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18/09/2009 - 11:27

CNI defende renovação de preferências comerciais dos Estados Unidos

Brasília – O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, defendeu nesta quinta-feira, em reunião com o secretário de comércio dos Estados Unidos, Ron Kirk, que o Sistema Geral de Preferências (SGP) seja renovado pelo Congresso norte-americano sem diminuição da lista de produtos. “Nós procuramos passar uma mensagem muito clara de que o Brasil quer a manutenção do sistema, até porque como não temos um acordo bilateral de livre-comércio com os Estados Unidos, é justo que o Brasil ainda reivindique isso”, afirmou, em conversa com jornalistas após o encontro, em Brasília.

Monteiro Neto relatou que o secretário se mostrou pragmático em relação ao tema, tendo dito que o SGP não pode ser uma muleta permanente para o Brasil. O presidente da CNI também informou que Ron Kirk designou assessores da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil para tratar do tema com mais profundidade, nos próximos meses, com representantes da indústria nacional.

O Sistema Geral de Preferências está sendo avaliado pelo Comitê de Finanças do Senado norte-americano. A intenção do governo de Barack Obama é retirar países como Brasil e Índia da cobertura desse sistema sob a justificativa de que são suficientemente desenvolvidos e não precisam de tratamento especial para que seus produtos disputem o mercado dos Estados Unidos.

A CNI informou ao secretário Ron Kirk que o SGP é imprescindível para os cerca de 4 mil produtos brasileiros contemplados, o que corresponde a cerca de 15% da pauta de exportações para os Estados Unidos. Um dos setores que têm mais produtos na lista do SGP é o de autopeças. Sem acordo de livre-comércio e sem o SGP, esses quatro mil produtos teriam, na avaliação da CNI, grandes dificuldades para entrar no mercado norte-americano.

O acordo, porém, poderá ser renovado automaticamente até o final deste ano. A pauta do Comitê de Finanças do Senado dos Estados Unidos está carregada e os senadores podem não conseguir apreciar o acordo antes da renovação automática, que seria válida por mais seis meses.

Mais comércio bilateral O presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, disse também que o representante de comércio dos Estados Unidos, Ron Kirk, se mostrou amplamente favorável a procurar formas de aumentar o comércio bilateral.

“As relações comerciais entre os dois países são importantes, mas são pequenas levando-se em conta o dinamismo das duas economias”, argumentou Monteiro Neto.

Segundo Monteiro Neto, alguns temas abordados durante a reunião entre os empresários brasileiros e o representante norte-americano podem ajudar a alavancar o comércio bilateral. “Falamos de acordos de proteção e promoção do investimento e também do acordo para evitar a bitributação, que é algo importante e que está parado”, disse.

Biocombustíveis - Outro tema sensível tratado no encontro com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Ron Kirk, foi o de biocombustíveis. De acordo com o presidente da CNI, o secretário sinalizou com uma ampla cooperação no setor. “Os Estados Unidos são os maiores produtores de etanol no mundo e reconhecem que temos mais competitividade no etanol de cana-de-açúcar. Então, há muito espaço para cooperação, toda uma nova área de pesquisas para ser aproveitada”, afirmou.

Também participaram do encontro com Ron Kirk o presidente do Conselho Temático de Integração Internacional da CNI, Paulo Tigre, o presidente da Coalizão Empresarial Brasileira (CEB), Carlos Mariani, o diretor-executivo da CNI, José Augusto Fernandes, e a gerente de negociações internacionais da CNI, Soraya Rosar.

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