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19/09/2009 - 07:47

Economia: Três regiões do Brasil representam apenas 18,9% do mercado de genéricos

Três regiões do Brasil representam apenas 18,9% do mercado de genéricos.

O mercado de medicamentos genéricos é equivalente a cerca de 18% do mercado total de medicamentos no país. Porém, números da Pró-Genéricos – Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas de Medicamentos Genéricos, apontam para um grande desequilíbrio entre as cinco regiões do Brasil.

Os números da entidade apontam para um mercado desequilibrado, principalmente nas regiões: Centro-Oeste, com 4,8%, Norte, com 2,7% e Nordeste, representando 11,4% que somados representam 18,9% do mercado de genéricos do país. Os mercados do Sul e Sudeste representam respectivamente 15,5% e 65,6% do consumo de medicamentos genéricos do Brasil. O mercado da região Nordeste, por exemplo, que compõe 27,7% da população brasileira, representa apenas 11,4% na participação dos genéricos. O estado do Piauí tem um número de apenas 1,85% com a menor representatividade do mercado nordestino. "Não existe preconceito, o que há é falta de informação por parte da população que muitas vezes, desconhece o fato de que existem genéricos disponíveis para mais de 90% dos problemas de saúde”, explica Odnir Finotti, presidente da Pró-Genéricos.

O diretor comercial do Laboratório Teuto, um dos pioneiros na fabricação de genéricos no Brasil, Osvaldo Soares, explica que o mercado nordestino tem muito que crescer "A falta de informação infelizmente ainda é a grande vilã do medicamento genérico. O nordeste é um mercado muito forte, no Brasil, e a população só tem a economizar, utilizando medicamentos genéricos”, explica do diretor comercial. Nos dez anos de medicamentos genéricos a população brasileira já economizou cerca de R$ 11 bilhões comprando genéricos, segundo a Pró-Genéricos. No caso do crescimento exponencial destas regiões, a economia gerada para os consumidores pode aumentar ainda mais.

A participação da classe médica também se mostra importante para aumentar a informação da população brasileira. "A classe médica também precisaria ser estimulada a receitar mais os genéricos. A solução seria o investimento do governo em campanhas de esclarecimentos, despertando a máxima credibilidade na sociedade”, conta Odnir Finotti.

Os medicamentos genéricos devem ser por lei 35% mais baratos que os medicamentos de marca. "Não há motivos de receio por parte de médicos ou pacientes. Os medicamentos genéricos possuem qualidade, eficiência e segurança garantidas pela Anvisa. A única diferença é que não necessitam de investimentos em pesquisas – por copiarem fórmulas já existentes – e em marketing, pois não há marca a ser divulgada. Por esses motivos são mais baratos. Os medicamentos de referência (de marca) fazem investimentos pesados em publicidade, o que pode explicar o fato de serem mais conhecidos entre a população”, explica o presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Dirceu Raposo.

Nos Estados Unidos os genéricos representam cerca de 50% do mercado farmacêutico e em outros países desenvolvidos como a Dinamarca chega a 83% do mercado interno. A criação dos medicamentos genéricos tem o objetivo de reduzir o preço final ao consumidor, aumentando o acesso da população aos medicamentos. Os medicamentos genéricos são cópias do medicamento de marca (medicamento de referência), que não são mais protegidas pelos direitos de patentes. Para ser comercializado o medicamento genérico passa por um processo que é chamado de bioequivalência, ou equivalência farmacêutica. Tudo isso para ter o mesmo padrão de qualidade e eficácia dos medicamentos de marca. Assim, o medicamento genérico é intercambiável pelo medicamento de marca e apenas o farmacêutico é autorizado a orientar esta troca.

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