Economia e petróleo do pré-sal voltam a gerar boas notícias para Nova Odessa

Cidade e Lupatech MNA são usadas como exemplo, pela Revista Exame, da distribuição da riqueza do novo petróleo

Num mês de boas notícias para a Economia de Nova Odessa, a inesperada entrada da cidade na rota do desenvolvimento nacional trazido pelo petróleo encontrado na camada pré-sal foi a melhor, na avaliação do prefeito Manoel Samartin. Tanto que o fato foi usado como destaque pela Revista Exame em sua matéria de capa da edição 952, de 23 de setembro.

Em 19 páginas, a reportagem especial, dividida em três partes, cita Nova Odessa na página 32 da revista, na segunda retranca, intitulada “Onde as coisas acontecem”. A matéria traça um perfil dos negócios envolvendo o fornecimento de equipamentos para a exploração do petróleo, que já começaram e que incluem a recém-inaugurada unidade novaodessense da metalúrgica Lupatech MNA como uma de suas fornecedoras – no caso, de válvulas de grande bitola.

A reportagem entrevistou Samartin durante a cerimônia de inauguração da Lupatech MNA, que também ganhou destaque no texto e teve estampada a foto de uma de suas válvulas já em produção em Nova Odessa.

“A cidade paulista de Nova Odessa não fica à beira do mar – está localizada perto de Campinas, a 200 quilômetros do Oceano Atlântico. (...) Ainda assim, Nova Odessa acaba de entrar para a rota do pré-sal (...). No terreno de uma antiga tecelagem, falida em decorrência da crise que castigou a indústria têxtil da região nos anos 90, foi instalada uma unidade da gaúcha Lupatech, fabricante de válvulas para o setor petrolífero – imediatamente alçada ao posto de maior empresa da cidade (...). Não imaginávamos que, tão longe do mar, acabaríamos nos beneficiando do pré-sal’, diz Manoel Samartin, prefeito de Nova Odessa”, escreveram as repórteres Camila Fusco e Fabiane Stefano.

Segundo a Exame, “a cidade, com seus 48 mil habitantes, e a Lupatech MNA, com seus 400 funcionários e tecnologia de ponta, são exemplos das riquezas que já começaram a ser distribuídas no país antes mesmo de campos como o de Tupi produzirem petróleo para valer”.

Empregos - A retomada da geração de empregos pela cidade também foi destaque da imprensa regional esta semana. Com o título “Empregos disparam na RPT”, a edição de 17 de setembro do jornal O Liberal concluiu em uma retranca que o “Comércio e a Indústria puxam emprego em NO”, ao destacar o saldo positivo de 140 empregos formais em agosto.

“A indústria de transformação contratou 81 novos empregados com carteira de trabalho assinada e o comércio, 40 deles”, afirmou a repórter Beatriz Costa, que também destacou a abertura de novos estabelecimentos comerciais na cidade. “Para ele (Mário Sergio Caetano), diretor da Associação Comercial e Empresarial – ACE), a demanda dos consumidores também cresce, movimentando a economia local”, afirma o Liberal.

“O saldo no ano ainda está negativo, com 4.083 admissões e 4.869 demissões, mas acreditamos que nossas empresas, comércios e prestadores de serviço já estão reagindo à crise e que setembro será melhor ainda. Acho que ainda podemos terminar o ano com saldo positivo, como nos 4 anos anteriores”, comentou nesta terça-feira o coordenador municipal de Desenvolvimento, Dimas Starnini.

Exportações - Já o Jornal TodoDia de 18 de setembro montou um ranking com as cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) que mais exportam no Estado. Segundo a reportagem da jornalista Nice Bulhões, Nova Odessa ocupou, de janeiro a agosto de 2009, a 92ª colocação no ranking da exportação no Estado, e a 329ª colocação no ranking brasileiro das cidades que mais mandam produtos industrializados para fora do país.

“E isso mesmo num período em que nossa principal empresa exportadora, a KS Pistões, sofreu com a queda nas vendas da indústria automobilística lá fora, para onde vai boa parte da sua produção”, comentou o coordenador municipal de Desenvolvimento, Dimas Starnini, ao contextualizar a matéria.

Faixódromos - Também recentemente, os “Faixódromos” criados pela Prefeitura para organizar a exploração desta forma de publicidade pelo empresariado local e combater a poluição visual foi destaque na região e também no Estado. Jornais como o Correio Popular (edição de 19 de agosto, “Nova Odessa disciplina o visual com ‘faixódromo’) e a Folha de São Paulo (edição de 25 de agosto, “Cidade cria ‘faixódromos’ para barrar poluição visual’).

Segundo o repórter Venceslau Borlina Filho, do Correio Popular, “entre os moradores da cidade, a medida foi bem recebida”, e “os comerciantes também aprovaram os faixódromos”.

Em seguida, o tema foi explorado positivamente também pela EPTV Campinas, em seu Jornal Regional, e pelo canal por assinatura Globo News, que veicularam matérias citando a solução “simples e elegante” criada pelo prefeito Manoel Samartin e por Dimas Starnini para as faixas de publicidade.

“Depois disso, diversas cidades do Estado de São Paulo e mesmo de outros estados nos ligaram pedindo cópias da legislação que disciplinou a publicidade através de faixas e que criou os ‘faixódromos’”, contou Starnini.