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23/09/2009 - 09:40

Rio Pipeline: A indústria mundial de dutos movimenta US$ 50 bi por ano


Mas o assunto da abertura do evento no Rio de Janeiro foi mesmo o Pré-Sal.

As perspectivas e desafios para o desenvolvimento do pré-sal brasileiro e da indústria do petróleo e gás foram discutidos no dia 22 de setembro (terça-feira), na abertura da Rio Pipeline 2009, um dos maiores eventos da indústria dutoviária do mundo, promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP). A sessão de abertura teve a participação do secretário-executivo do IBP, Álvaro Teixeira, do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e do presidente da Asme - American Society of Mechanical Engeneers (Sociedade Americana de Engenheiros Mecânicos), Robert Simmons, além de conferência sobre a indústria do petróleo e gás no mundo e no Brasil, apresentada pelo conselheiro do IBP Armando Guedes Coelho.

O secretário-executivo do IBP lembrou que a indústria mundial de dutos movimenta US$ 50 bilhões por ano e que o Brasil tem atualmente o quarto maior programa de investimentos no setor, cerca de US$ 8 bilhões. “O momento em de realização desta Rio Pipeline 2009 é único, porque coincide com as discussões do novo marco regulatório para o pré-sal, que estão em andamento no Congresso Nacional”, ressaltou Álvaro Teixeira.

Pré-Sal: Segundo o executivo, o prazo para que parlamentares, sociedade e representantes da indústria debatam as diversas propostas de mudanças na legislação é apertado. Entre as propostas que estão sendo discutidas, segundo ele, preocupam o IBP principalmente a idéia de a Petrobras ser a única operadora dos campos do pré-sal e o excesso de poder da estatal a ser criada, que vem sendo chamada de PetroSal. Outra preocupação levantada por Álvaro Teixeira seria a de garantir que a indústria nacional de bens e serviços seja uma fornecedora competitiva para a indústria de petróleo global.

O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, também frisou o momento extremamente importante que o país vive, destacando as conquistas econômicas dos últimos anos. Avaliou, no entanto, que o prazo para a discussão das propostas de regulamentação do pré-sal é suficiente, porque o país não pode demorar muito para ter as novas regras para o setor.

Desafios brasileiros - Em sua conferência, Armando Guedes, que já presidiu a Petrobras, apontou cinco grandes desafios do Brasil para o desenvolvimento da exploração e produção de petróleo no pré-sal. O primeiro seria o marco regulatório. “É importante que as regras sejam claras e duradouras para poder atrair os investimentos que serão necessários”, afirmou.

O segundo desafio seria o equacionamento financeiro dos projetos, que, segundo ele, podem requerer investimentos de até US$ 1 trilhão para o desenvolvimento da produção de todas as jazidas do pré-sal. Guedes ressaltou que para isso será necessário atrair investimentos externos.

Os outros três desafios lembrados por Guedes são o tecnológico, o de recursos humanos, já que será necessário qualificar a mão-de-obra nacional para atender a todos os projetos, e o de logística. Em relação a este último, o consultor do IBP ressaltou que as principais descobertas de petróleo e gás do pré-sal estão a 300 ou 400 quilômetros de distância da costa brasileira, o que vai requerer uma logística totalmente diferente da utilizada atualmente na Bacia de Campos, maior área produtora de petróleo do país.

Segundo Guedes, essas distâncias maiores vão requerer mais automação da produção e a instalação de maior infra-estrutura em alto-mar. O conselheiro do IBP lembrou também que, até 2020, deverão ser produzidos na área do pré-sal cerca de 1,8 milhão de barris de petróleo por dia, o que equivale a todo o volume extraído diariamente no país.

Guedes também apresentou um panorama geral da indústria do petróleo e gás no mundo e afirmou que os hidrocarbonetos ainda serão a principal fonte de energia mundial nas próximas décadas.

O presidente da Asme, Robert Simmons, ressaltou que a complexidade da indústria de petróleo requer desafios constantes. O executivo destacou que a indústria tem que melhorar continuamente para suprir as necessidades crescentes de energia no mundo.

Rio Pipeline abre exposição com inovações tecnológicas - A exposição da Rio Pipeline 2009 foi inaugurada oficialmente nesta terça-feira pelo secretário executivo do IBP, Álvaro Teixeira, o presidente do comitê organizador do evento, Marcelo Rennó, o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e o presidente da American Society of Mechanical Engineers (ASME), Robert Simonns. O grupo percorreu a feira e conheceu parte das inovações técnicas das principais empresas presentes.

Durante a visita, a comitiva assistiu a um vídeo de cinco minutos do Centro Nacional de Controle Operacional instalado na sede da Transpetro, no Rio de Janeiro, de onde se monitora a malha dutoviária do país. Na passagem pelo estande da Petrobras, o grupo conheceu os projetos do setor em desenvolvimento e os novos investimentos, como o de transporte de etanol. Em seguida, percorreu o pavilhão do Canadá, que conta com 15 empresas, e foi recebido pelo cônsul-Ggeral, Nigel Neale.

Muitas novidades e tecnologias dominam os estandes das 120 empresa expositoras, no Centro de Convenções SulAmérica, Av. Paulo de Frontin, S/N (ao lado do prédio da Prefeitura) Centro - Rio de Janeiro (RJ), até o dia 24 de setembro (quinta-feira) [ Neste Canal de Dutos, Banner lincado ao evento com mais informações sobre o evento] .

Acesse aqui o Panorama atual da matriz energética brasileira, as demandas, evoluções, projeções, desafios, pré-sal e muito mais.

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