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30/09/2009 - 11:45

Ernst & Young: maioria das empresas brasileiras não está preparada para mudanças em normais contábeis

Segundo pesquisa, boa parte dos empresários ainda não sabe como o IFRS vai afetar seu empreendimento; até 2010 todas as empresas brasileiras com ações listadas em bolsa deverão divulgar resultados pelas novas regras.

São Paulo - A Ernst & Young acaba de lançar a segunda parte de seu estudo sobre a adoção do IFRS (International Financial Reporting Standards) no Brasil, realizado com executivos de 100 diferentes empresas no país, atuantes em diversos ramos da economia. Continuação de um estudo realizado no começo do ano, Adoção do IFRS no Brasil mostra que a maioria das empresas ainda não está preparada para adotar de forma bem-sucedida as novas normas contábeis, que entram em vigor a partir de 2010 para todas as empresas com ações em bolsa.

Das empresas entrevistadas, aproximadamente um terço (28%) reconheceram ainda não ter tomado conhecimento dos desafios e oportunidades das opções existentes para adoção do IFRS. A explicação pode estar na falta de preparação: 54% disseram não ter uma equipe dedicada à implementação do IFRS, contra apenas 40% que afirmaram já ter sua equipe pronta. Desdobramento disso, apenas 28% disseram ter certeza que sua equipe está prepara para conduzir a mudança, contra 26% que não têm certeza e 33% que afirmaram não estar preparados.

Os resultados da pesquisa indicam que, com pouco tempo hábil para entender as normas e aplicá-las, as empresas parecem acreditar que a adaptação ao IFRS dependerá especialmente dos consultores externos: 48% esperam um envolvimento muito alto de auditoria externa e consultores no processo.

“O grau de envolvimento que as empresas atribuem ao auditor externo é muito elevado – e deve se acentuar à medida que a corrida contra o relógio avançar. Porém, entendemos que a implantação das novas normas contábeis inclui a necessidade de mudança cultural em todos os níveis das organizações, com pessoas que possam não só fazer o processo de migração, mas que consigam interpretar e usar de forma contínua o IFRS, o que demanda envolvimento interno e recursos humanos de diversos departamentos das empresas”, afirma Julio Braga Pinto, sócio da Ernst & Young no Brasil. O executivo, que trabalhou no global desk da Ernst & Young em Londres, comenta que as empresas têm agora oportunidade, mais recursos qualificados e tempo para migração para o IFRS do que grande parte das empresas da União Européia durante a adoção do IFRS em 2005.

Apesar da clara falta de preparação da maioria das empresas, algumas medidas iniciais já foram tomadas, como um plano primário para conhecimento do IFRS: 73% das empresas afirmaram ter enviado membros do time para cursos externos sobre o tema – e 13% afirmaram já ter o necessário para implantar com êxito o IFRS.

Entre os entrevistados, 57% afirmam já terem feito uma avaliação inicial do impacto do IFRS em seus rendimentos, enquanto 32% das empresas ainda não fizeram esse cálculo. No entanto, tal avaliação inicial não se traduziu em um planejamento que atribua responsabilidades e defina cronogramas: 60% disseram não ter este planejamento, contra apenas 27% que responderam de forma positiva - desempenho semelhante à primeira fase da pesquisa, realizada no começo do ano.

Perfil: A Ernst & Young é líder global em serviços de auditoria, impostos, transações corporativas e gestão de riscos. Em todo o mundo, somos 130 mil pessoas unidas pelos mesmos valores e compromisso com a qualidade. Nós fazemos a diferença ajudando nossos colaboradores, clientes e as comunidades onde atuamos a atingirem todo seu potencial. | Site www.ey.com.br.

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