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23/09/2009 - 12:24

Gilberto Abrão lança, em São Paulo, “Mohamed, o latoeiro”

- Escritor de origem árabe, nascido em Curitiba (PR), Gilberto Abrão estará em São Paulo nesta terça-feira (22/9) para o lançamento do livro “Mohamed, o latoeiro”. A obra será lançada no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), a partir das 19h30, durante o evento de primeiro aniversário da Primavera Editorial.

- A imigração síria no Brasil do século passado é pano de fundo deste livro, que traz as peripécias do jovem imigrante que empresta seu nome ao título do romance de estreia de Gilberto Abrão. A obra deve encantar leitores ávidos por informações históricas e afetivas sobre a presença da comunidade árabe no Brasil. A própria história de vida de Gilberto Abrão, enviado pelo pai aos 10 anos para o Líbano, tornou-se matéria-prima para esse romance singular.

São Paulo– A Primavera Editorial lança nesta terça-feira (22/9), em São Paulo, o livro Mohamed, o latoeiro, romance de estreia de Gilberto Abrão – autor que aos 10 anos foi enviado ao Líbano pelos pais para estudar o idioma árabe e aprender mais sobre a cultura e a religião muçulmana. Educado em dois mundos distintos, o árabe e o brasileiro, o autor usou sua história de vida para transpor para o papel a trajetória fictícia de Mohamed, um jovem imigrante sírio que chega ao Brasil no início do século passado. O “namoro” de Abrão com a literatura começou na década de 1970, quando passou a escrever contos e crônicas para o jornal Zero Hora e se consolida quatro décadas depois com o lançamento do livro que promete encantar leitores ávidos por informações sobre a presença da comunidade árabe no País. Embora seja uma obra de ficção, há muito de vida real em Mohamed, o latoeiro. O evento de lançamento será a partir das 19h30, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), no Parque Ibirapuera (Portão 3 – s/nº).

Mohamed Ibrahim Othman é latoeiro, mas poderia ser pastor de cabras, vendedor de frutas, mascate… Longe de ser um herói, a personagem é um homem com profundas contradições e dilemas, uma pessoa que traz as marcas da transição de uma sociedade conservadora para uma estrutura social contemporânea, globalizada. A história enfocada em Mohamed, o latoeiro se passa no cotidiano, espaço e tempo em que amamos, temos filhos, fazemos amigos e nos separamos. O autor Gilberto Abrão mostra com maestria a saga de um homem comum e reverencia a extraordinária cultura árabe – as mesclas com a cultura brasileira, os sabores e condimentos contidos em passagens tristes e tantas outras engraçadas. A obra é uma viagem para leitores especiais, uma saudação aos milhares de imigrantes de diferentes partes do Oriente Médio; pessoas que por força das circunstâncias vieram para o Brasil no século passado, mas que acabaram por escolher, por amor, permanecer aqui.

O escritor revê suas memórias, permitindo ao leitor uma interpretação alternativa das personagens narradas. Por meio da trajetória de Mohamed, o autor mostra que os pontos decisivos de uma existência não são decorrentes dos fatos, sim das revisões na história que se usa para falar da própria vida.

Gilberto Abrão - “Segundo meu pai, o fato de eu ter nascido durante a 2ª Guerra Mundial justifica a minha rebeldia e falta de juízo”, conta Gilberto Abrão, que foi educado em um bairro simples de Curitiba, habitado por imigrantes poloneses, ucranianos, italianos, alemães e alguns sírio-libaneses. Aos 10 anos foi enviado pelo pai ao Líbano com a missão de aprender o idioma árabe, a cultura e a religião muçulmana. “Voltei aos 14 anos, fui estudar à noite e trabalhar durante o dia. O colégio não tinha boa fama, pois aceitava alunos já crescidos, rejeitados ou expulsos de outras escolas. No entanto, o prédio anexo à escola abrigava a Faculdade de Direito de Curitiba, onde acompanhei brilhantes conferências de renomados intelectuais e polítcos, de diferentes vertentes e posições partidárias, das décadas de 1950 e 1960”, detalha o autor.

