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30/09/2009 - 11:09

Para Henrique Meirelles, Brasil tem condições de entrar em ciclo virtuoso


Presidente do Banco Central vê cenário propício para desenvolvimento econômico sustentado na próxima década.

São Paulo – O Brasil tem plenas condições de entrar em uma década de crescimento sustentado após o fim da crise financeira internacional, disse hoje o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, durante evento promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, no hotel Caesar Park Faria Lima, em São Paulo, e que contou com a presença de 307 empresários. “Saímos melhores e mais fortalecidos do que a maioria dos países e temos condições monetária e fiscal para entrarmos neste ciclo virtuoso”, avaliou Meirelles.

Durante sua apresentação aos empresários, o presidente do Banco Central explicou as medidas que foram adotadas pelo governo federal durante a crise e ressaltou o fato de vários setores da economia terem reagido muito rapidamente, recuperando seu nível de atividade econômica antes mesmo do esperado. E, principalmente, a manutenção do poder de compra da população neste período. “Os supermercados nem sentiram a crise”, disse Meirelles, ressaltando ainda que o País retomou a criação de empregos formais já em fevereiro deste ano. Atualmente, a taxa de desemprego no Brasil está em 8,1%, índice inferior ao registrado na Europa (9,5%) e Estados Unidos (9,7).

Na avaliação de Meirelles, dois fatores foram fundamentais para que o Brasil conseguisse enfrentar a turbulência da crise: prudência nos momentos importante e “não trabalhar no limite do risco”. “No momento em que o sistema financeiro internacional travou, o Brasil tinha reservas suficientes para substituí-lo e evitar uma crise sistêmica, que causaria uma paralisação no sistema de crédito”, disse o presidente do BC. “Se a crise ficar até o final de 2009, ainda assim teremos condições de manter o mercado abastecido.”

Meirelles explicou ainda que, mesmo durante a crise, a dívida pública brasileira caiu mais de 4%, e que as reservas, que diminuíram no início da turbulência, já se recuperaram. “Foi uma sequência eficaz de medidas que limitou os danos causados pela crise.”

Perguntado sobre mudanças no compulsório, o presidente do BC deixou claro que as medidas adotadas durante a crise, que vencem amanhã (30), serão prorrogadas por mais seis meses. Ou seja, as instituições financeiras só poderão abater do compulsório sobre depósitos a prazo os ativos comprados de bancos de pequeno porte, cujo patrimônio de referência de até R$ 2,5 bilhões.

Meirelles não quis fazer projeções sobre taxa de juros e de câmbio. “Bancos centrais não fazem projeções sobre o futuro. O próprio mercado errou muito fazendo projeções durante a crise”, explicou.

Candidatura – Ao ser questionado sobre uma possível carreira política, Henrique Meirelles disse que só tomará uma decisão sobre candidatura ao governo de Goiás em março de 2010. “Até lá, não vou desenvolver nenhuma atividade política”, afirmou o presidente do BC, cujo nome também vem sendo cogitado para disputar a vaga de candidato a vice-presidente na chapa que seria encabeçada pela ministra da casa Civil, Dilma Roussef. “Minha única decisão imediata sobre o assunto será se vou me filiar a um partido político ou não. Porém, se seguirei ou não um caminho eleitoral, isso só será decidido em março do ano que vem. Até lá, serei 100% Banco Central.”

LIDE: Fundado em junho de 2003, o LIDE - Grupo de Líderes Empresariais completou em 2008 seis anos de atuação, registrando crescimento de 600%. Atualmente são 605 empresas associadas (com os braços regionais), que representam 44% do PIB privado nacional. O objetivo do Grupo é difundir e fortalecer os princípios éticos de governança corporativa no Brasil, promover e incentivar as relações empresariais e sensibilizar o apoio privado para programas comunitários.

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