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25/09/2009 - 11:02

Nova proposta para proteger gasodutos e populações vizinhas

O crescimento populacional ao redor dos gasodutos é uma realidade cada vez mais presente no mundo e que desafia especialistas do setor, preocupados em manter a integridade das redes e, assim, reduzir os riscos de vazamento e possíveis danos a comunidades vizinhas. Segundo o consultor sênior da Transpetro Antonio Geraldo de Sousa, as intervenções de terceiros nos gasodutos são as principais causas de vazamento, chegando a 50% dos casos nos países do Leste Europeu. No Brasil, este percentual deve girar em torno de 20%.

O consultor, que participou hoje da Rio Pipeline 2009, apresentou uma nova proposta de gerenciamento das redes instaladas sem que seja preciso mexer na sua estrutura inicial. O estudo leva em conta o fato de que muitos gasodutos foram projetados para áreas agrícolas ou de pouca densidade demográfica e que hoje convivem com um número crescente de habitações. Para tal, é sugerida a adoção de ações mitigadoras e de novos índices para cálculos dos testes de pressão à medida que o nível de locação dos dutos se eleva.

Sousa explica que, segundo os padrões da ASME B 31.8, o nível de habitação pode variar de 1 (entre 11 e 25 habitações) a 4 (região com edifícios e casas). E para cada uma dessas faixas, seriam praticados novos conceitos de avaliação e segurança.

Para o primeiro nível, o consultor da Transpetro aconselha manter todas as medidas já estabelecidas pelo programa de gerenciamento de dutos, entre elas inspeção com pig, estudos do movimento do solo e monitoramento da corrosão. Ao se alcançar o nível 2 (entre 26 e 65 habitações) e 3 (acima de 66 habitações), seriam implementadas também outras ações mitigadoras de danos, como instalação de placas de concreto sobre o duto, barreiras nas laterais, melhor sinalização na faixa de servidão (de 30 metros) e reduções crescentes nos fatores de pressão.

"O relaxamento dos padrões exigidos pela ASME somente pode ser adotado em gasodutos que já possuam um programa de gerenciamento de integridade há pelo menos cinco anos", afirma Sousa, ressaltando que, mesmo assim, cada caso deve ser avaliado individualmente.

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