraentes da região para receber recursos privados em infra-estrutura. O estudo “Benchmarking sobre a Atratividade Nacional em relação ao Investimento Privado na Infra-Estrutura Latino Americana” engloba 12 economias da América Latina e do Caribe, dissecando os principais motivos que incentivam o aporte privado em Infra-estrutura, em projetos para portos, aeroportos, estradas e eletricidade. É a primeira vez que o World Economic Forum desenvolve um índice específico para analisar o ambiente de investimentos nesse setor.

A última reunião latino-americana do World Economic Forum, realizada no ano passado em São Paulo, identificou a falta de infra-estrutura como um dos principais obstáculos para o desenvolvimento da capacidade competitiva da região e como uma das principais áreas na qual o Fórum deve explorar alternativas e canalizar ações para vencer as atuais deficiências.

O estudo é baseado no Índice de Apelo para Investimento Privado em Infra-estrutura (Infrastructure Private Investment Attractiveness Index - IPIAI), uma ferramenta customizada, que analisa as instituições, fatores e políticas que propiciam um ambiente atraente para incentivar investimentos privados em infra-estrutura. Um perfil de cada país – contendo as oportunidades presentes sobre o segmento - foi desenvolvido no material.

Índice de Apelo para Investimento Privado em Infra-estrutura,nos quesitos Ranking, País e Pontos

1 | Chile | 5.43

2 | Brasil | 4.40

3 | Colômbia | 4.33

4 | Peru | 4.23

5 | México | 4.04

6 | Uruguai | 4.02

7 | El Salvador | 3.97

8 | Guatemala | 3.64

9 | Argentina | 3.41

10 | Venezuela | 3.37

11 | Bolívia | 3.34

12 | República Dominicana 3.33

Os oito principais pilares medidos pela IPIAI são: . Ambiente macroeconômico: estabilidade da economia, tamanho do mercado e perspectivas de crescimento. . Estrutura legal (implementação de leis), incluindo a eficiência regulatória, a ética pública e a eficácia de procedimentos para resolver disputas. . Riscos políticos. . Facilidade de acesso a informações . Sofisticação e desenvolvimento dos mercados financeiros que possibilitam o financiamento de infra-estrutura. . O histórico de investimento privado em infra-estrutura no país durante os últimos 15 anos. . As relações entre o governo e a sociedade, inclusive a disposição da sociedade de pagar por serviços relacionados à infra-estrutura. . A capacidade do governo de lidar e facilitar o investimento privado em infra-estrutura.

“O IPIAI oferece um diagnóstico específico para cada país de seus pontos fortes e fracos na hora de atrair investimentos em infra-estrutura”, disse Irene Mia, economista sênior da Rede de Competitividade Global do World Economic Forum.

“Para o investidor, o IPIAI é uma ferramenta customizada de apoio para decisões e escolhas dos melhores locais na América Latina, enquanto orienta os políticos na hora de escolher as melhores práticas para aumentar o apelo dos países para investimentos em estrutura e na criação de prioridades para setores e ações”, disse Julio Estrada, gerente de Projetos de Pesquisa para a América Latina do World Economic Forum.

Os doze países pesquisados foram divididos em quatro grupos, cada um com um perfil específico de atração. A classificação de cada um mostra caminhos específicos para as nações inseridas, indicando as reformas e as políticas que merecem prioridade para catalisar grandes volumes de aporte privado em infra-estrutura, o que difere dos resultados de outros.

Com um ambiente muito propício para o investimento privado em infra-estrutura, o Chile está muito acima dos outros países da região. Dessa forma, não é surpresa que a nação se apresente como um dos Países que recebeu um dos maiores volumes de recursos no setor nas duas últimas décadas.

Grupo 1 é formado pelo Brasil, Peru e Colômbia, com um desempenho relativamente forte na maioria dos pilares analisados, com a exceção da estrutura jurídica do Brasil, o relacionamento entre o governo e a sociedade no Peru e o histórico de projetos de investimento privado na Colômbia. O fator comum nesses três países é o desafio de execução e inovação que os governos e os empreendedores enfrentam para lidar com as complexidades específicas e aumentar o fluxo de projetos bem-sucedidos.

Grupo 2 inclui México e El Salvador. Ambos apresentam um desempenho satisfatório em termos de ambiente para investimentos, e mais importante ainda é o desenvolvimento do setor financeiro de cada um, que oferece recursos para projetos no setor. Ao mesmo tempo, eles demonstram um histórico pouco favorável de recurso privado em infra-estrutura e têm um desempenho baixo na relação entre o governo e a sociedade civil. Para aumentar o investimento em infra-estrutura, esses países devem implementar políticas de curto prazo e reformas administrativas, criando um esforço centralizado para iniciar projetos importantes.

Grupo 3 inclui a Guatemala e o Uruguai, e em escala menor, a República Dominicana. Esses países possuem razoáveis ambientes de investimento em geral, mas são fracos em infra-estrutura. A Guatemala mostra pouca sofisticação nos seus mercados financeiros, com um sistema subdesenvolvido de fundos de pensão. A República Dominicana também sofre com um sistema monetário subdesenvolvido e a complexidade adicional de uma crise bancária muito recente e bastante profunda, da qual está apenas começando a se recuperar. O Uruguai também está se recuperando da crise macroeconômica da primeira metade da década, e mostra pouca disponibilidade de crédito a longo prazo em moeda local e fundos de pensão que investem principalmente em dívida do governo. As prioridades são as reformas para modernizar projetos e aumentar a capacidade do governo em facilitar o investimento privado, junto com ações que objetivam um setor financeiro mais forte e desenvolvido, atividades que são mais complexas e precisam de uma abordagem mais consistente e abrangente a médio prazo.

Grupo 4. Nesse grupo, que inclui a Argentina, a Bolívia e a Venezuela, as condições gerais para investimentos são desfavoráveis. A maior parte do aporte privado nesses países está atrelada a iniciativas para indústrias específicas em áreas nas quais os benefícios revertem principalmente para os investidores (mineração, petróleo e gás). O uso de recursos privados para criar bens públicos é praticamente inexistente. O desafio dessas nações é conseguir adotar uma agenda mais extensiva de reformas para melhorar o ambiente geral para investidores.

O estudo é baseado em dados concretos de domínio público e também na percepção de cada desempenho. Os autores também usaram os resultados da Pesquisa de Opinião de Executivos do World Economic Forum, e desenvolveram uma mini-pesquisa entre especialistas jurídicos, peritos e profissionais que conhecem a disposição do governo para lidar e gerir projetos na área de infra-estrutura. Dados do Centre d’Etudes Prospectives et d’Informations Internationales (CEPII) e Latinobarómetro também foram utilizados.

“Os dados de percepção complementam os concretos, capturando perspectivas importantes do apelo nacional para o investimento privado e a qualidade em infra-estrutura, para os quais não existem informações quantitativas para todos os pesquisados", comentou Thierry Geiger, economista da Rede de Competitividade Global do World Economic Forum.

Os autores do estudo são Irene Mia, Julio Estrada e Thierry Geiger do World Economic Forum. * Mais informações sobre o World Economic Forum na América Latina estão disponíveis aqui: www.weforum.org/latinamerica | www.weforum.org/latinamerica/indepth

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