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26/09/2009 - 11:43

Falta empatia no mundo empresarial, aponta pesquisa

Uma semana após a criação da Brasil Food, resultado de fusão da Sadia com a Perdigão, dois funcionários, um de cada empresa, brigaram em um supermercado de Jundiaí porque um deles afirmou a marca que representava deveria ter mais espaço nas gôndolas. Essa cena é um exemplo clássico de falta de competência emocional, fundamentalmente empatia, é o que constata o especialista e consultor em Competência Emocional e Qualidade de Vida no Trabalho Minoru Ueda, que também é professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), conveniada da Faculdade de Economia, Administração de Ciências Contábeis da USP (FEA-USP).

De acordo com o pesquisador, há cinco competências emocionais que são necessárias para que se tenha um bom relacionamento interpessoal no meio empresarial: empatia, auto-conhecimento, auto-controle, auto-motivação e habilidades sociais. Uma empresa cujos empregados dominam as cinco competências tem, segundo a pesquisa de Ueda, uma significativa melhoria no rendimento. Segundo Ana Christina Limongi-França, psicóloga organizacional e professora associada da FEA-USP, empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro. Para Ueda, é “tornar-se sensível aos aspectos sociais, e ter consciência da situação, antes de tentar ser entendido”.

A pesquisa do professor, que é inédita e foi feita principalmente com secretárias que atuam em empresas privadas e públicas, detectou que auto-conhecimento e auto controle têm um bom índice de ocorrência (25% e 24% respectivamente). Empatia, porém, não é tão frequente (apenas 14%). O professor explica que, apesar da baixa incidência, é importante que os empregados a tenham, principalmente porque as empresas vêm sofrendo grandes mudanças que afetam também seus trabalhadores. “Em grandes fusões, por exemplo, uma pessoa tem que se lembrar que agora convive em um ambienta cultural distinto, com regras, valores e procedimentos diferentes. Se pensar que o outro também está se adaptando, a convivência fica mais fácil”.

O mercado competitivo exige hoje uma estrutura organizacional que incentive o trabalho em equipe. Por isso, a competência baseada na empatia é extremamente valorizada no ambiente corporativo. “Para a produtividade, o importante é que [a empatia] torna a empresa e o processo produtivo mais humanos”, afirmou Limongi-França.

A descoberta de que a empatia é uma habilidade interpessoal tão pouco trabalhada no mundo empresarial serve como um alerta às empresas. Ueda, porém, afirma que novos estudos precisam ser feitos, devido às mudanças envolvendo o ambiente empresarial e o que elas exigem dos profissionais.

Sobre Minoru Ueda – Professor da Fundação Instituto de Administração (FIA/FEA-USP). Docente e consultor pelo SENAC na competência Gerência de Atendimento Corporativo. Palestrante no tema Inteligência Emocional na FEA-USP. Participa como mentor do Programa de Mentoring, um projeto da Associação dos Engenheiros Politécnicos (AEP) em parceria com a POLI-USP e desenvolvido pela FEA-USP. Como consultor especializado em Qualidade no Atendimento, Competência Emocional e Qualidade de Vida no Trabalho, além de desenvolver treinamentos corporativos, participa em congressos e seminários como conferencista na área comportamental. Possui MBA em Recursos Humanos, nível executivo, pela Fundação Instituto de Administração (FIA-USP). A monografia desenvolvida no MBA da FIA-USP foi sobre o tema “O Impacto da Competência Emocional na Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho das Secretárias”. Pós-graduado em Administração, pela FEI/ESAN (São Paulo). Bacharel em História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). Master Practitioner em Programação Neurolinguística (PNL). Condicionamento Neuro-Associativo pela Academia de Lideres e Treinadores da Matrix University Brasil.

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