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01/10/2009 - 11:23

Faltam profissionais qualificados para expandir ações de promoção à saúde

Quem acha que o trabalho na área da enfermagem envolve somente o apoio médico em clínicas e hospitais, se engana. Os profissionais realizam pesquisas, trabalham dentro de empresas e academias, dão aulas em escolas e universidades e administram equipes. Os enfermeiros são responsáveis por 65% das ações de qualidade e atenção à saúde no país.

Apesar da diversidade de atuação, o mercado ainda tem deficiência de profissionais que atendam à demanda nacional. Segundo Míriam Heidemann, mestre em educação, doutora em enfermagem e professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis, a demanda de formação de profissionais dessa área não condiz com a necessidade do país.

“A proporção de médicos e enfermeiros no Brasil está em 9,1 médicos para 1 enfermeiro. Em países desenvolvidos, essa situação é inversa, o que garante maior sucesso nas ações de saúde, tendo em vista as especificidades técnicas no trabalho do enfermeiro na promoção à saúde e prevenção de doenças”, afirma.

De acordo com dados obtidos em 2002 pelo Conselho Federal de Enfermagem, em toda a região norte do país existem somente 4.724 enfermeiros. Na região centro-oeste 6.131, no nordeste 22.032, no sul 16.806 e no sudeste 48.275, a área de maior concentração.

Na avaliação de Heidemann, essa desproporção acontece porque “ainda existe uma cultura, em determinadas regiões do país, de que profissões de maior prestígio são as de medicina e odontologia”; além do déficit quantitativo e qualitativo de cursos de enfermagem em algumas regiões.

Remuneração-A enfermagem pode ser uma profissão com boa remuneração. Os salários dependem do poder aquisitivo do local de trabalho e do tipo de trabalho desenvolvido pelo enfermeiro. Os consultores e pesquisadores, por exemplo, têm seus salários base em torno de R$ 4.650,00 e recebem, à parte, valores relacionados às tarefas desempenhadas.

De acordo com a professora Miriam Heidemann, a qualificação é um ponto fundamental no critério de remuneração. “Quanto maior a escolaridade do enfermeiro, em termos de pós-graduações lato sensu (especializações) e strictu senso (mestrados e doutorados) maiores conquistas salariais”.

As grandes empresas também oferecem bons salários aos profissionais especializados em Enfermagem do Trabalho. A remuneração inicial é R$ 3.000,00, podendo chegar a R$ 8.000,00 ou mais, dependendo do tamanho da companhia. Entre as atividades desempenhadas estão a identificação e promoção das necessidades no campo de segurança, higiene e melhoria do ambiente de trabalho, executando programas de proteção à saúde dos empregados.

Pré-requisitos-Curiosidade, gostar de estudar, ter hábito de leitura, ter habilidade de comunicação, paixão pelo que faz, potencial de crítica e reflexão, habilidade/destreza corporal e manual são algumas das características necessárias ao profissional de enfermagem, conforme aponta a professora Miriam Heidemann.

“ Amar a beleza da vida e do homem, lidar e apoiar o nascer e o morrer como condições de existência, sensibilidade para lidar com a dor dos outros, ter empatia e estar ciente de que tudo se transforma são aspectos que o profissional de enfermagem deve valorizar”, afirma.

Campos em expansão-As estratégias de saúde da família estão em expansão em todo o país. Há municípios em que essas unidades não funcionam pela falta de médicos e enfermeiros, especialmente em áreas da região norte e nordeste. A home care, que é o atendimento domiciliar, também está ampliando sua atuação na medida em que humaniza o atendimento ao paciente, que fica próximo da sua família. O enfermeiro, neste caso, pode empresariar uma unidade de atendimento deste tipo ou ser contratado por seguradora, plano de saúde ou hospital para essas funções.

O campo da pesquisa na área da saúde e da enfermagem é outro campo em permanente expansão.

As especializações nas diversas áreas da saúde – oncologia, estética, obstetrícia, geriatria, ortopedia etc – também necessitam de um profissional de enfermagem com treinamento específico para esses setores. Além do especialista. Heidemann lembra que o mercado carece de enfermeiros com habilidades gerenciais e administrativas para participar ativamente da gestão hospitalar e de outras ações ligadas à consultoria e auditoria na área de saúde.

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