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24/09/2009 - 11:29

Banco do Brasil vai abrir banco de varejo nos Estados Unidos

Rio de Janeiro - O processo de expansão do Banco do Brasil no mercado norte-americano se dará por meio da abertura de um banco de varejo para o atendimento aos brasileiros residentes nos Estados Unidos. A nova unidade terá, em um primeiro momento, cinco agências.

O vice-presidente de Finanças, Mercado de Capitais e Relações com Investidores do BB, Ivan Monteiro, afirmou que a meta é expandir posteriormente para até 12 ou 15 agências.

“A gente vai estar onde a comunidade estiver. Esse é o nosso objetivo. É a política do banco: onde o brasileiro está, onde a empresa brasileira está”, afirmou, durante evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e a Câmara de Comércio França-Brasil.

O Banco do Brasil quer repetir nos Estados Unidos o volume expressivo de recursos que tem no Japão, que “é a operação mais antiga e a maior que nós temos de varejo no exterior”, disse Monteiro.

De acordo com planilha do Banco Central, as remessas do exterior efetuadas no primeiro semestre deste ano somaram US$ 1,136 bilhão, das quais US$ 239 milhões foram oriundas do Japão. A instituição respondeu por metade desse mercado, informou a assessoria de imprensa do BB.

Monteiro lembrou que residem atualmente nos Estados Unidos cerca de 1,4 milhão de brasileiros. “A gente quer prestar produtos e serviços para esses brasileiros”. O mesmo ocorre em relação às empresas nacionais que estão adquirindo os ativos no exterior.

O BB já recebeu autorização também para lançar um programa de títulos lastreados em ações na Bolsa de Nova York, chamados de ADRs nível 1 (American Depositary Receipts), para a negociação no mercado de balcão. O banco já está trabalhando no programa, que deverá ser efetivado em 2010, estimou Monteiro. O próximo passo é discutir o contratos e obter a autorização dos órgãos reguladores dos dois países.

O vice-presidente do Banco do Brasil informou que, três dias após o anúncio das ADRs, as negociações de papéis do BB na BM&FBovespa subiram de 60 milhões por dia para 100 milhões. A expectativa é de uma reação positiva com as ADRs. “Porque a gente vai aumentar a liquidez para as transações com as ações do banco”. Para Monteiro, não ter ADRs era uma restrição de liquidez para a instituição.

Ele acredita que o fato de o banco procurar um relacionamento de médio e longo prazos com os clientes e ter um forte compromisso com o controlador é bem visto pelos investidores estrangeiros. O aumento da fatia de capital do BB que pode estar nas mãos de investidores não brasileiros, determinado pelo governo na última semana, pode contribuir também para despertar o interesse do capital internacional. O limite foi elevado de 12,5% para 20%.

O Banco do Brasil experimentou uma forte elevação dos depósitos efetuados por pessoas jurídicas e linhas interbancárias em Nova York. O volume subiu de US$ 400 milhões para US$ 6 bilhões no fim do ano passado, mesmo durante a crise financeira internacional, disse Ivan Monteiro. “E continua evoluindo. O fato do governo ser controlador do banco foi altamente positivo. Foi percebido como um porto seguro”. completou.

Para Monteiro, a perspectiva de crescimento da economia brasileira é positiva para a qualidade dos ativos dos bancos. A maior confiança dos clientes, a redução do desemprego são fatores que, segundo o vice-presidente do BB, vão acabar se refletindo no balanço dos bancos de forma positiva. | Alana Gandra/ABr

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