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24/09/2009 - 10:41

Petrobras discute pré-sal em seminário

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, parlamentares e membros da sociedade civil abriram no dia 22 de setembro (terça-feira),o seminário Pré-sal e o Futuro do Brasil, em Brasília. O evento tem como objetivo discutir pontos da proposta de novo modelo regulatório de exploração e produção do petróleo, como a implementação do modelo de partilha e a atuação da Petrobras como operadora única de todos os campos do pré-sal.

Gabrielli frisou que não há nenhum grande problema tecnológico que possa inviabilizar a exploração do pré-sal. Segundo ele, a Petrobras já tem a tecnologia necessária. Gabrielli afirmou ainda que a Companhia já está desenvolvendo tecnologia para tornar possível a liquefação do gás produzido a longas distâncias da costa. Gabrielli disse que a exploração do pré-sal é viável e será ainda mais rentável à medida que a produção aumente.

Na abertura do evento, a ministra Dilma Rousseff disse ter certeza de que as reservas do pré-sal têm um volume imenso que pode levar o Brasil a se transformar numa das grandes potências petrolíferas do mundo. Ela ressaltou que as condições são extremamente favoráveis. “As reservas encontram-se num país com estabilidade social, política e econômica muito significativa. Somos um país que está maduro ao descobrir essas imensas jazidas e temos o controle da tecnologia”, comentou. Dilma frisou que a escolha da Petrobras como operadora de todos os blocos foi considerada fundamental pelo governo. “A operação de um campo leva a conhecimentos estratégicos. Isso permite que haja um controle do país ao explorar essa riqueza”, completou.

O professor Helder Queiroz, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destacou que um dos grandes mitos do pré-sal refere-se ao modelo apresentado pelo governo, em discussão na Câmara. “Não existe evidência empírica de que o regime de concessão é melhor do que o de partilha. É o desenho do marco regulatório que vai apontar as vantagens. Também não é um modelo de país subdesenvolvido ou desenvolvido. Existem no mundo afora vários exemplos de regimes híbridos”, expôs.

Para o senador Delcídio Amaral, é possível a convivência dos sistemas de concessão e partilha, tal como o governo defende nos projetos. Para ele, é fundamental que o governo garanta ao investidor, especialmente o estrangeiro, o cumprimento dos contratos. Daí a importância da definição do marco legal conforme os projetos de lei encaminhados pelo governo ao Congresso. O senador disse que acredita que o Brasil caminha para um investimento muito seguro. “O retorno virá”, afirmou.

Para o senador Aloizio Mercadante, a grande questão no debate do pré-sal é transformar a riqueza econômica numa riqueza social. Mercadante disse que é necessário que o país tenha um controle estratégico sobre o pré-sal e o defendeu modelo de partilha. “Estamos discutindo um projeto de nação, o que queremos para o nosso país no futuro, e não uma questão eleitoral”, defendeu. O senador acredita que o modelo proposto pelo governo vai “gerar uma sociedade do conhecimento”, com o aproveitamento dos recursos na área de educação e na geração de renda em setores que não dependem do petróleo. Mercadante defendeu a capitalização da Petrobras e a garantia de participação da empresa, nos moldes propostos pelo governo.

O seminário continua nesta quarta-feira, com a participação do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e dos governadores Sérgio Cabral(RJ), Paulo Hartung (ES), Eduardo Campos (PE) e Jaques Wagner (BA). Participam ainda os deputados Antonio Palocci, Henrique Alves, Arnaldo Jardim, Arlindo Chinaglia e o senador Renato Casagrande.[www.correioweb.com.br/presal]

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