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26/09/2009 - 11:51

Sentimento dos especialistas em economia volta a ser otimista, indica Fecomercio

Em setembro, índice atingiu 108,1 pontos, nível considerado de otimismo; pela análise dos economistas, o cenário negativo em relação à economia já passou.

São Paulo – O Índice de Sentimento dos Especialistas em Economia (ISE) volta a registrar elevação em setembro: o indicador atingiu os 108,1 pontos com alta de 10,1% ante a queda de 6,8% em agosto. Já em relação a setembro de 2008, o aumento é um pouco menor: de 9,5%. O Índice é calculado pela Fecomercio em parceria com a Ordem dos Economistas do Brasil (OEA).

“Além de ter voltado para o patamar de otimismo como foi visto em julho deste ano, o índice deste mês superou o nível dos meses que antecederam a crise e mostra, junto com a confiança do consumidor, que o cenário negativo já passou”, analisa Guilherme Dietze, economista da Fecomercio.

Dos nove itens que compõem o ISE, sete deles registraram acima dos 100 pontos em setembro. Foram eles: Nível de Atividade Interna - PIB (164,5; + 1,2%); Cenário Internacional (155,4; -3,05%); Nível de Emprego (123,8; + 7,5%); Oferta de Crédito ao Consumidor (121,5; + 11,5%); Taxa de Câmbio (105,5; + 6,13%); Salários Reais (104; + 18,9%) e; Taxa de Inflação (100,3; + 19,7%). Os quatros últimos já estavam no patamar otimista no mês passado.

Os indicadores vêm mostrando sinais de recuperação rápida da economia e alguns setores até decretando o final da crise. Os destaques vão para: melhora no emprego e renda, comprovados pela Pesquisa Mensal do Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); recuperação mais acentuada nas concessões de crédito, conforme divulgação do Banco Central, e também arrefecimento nos preços gerais (IPCA), o que dá um maior poder de compra a população.

Além destes destaques, o Nível de Atividade Interna e o Cenário Internacional que já estavam com as avaliações mais otimistas do ISE ficaram praticamente estáveis em setembro. “A economia mundial não apresenta grandes mudanças e sinaliza para uma recuperação gradual lenta, principalmente em relação aos Estados Unidos, Europa e Japão. Já a atividade interna vem apresentando resultados cada vez melhores”, analisa Dietze. Como exemplo dessa melhoria estão as vendas no varejo no Brasil que, em julho, tiveram elevação de 5,9% e já acumulam no ano alta de 4,7%. Resultado este que seria difícil de imaginar no início do ano.

Recuperação - Apesar de continuar abaixo dos 100 pontos, o item Taxa de Juros mostrou uma forte recuperação na avaliação em setembro: atingiu 84,1 pontos ante os 56,4 pontos de agosto, um crescimento de 49%. Há ainda certa cautela dos economistas sobre este item, principalmente, em relação ao presente. Os economistas ainda consideram a taxa de juros inadequada para a economia, uma vez que se situa em um nível acima da média mundial, gerando consequências negativas à produção e câmbio entre outras variáveis.

Outro item que mais uma vez influenciou para que o índice geral não tivesse um desempenho ainda melhor foi Gastos Públicos, que apesar de ter tido alta de 37,5%, ainda permanece em um patamar de extremo pessimismo, 13,9 pontos. Os Gastos Públicos referem-se à manutenção da máquina governamental e devem continuar elevados, segundo os economistas, com destaque para o próximo ano que serão realizadas eleições.

Na análise dos dois sub-índices gerais, que trata sobre a situação Atual e o Futuro, ambos apresentaram alta, sendo o Atual com 11,2% e o Futuro com 9,2%. O primeiro está cada vez mais próximo de atingir o patamar de otimismo e já, no próximo mês, deve superar a fronteira dos 100 pontos.

O que vem acontecendo é que a diferença entre os dois sub-índices está diminuindo, muito mais pela maior elevação da avaliação atual. Isso mostra que as perspectivas já otimistas que os economistas tinham alguns meses atrás – em abril, as expectativas estavam em 118,9 pontos - vêm se concretizando, o que gera um cenário atual cada vez melhor.

“Portanto, a economia brasileira parece ter superado a crise e voltado a um rumo de crescimento, o que deve ser confirmado nas possíveis elevações a ocorrerem nas pesquisas dos próximos meses”, afirma Dietze.

Nota Metodológica - O Índice de Sentimento dos Especialistas em Economia - ISE é computado pela Fecomercio, em parceria com a Ordem dos Economistas do Brasil - OEB - desde junho de 2008. A pesquisa detecta as perspectivas dos economistas em relação às tendências da economia nacional e mundial. Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: percepção presente e expectativas futuras. O ISE varia de 0 (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Envolve pesquisa mensal com cerca de 100 economistas renomados de todo País, por meio de metodologia similar àquela utilizada para a apuração do Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da Fecomercio.

Perfil da OEB -A Ordem dos Economistas do Brasil - OEB, entidade civil cultural e de utilidade pública, criada em 1935, é a mais antiga representação dos economistas brasileiros. Voltada ao aprimoramento, atualização e prestígio da categoria profissional, promove cursos, palestras, workshops, sendo credenciada pelo Ministério da Educação para ministrar cursos de MBA lato sensu. Contribui com as faculdades de economia na adequação de estruturas curriculares às necessidades regionais e coopera com as organizações privadas e governamentais em assuntos correlatos ao campo das ciências econômicas.

Perfil da Fecomercio - A Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Representa 152 sindicatos patronais, que abrangem cerca de 600 mil empresas. O setor comercial brasileiro corresponde a 11% do PIB e gera em torno de cinco milhões de empregos.

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