Medicina Nuclear melhora tratamento de câncer de tireóide

O câncer de tireóide é o mais comum dos cânceres do sistema endócrino e ocorre em todas as faixas etárias, com maior prevalência entre mulheres acima de 40 anos. A estimativa é que surjam cerca de dez mil novos casos de câncer de tireóide por ano no Brasil. Nas últimas duas décadas, São Paulo registrou aumento no número de mulheres portadoras da doença.

O acompanhamento de pacientes com essa patologia exige exames periódicos para avaliar se não houve recorrência do tumor, o que acontece em até 35% dos casos. O desenvolvimento do TSH Recombinante melhorou a eficiência no monitoramento e no tratamento de câncer de tireóide porque evita que o paciente entre em hipotireoidismo, durante os procedimentos.

Durante a realização dos exames de acompanhamento, os pacientes passam por um processo desgastante e potencialmente arriscado. Isto porque para verificar se existem células tireoidianas, ou derivadas dela, no corpo, é preciso interromper a reposição hormonal, o que conseqüentemente leva o organismo ao hipotireoidismo. Com isso, durante quatro semanas, os pacientes têm sintomas como fadiga, ganho de peso, falta de força, dores nas articulações, constipação intestinal e outros.

Desde 2000, os portadores de neoplasias bem diferenciadas da tiróide podem contar com o recurso diagnóstico do TSH Recombinante, hormônio estimulador da tireóide, que pode auxiliar na avaliação no exame de tireoglobulina, com ou sem pesquisa de corpo inteiro, para investigação da presença de metástases, ou mesmo com estímulo à captação de iodo radioativo na terapia ablativa para eliminação de restos glandulares, após a tireoidectomia total. O medicamento é injetado antes de exames como pesquisa de corpo inteiro e/ou dosagem de tireoglobulina (Tg) para estimular eventuais células da tireóide remanescentes ou presentes em metástases. Possibilitando sua identificação.

Frente à importância deste assunto, no dia 21 de Maio de 2007, às 20 horas, no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza (Alameda Santos, 85), São Paulo (SP), a Sociedade Brasileira de Biologia e Medicina Nuclear (SBBMN) promoverá uma palestra gratuita sobre o uso de TSH Recombinante. As palestrantes são Dra. Marília Marone, médica nuclear da Santa Casa de São Paulo, e Dra. Rosalinda Asato, médica da unidade de Tireóide da disciplina de Endocrinologia do HC da FMUSP.

Medicina Nuclear - A Medicina Nuclear é uma especialidade médica que usa isótopos radioativos para fins diagnósticos e terapêuticos. Os estudos, denominados de cintilografias, fornecem informações sobre alterações no funcionamento, ou no metabolismo de órgãos e tecidos do organismo, provocadas por doenças. Essas alterações podem ser detectadas cedo, quando ainda não há mudanças significativas na anatomia e mesmo antes dos sintomas aparecerem.

Os estudos de Medicina Nuclear têm baixo índice de reações adversas, sendo extremamente seguros, com raras contra-indicações. Além disso, a maioria pode ser realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O mais avançado dos exames de Medicina Nuclear é a PET que, infelizmente, ainda não é coberta pelo SUS apesar de seus comprovados benefícios. O equipamento para realização da PET pode ser acoplado a um tomógrafo convencional, gerando um equipamento híbrido denominado PET/CT, que permite a avaliação simultânea do metabolismo e da anatomia dos órgãos e tecidos.

A Sociedade Brasileira de Biologia e Medicina Nuclear (SBBMN), fundada há 46 anos, tem entre seus sócios médicos nucleares, serviços de saúde e outros profissionais de áreas correlatas, como biomédicos, tecnólogos, biólogos, físicos e químicos. Seus principais objetivos são contribuir para a atualização dos profissionais da área, integrar e favorecer o desenvolvimento da Medicina Nuclear.

Palestra Utilização do TSH recombinante, dia 21 de Maio de 2007, às 20 horas, no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza (Alameda Santos, 85) - São Paulo (SP). Informações e inscrições: (11) 3262-5438, e-mail [email protected] palestra gratuita e as vagas limitadas.