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27/04/2007 - 09:10

World Economic Forum da América Latina no Chile

A região deve quebrar o ciclo e altos e baixos, diz ministro de Finanças do Chile.

Santiago, Chile – A América Latina precisa quebrar o ciclo de preços altos e baixos dos commodities, encontrando novas fontes de crescimento, produtividade e estabilidade, de acordo com o ministro de Finanças do Chile, Andrés Velasco, que falou aos participantes presentes à abertura, ontem, da reunião latino-americana do World Economic Forum. “O desafio é crescer independente desses ciclos”, afirmou. A resposta, disse, é a inovação. “Ninguém alcança maior produtividade sem inovar. Não existe uma receita mágica. Em termos de capital humano e educação, devemos migrar de quantidade para qualidade”. A reunião, que entra hoje no último dia, reúne cerca de 400 líderes de empresas, governos e sociedade civil de 28 países. Entre os tópicos debatidos estão a crescente relação de comércio e investimento entre a China e a região.

Durante seu discurso, Velasco comentou que a participação latino-americana no comércio global é apenas a metade do nível de seis décadas atrás. É importante incentivar maior integração regional. Os países também devem adotar políticas sociais efetivas e inovadoras para reduzir as desigualdades, disse.

Mas se a região busca novas plataformas de crescimento, precisamos enfrentar problemas como o crime. “Somos os campeões mundiais em homicídios, gangues, corrupção e lavagem de dinheiro”, ressaltou José Miguel Insulza, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OAS), de Washinton DC. Peter Hakim, presidente da Inter-American Dialogue, EUA, pediu mais atenção à educação, enquanto Luiz Fernando Furlan, ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, notou que os impostos são os maior obstáculo para o crescimento e a produtividade. “Possuímos uma carga tributária de primeiro mundo”.

Há sinais que a América Latina está mudando, de acordo com Luis A. Moreno, presidente do Banco de Desenvolvimento Interamericano, Washington D.C. Ele apontou o crescente investimento em energia verde. “A questão para a América Latina não é o diagnóstico, e sim problemas de ação e gestão", disse Furlan. “Sabemos o que fazer e precisamos executar antes de perder o fôlego". Um grande desafio para políticos e eleitores é pensar no longo prazo, concluiu Moisés Naim, editor-chefe da Foreign Policy Magazine, dos EUA. “Como podemos estender o escopo das nossas decisões? Todos temos horizontes de prazo curto.”

O World Economic Forum sobre a América Latina termina hoje com discursos da presidente chilena Michelle Bachelet e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com o apoio de ICARE e o G-50 (Grupo de Cinqüenta), o tema da reunião será O Poder de Uma Agenda Regional Positiva. A reunião será presidida por Andronico Luksic Craig, vice-presidente do Banco de Chile; Zhang Shoulian, presidente da China Minmetals Non-ferrous Metals, República Popular da China; e José C. Grubisich, CEO da Braskem, Brasil. A emissora anfitriã do evento é a Television Nacional de Chile – TVN. * Resumos das sessões podem ser acessados no: www.weforum.org/latinamerica/summaries2007

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