Rato de biblioteca, Gilberto Abrão leu os grandes clássicos da literatura nacional e mundial – de Machado de Assis a Franz Kafka – além velhos jornais de Angola e Moçambique. Em 1962, o autor se alistou como voluntário das Forças de Emergência das Nações Unidas para guarnecer as fileiras de soldados que atuavam na fronteira entre o Egito e Israel. Por ser fluente em árabe e inglês permaneceu por 14 meses na Faixa de Gaza. Apaixonado por uma gaúcha, retornou ao Brasil em janeiro de 1965 para lecionar inglês em uma grande escola de idiomas. No ano seguinte, após obter o licenciamento para abrir uma franquia dessa escola de inglês, migrou para a cidade de Novo Hamburgo (RS). No início da década de 1970 iniciou o “namoro” com a literatura ao colaborar com o jornal Zero Hora, no qual publicava crônicas e contos na coluna Sol e Chuva. “Até me aventurei a tecer comentários políticos e tive a honra de ser censurado pela direção do jornal, que nessas ocasiões colocava anúncios em substituição à coluna”, conta.

Amigos – entre eles a professora Juracy Saraiva, mestre e doutora em literatura – desde 1983 insistem para que Gilberto Abrão escreva um livro. Dividido entre “ganhar dinheiro ou fazer literatura”, sempre escolheu a primeira opção. “Por conta de uma cirurgia no joelho, que me obrigou a ficar 40 dias em casa, decidi aceitar a sugestão da minha esposa e iniciar um livro. Comprei um notebook e comecei a escrever Mohamed, o latoeiro”, afirma, acrescentando que ainda continua dando as aulas de inglês.

. [ Entrevista com Gilberto Abrão, no blog da Primavera Editorial, link: http://aprimaveraeditorial.wordpress.com/2009/09/03/gilberto-abrao-um-escritor-que-retrata-a-comunidade-arabe-em-palavras].

Categoria: romance | Formato: 16 x 23 cm | 432 Páginas | Acabamento: brochura | ISBN: 978-85-61977-11-5 | Preço sugerido: R$ 47,80.

Primavera Editorial - Alinhada ao conceito de “butique de livros”, a Primavera Editorial adota como proposta associar a leitura ao entretenimento e lazer qualificado – assim como o cinema, teatro e artes plásticas. Criada na primavera de 2008, a editora possui um catálogo peculiar, composto por obras de autores nacionais e estrangeiros que têm por linha mestra a produção de uma literatura moderna e de qualidade ímpar, que evoca hábitos e costumes de diferentes povos e épocas; uma literatura instigante e criativa, que se transforma em uma maneira lúdica e pouco convencional de entender melhor a influência das culturas na formação dos povos.

Investindo em diferentes linhas editoriais como romances históricos e sociais, ficção brasileira e estrangeira e policiais, entre outras, as obras da Primavera Editorial são associadas à inovação e ao pioneirismo dos conteúdos, além da qualidade da produção gráfica. No portfólio da editora estão títulos de sucesso como La llorona (Marcela Serrano, Chile), 31 profissão solteira (Claudia Aldana, Chile), Solstício de verão (Edna Bugni, Brasil), A décima sinfonia (Joseph Gelinek, Espanha), As duas faces da abóbora (Caco Porto, Brasil) e Há muito o que contar…aqui (Alison Louise Kennedy, Escócia). Pelo selo BIZ – criado para a publicação de livros que fomentam uma cultura corporativa positiva –, a Primavera Editorial lançou o Manual de gentilezas do executivo (Steve Harrison) e As 3 leis do desempenho – reescrevendo o futuro de seu negócio e de sua vida (Steve Zaffron e Dave Logan). Com o selo EDU, uma alusão à palavra inglesa education, associada à educação continuada, a Primavera Editorial criou uma divisão que representa o investimento da editora no segmento de não-ficção. “O anel que tu me deste – O casamento no divã”, de Lidia Rosenberg Aratangy, e “Livro dos avós – Na casa dos avós é sempre domingo?”, de Lidia Rosenberg Aratangy e Leonardo Posternak, são os primeiros lançamentos do selo.

Até dezembro de 2009, a Primavera Editorial lançará mais dois títulos: “O véu”, de Luis Eduardo Mata, e “Na ponta do leque”, de Jocelyne Godard.

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