Seminário Internacional discute os investimentos brasileiros no Continente Africano

Evento acontece em São Paulo e é promovido pelo Velloza, Girotto e Lindenbojm Advogados Associados.

Com objetivo de discutir todas as questões legais relativas aos investimentos brasileiros no continente Africano, o Velloza, Girotto e Lindenbojm Advogados Associados, escritório referência em Direito Empresarial e Tributário, promove um café da manhã com o seminário "Investimentos Brasileiros no continente Africano - Aspectos Jurídicos". O evento acontece no dia 30 (quarta-feira), no Hotel Unique (Av. Brigadeiro Luis Antônio, 4700), na capital paulistana. Tem patrocínio do escritório sul-africano Spoor and Fisher e apoio do Emile Myburgh Attorneys e do Consulado Geral da África do Sul em São Paulo.

Para o Dr. Cesar Amendolara - advogado e sócio do Velloza, Girotto e Lindenbojm Advogados Associados - a aproximação com o continente africano é um dos mais acertados desdobramentos recentes da política externa brasileira. "Pouca gente presta atenção nas oportunidades de investimentos em países em desenvolvimento, como é o caso dos africanos. A verdade é que essa região cresce exponencialmente a cada ano e as oportunidades de negócios são potencialmente muito atrativas.", comenta.

O especialista em investimentos brasileiros no exterior acredita que, apesar do bom momento, alguns aspectos precisam ser discutidos antes da entrada de empresas nacionais no continente africano e vice-versa. "Como temos culturas de negócios e jurídicas distintas é fundamental analisar todos os pontos legais e comerciais envolvidos", fala Amendolara.

O advogado Emile Myburgh, do Emile Myburgh Attorneys, defende que empresários de todo o mundo precisam conhecer a África como um território produtivo. "A importância do seminário é, justamente, mostrar que se trata de um continente com países diversos, com leis sofisticadas e com ambientes favoráveis para investimentos. Ao mesmo tempo, queremos destacar que existem empresas africanas que já olham o Brasil como um destino certeiro". Para ele, não são as semelhanças entre países africanos e o Brasil que os tornam bons parceiros nos negócios. "Nossas diferenças são complementares", conclui.

Hoje, grandes empresas nacionais que já investem nos países africanos. Veja abaixo alguns dados sobre essa relação:

Apenas em 2008, o comércio entre os dois países totalizou US$ 2,5 bilhões (Ministério das Relações Exteriores);

Em janeiro de 2009, os Sul-africanos exportaram 54,15% do Brasil mais do que no mesmo período do ano passado (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC);

Os empresários brasileiros fizeram com que as vendas para Angola alcançassem quase US$ 2 bilhões em 2008, sendo mais de 80% em produtos industrializados. Com isso, Angola passou a ocupar a 24ª posição entre os destinos das exportações brasileiras, à frente de países como Canadá, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Austrália e Índia. (Apex-Brasil);

A África do Sul é, atualmente, o país com maior Produto Interno Bruto (PIB) no continente africano (Apex-Brasil);

Dos produtos exportados pelo Brasil para a África do Sul em 2005, 78,6% foram produtos manufaturados, 18,4%, produtos básicos e 2,9%, produtos semimanufaturados. (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC)

A África do Sul é dependente de importações industriais, como bens de capital e matérias primas, que perfazem 80% das importações (Apex-Brasil)

No primeiro quadrimestre de 2009 as exportações brasileiras para o continente africano somaram US$ 2,717 bilhões, enquanto o movimento inverso, de importações de produtos brasileiros pela África (continente), totalizou US$ 1,826 bilhão (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC)

. [ Seminário: "Investimentos Brasileiros no Continente Africano - Aspectos Jurídicos", dia 30/09 - das 8h30 às 10h30, na Sala Mezanino do Hotel Unique (Av. Brigadeiro Luis Antônio, 4700), São Paulo].