Ministra Dilma Rousseff abre seminário "Pré-sal e o Futuro do Brasil"

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse no dia 22 de setembro (terça-feira), durante a abertura do Seminário Pré-Sal e o Futuro do Brasil, em Brasília (DF), que o sucesso na exploração do Pré-Sal é conseqüência de uma estratégia bem sucedida que empurrou a exploração do petróleo em terra para o mar até chegar às águas ultraprofundas. Promovido pelos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas, com patrocínio da Petrobras e do Ministério de Minas e Energia, o evento acontece hoje e amanhã no Complexo Brasil 21 Meliá.

Dilma salientou que o Brasil tem sorte de descobrir o petróleo no pré-sal exatamente no momento em que o país está maduro em termos econômicos e tecnológicos. Para ela, é fundamental que a Petrobras opere todos os campos. "A operação leva a conhecimento estratégico da bacia que você explora. Isso permite que haja um controle do país ao explorar essa riqueza", afirmou.

A ministra frisou que a exploração do petróleo encontrado na camada do pré-sal vai permitir ao Brasil sair da pobreza antes do previsto. Sobre questões relacionadas ao marco regulatório, Dilma explicou que o modelo proposto pelo governo é o melhor para o país na medida em que propõe um modelo misto para a exploração, composto de partilha, em áreas de grande rentabilidade com abundância de petróleo de boa qualidade, e concessão nas áreas onde a produtividade for menor.

Segundo ela, esse é o melhor modelo para o país obter a maior rentabilidade com a exploração. A ministra disse ainda que a discussão quanto aos royalties é "marginal", uma vez que a rentabilidade é que vai definir o quanto o petróleo do pré-sal vai significar em avanço para o país.

Dilma disse ainda que, por enquanto, não há como mensurar o tamanho das reservas nos campos.

"Ainda não temos idéia de quanto seguramente há de petróleo em termos de bilhões de barris equivalentes de petróleo no pré-sal. Mas temos certeza de que há um volume imenso que pode levar o Brasil a se transformar em uma grande potência petrolífera do mundo", afirmou.