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27/04/2007 - 09:58

OPIC espera crescimento anual de 2% no comércio de carnes

O comércio mundial de carnes deve apresentar um crescimento anual de 2% nas próximas duas décadas, desde que sejam superados os problemas sanitários, como a febre aftosa.

A previsão é de Patrick Moore, presidente da Organização Permanente Internacional da Carne (OPIC), que participou da abertura do Congresso Internacional da Carne, no dia 26 de abril, em São Paulo.

Para ele, o continente asiático é o que apresenta maior potencial para crescimento no consumo, enquanto a América do Sul deve ser responsável pela maior parte do fornecimento de carnes.

"Para isso, é preciso satisfazer as exigências da OIE (Organização Mundial de Sanidade Animal", disse ele.

Citando dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Moore afirmou que o comércio mundial de carnes movimenta atualmente um volume de 25 milhões de toneladas anuais.

A preocupação ambiental, afirmou Moore, também terá influência no desempenho das exportações, sobretudo para o mercado europeu.

"A sociedade européia, de onde eu venho, está cada vez mais preocupada com questões ambientais", afirmou Moore.

Também discursando na abertura do evento, o presidente do Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC), Sebastião Costa Guedes, disse que os subsídios praticados nos países desenvolvidos são prejudiciais ao comércio mundial.

Goiás deve partir para industrialização das carnes, diz governador - o governador de Goiás, Alcides Rodrigues Filho, disse nesta quinta-feira, que o Estado, quinto maior exportador brasileiro de carnes, deve partir para a industrialização como modo de agregar valor ao seu produto.

Rodrigues fez a afirmação durante discurso de abertura do Congresso Internacional da Carne, em São Paulo.

"Precisamos evoluir das exportações de cortes in natura para as carnes processadas", afirmou. "Goiás depende muito do sucesso do setor de carnes."

Segundo o governador, as carnes ocupam atualmente o primeiro lugar dentre os produtos exportados pelo Estado. As vendas externas aumentaram de US$ 16,9 milhões de dólares em 1997 para US$ 100 milhões em 2003. No ano passado, saltaram para US$ 650 milhões.

Segundo Rodrigues Filho, o crescimento é fruto da profissionalização e da modernização do setor, além da evolução das políticas fiscal e sanitária no Estado.

Carne brasileira chega a 100 países - Falando na abertura do Congresso Internacional da Carne, que se realiza até amanhã, sexta-feira, em São Paulo, o presidente do Fórum Nacional de Pecuária de Corte, Antenor Nogueira, afirmou que a fatia do Brasil no comércio internacional de carne é de 27%. Mesmo assim, o País é o maior exportador mundial do produto.

Ele revelou ainda que o rebanho bovino brasileiro, com 207 milhões de cabeças, é o segundo maior de todo o mundo, perdendo apenas para o da Índia.

Nogueira ressalta, no entanto, que o maior plantel comercial é do Brasil.

Ele criticou ainda os subsídios praticados principalmente na Europa e afirmou que as barreiras sanitárias impedem o aumento das exportações de carne.

"Mesmo assim, disse, a carne industrializada brasileira chega hoje a mais de 100 países", afirmou Nogueira.

Mais carne para os argentinos - governo e pecuaristas estão desenvolvendo um plano conjunto para aumentar em 1,2 milhão de toneladas a produção de carne bovina na Argentina. Foi o que disse Marcelo Enrique Fielder, secretário-executivo da Sociedade Rural Argentina, durante sua palestra no Congresso Internacional da Carne.

Segundo Fielder, as previsões de curto prazo indicam que a demanda doméstica por carne bovina no país continuará firme, com possibilidade de aumento dos preços. Isto preocupa o governo, que está empenhado no controle da inflação. No ano passado, o índice de inflação na Argentina alcançou 9%.

Depois de alguns anos de crise, marcados por um forte índice de desemprego, o consumo de carne bovina vem se recuperando na Argentina e hoje está ao redor de 66 quilos por habitante/ano, o maior do mundo.

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