Cooperativa Cultural Brasileira quer ajudar os artistas angolanos

Presidente da Cooperativa, Marília de Lima, destaca papel da instituição para os artistas

A Cooperativa Cultural Brasileira está aberta a apoiar os artistas angolanos e criadores de outros países, de diferentes expressões artísticas, desde que estes estejam filiados na instituição. Esta afirmação foi feita pela presidente da organização, Marília de Lima, em entrevista ao Jornal de Angola, na cidade de São Paulo, Brasil.

Marília de Lima disse que, embora a cooperativa trabalhe por regra com artistas residentes no Brasil, nada impede intercâmbios com estrangeiros não residentes e apoiá-los em termos logísticos e de assistência para a concretização de projectos.

Afirmou, igualmente, que nos últimos meses a cooperativa tem trabalhado com artistas portugueses ligados à Cooperativa Árvore, da cidade do Porto. “Nos próximos meses pretendemos expandir a nossa experiência a Angola, e posteriormente criar um núcleo em Luanda, no qual admitimos os artistas interessados, que podem obter mais informações no site www.coopcultural.org.br”, disse Marília Lima.

Os estilos emergentes da música angolana, como o kuduro, os diferentes estilos de Carnaval de Angola, as danças folclóricas, a gastronomia e outros emblemas culturais que identificam Angola, constam de um projecto que vai abranger Angola, Brasil e Portugal, explicou Marília de Lima.

Actualmente, disse a responsável da cooperativa, a produção artística exige que os criadores tenham uma empresa de confiança que assuma a organização do seu trabalho, particularmente o marketing e a obtenção de receitas.

A consultoria prestada pela Cooperativa Cultural Brasileira elabora projectos culturais e permite que os membros conquistem incentivos financeiros de iniciativa pública e privada.

A Cooperativa Cultural Brasileira colabora na criação de um mercado formal da arte, a formação de públicos e o reconhecimento oficial dos criadores. “Quando esses aspectos forem devidamente observados, os artistas vão ser verdadeiramente respeitados”, disse.

A reunião de Genebra, da Aliança Cooperativa Internacional (AIC), de 21 a 26 de Novembro deste ano, segundo Marília de Lima, vai servir para discutir mecanismos que permitam criar uma Federação de Cooperativas de Cultura, com vista a defender as preocupações mais relevantes dos criadores em todo o mundo.

Formada em 2004, a Cooperativa Cultural Brasileira é uma instituição que fomenta a carreira dos cooperantes nas áreas das artes plásticas, artes e inclusão social, audiovisual e dança, design gráfico, desenho, literatura, música, mercado cultural e artes dramáticas.

Com actuação em todo o Brasil, a Cooperativa Cultural Brasileira tem convénio com várias instituições locais, como a “Gravasampa” - estúdio de gravação e ensaio -, a Faculdade Mozarteum de São Paulo, a Faculdade de Tecnologia em Hotelaria, Gastronomia e Turismo de São Paulo e a Cooperativa do Turismo e Lazer.

Giorgio Rocha recomenda-lhe o seguinte artigo do Jornal de Angola: Cooperativa Cultural Brasileira quer ajudar os artistas angolanos.