Inovar é preciso, mas saiba como!

Os frutos da inovação são certeiros, mas o critério de aplicação deve ser bem definido, pois nem todos estão preparados.

Atualmente a vida das organizações é baseada e determinada por meio da gestão, cada área define metodologias de trabalho e agrupa suas regras e condutas, de maneira a criar uma rotina, rotina essa que pode ser definida como gestão.

A gestão pode ocorrer em áreas tradicionais da empresa como TI (tecnologia da informação), RH (recursos humanos), finanças, marketing, contábil e produção, mas também, nos últimos anos, temos tomado conhecimento e contato direto de muitas organizações, com novas formas de gestão: como gestão do risco, gestão ambiental, gestão do conhecimento e gestão da informação.

Mas nenhuma delas promete tantos benefícios transformadores nas empresas e nos colaboradores, quanto à gestão da inovação, que busca redirecionar empresa e pessoal, para uma visão de futuro. Longo prazo baseado em concepção, diferenciação, ruptura, lucro contínuo e crescente fundamentado na novidade e na superação da expectativa do cliente.

Em tempos de transformação, pós-crise mundial, a busca pela diferenciação e por novas formas de auferir lucros é necessidade recorrente nas organizações e investimentos consideráveis vêm sendo feito nessa nova ferramenta de administração.

Pensamento novo, mas usando artifícios de uma fórmula batida, a gestão da inovação esbarra em um obstáculo difícil de ser transposto. A pouca ou total ausência de ousadia das pessoas em buscar o novo, deixar a zona de conforto e pensar diferente, seja para o crescimento pessoal, profissional ou da organização.

A avalanche de demissões e falências ocorridas em todos os níveis hierárquicos e em todos os portes de empresa ao redor do globo contribuiu ainda mais, para empresas e pessoas adotarem uma postura tradicional, na confiança da manutenção de seus postos de trabalho e na segurança do contra cheque no final do mês. Inovar significa arriscar, ousar, sair do lugar comum e por vezes chocar. Não se ensina inovação. A inovação é como uma ‘prima’ próxima da liderança, capacidade nata, que pode sim, ser desenvolvida e trabalhada ao longo da vida e da carreira. A gestão da inovação deve ser inserida no ambiente corporativo de forma opcional e gradual, jamais de forma arbitrária e impositiva, em um ato desesperado em reverter situações negativas que se acumularam durante anos e em nada estão relacionadas com a pouca ou falta de inovação da empresa.

Os frutos da inovação são certeiros, mas o critério de aplicação deve ser bem definido, pois nem todos os colaboradores da empresa estão preparados ou precisam fazer parte do processo de inovação.

. Por: Sérgio Nardi, escritor, especialista em gestão empresarial e autor dos livros “A Nova Era do Consumo de Baixa Renda”, “Marketing para o Varejo de Baixa Renda” e “Viva Melhor”.